JÁ PASSARAM POR AQUI !

SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Francisco era um rapaz que tinha tudo na vida. Roupas, dinheiro, terras e tudo mais. Mas não tinha uma devoção à Deus. Era uma pessoa que só queria saber de festas, farras e banquetes. Trabalhava com seu pai na loja de tecidos, a qual só servia para aumentar a riqueza de seu pai. Foi quando Assis teve que enfrentar uma batalha contra Perugia, da qual Francisco participou. Mas Assis perdeu, e Francisco e seus companheiros foram presos e passaram quase um ano aprisionados. 

Francisco voltou para casa adoecido, e mal tinha se recuperado, seu pai o mandou para as Cruzadas. Mas, enquanto estavam parados para acampar, Francisco começou a pensar em seus erros e na vida que levava e resolveu mudar de vida. Entregou a armadura a um companheiro e galopou de volta à Assis. No caminho, Francisco parou na capela de São Damião, que estava em ruínas. Foi quando um chamado que vinha da cruz lhe disse: "Francisco, não vê que minha casa está em ruínas? Vá, repara-a para mim!" Depois disso, a vida de Francisco mudou completamente. 

Despiu-se completamente de tudo que tinha, inclusive das roupas, na frente da cidade inteira, vestiu uma túnica e passou a viver com os pobres, leprosos e excluídos do povo, como um deles. Resolveu casar-se com a Dama Pobreza. Desejava ser como Cristo, que viveu pobre toda sua vida. No começo seus colegas começaram a caçoar e a reprovar suas atitudes. Mas mais tarde vieram a seguí-lo até o fim de suas vidas. Aos que queriam seguir-lhe, Francisco dizia: " Vá, vende tudo que tens e dá aos pobres. Não possuas nada consigo e siga somente ao Pai eterno e a Jesus Cristo." Logo vieram vários, e seus seguidores de 12 viraram milhares. Entre eles surgiu uma linda dama, chamada Clara, a qual seguiu Francisco e aos seus ideais por toda sua vida. 

Francisco, para melhor poder pregar o Evangelho, foi a Roma pedir permissão ao Papa, que, ao final de tudo, lhes concedeu sua benção. Daí em diante, Francisco e seus companheiros passaram a pregar o santo Evangelho sem muitas dificuldades, quanto à permissão do Santo Padre. Mas alguns dos seguidores de Francisco, que viviam de esmolas assim como ele, começaram a querer ditar novas regras. Queriam que a Ordem tivesse novas regras, pois muitos deles vinham de Universidades e queriam prosseguir com seus estudos. 

Francisco então resolveu renunciar ao posto de superior da Ordem e o passou a liderança à Elias, um de seus seguidores. Logo após esse acontecimento, Francisco, seguido de Frei Leão, retirou-se para o monte Alverne, do qual passou quarenta dias jejuando e orando. Foi quando ele decidiu subir até um ponto mais alto do monte, sozinho, e pediu a Frei Leão que ficasse onde estava e orasse bastante. Francisco, já desesperado, gritava a Deus que se comunicasse com Ele, para entender melhor o que Deus queria dele. 
Foi quando Deus mandou-lhe as cinco chagas, para que Francisco sofresse como Jesus sofreu. Isso transmitiu uma alegria infinita, da qual, à princípio, só Frei Leão sabia. Francisco não conseguiu esconder o milagre que havia lhe acontecido e pouco antes de morrer, aos 43 anos de idade, compôs o Cântico das Criaturas, sua última composição.

FONTE:  
http://www.angelfire.com/nj/chicosanto/qsfa.html

VATICANO DIZ QUE VISITA DO PAPA CONFRONTOU PEDOFILIA COM 'NOVIDADE'

ROMA, 21 SET - O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, ressaltou que o problema da pedofilia no clero católico foi "confrontado com uma novidade" durante a visita do papa Bento XVI ao Reino Unido, entre quinta-feira passada e domingo. 

Além de vítimas, o Pontífice encontrou pela primeira vez "quem trabalha na Igreja pela salvaguarda dos jovens, que é um modo de olhar adiante, além do que aconteceu nestes anos terríveis", comentou o representante da Santa Sé em uma entrevista publicada hoje na imprensa italiana.

Nos quatro dias da viagem, o Santo Padre falou em discursos de sua "profunda dor", "vergonha e humilhação" frente aos abusos cometidos por padres, além de "grande tristeza" e "choque" com as revelações, e defendeu um "ambiente seguro" aos alunos das escolas católicas. 

No sábado, o Papa se reuniu de forma privada com cinco vítimas de pedofilia, rezou com elas e ouviu seus relatos, em um evento "comovente e importante", segundo palavras anteriores de Lombardi. No mesmo dia, ele conversou com profissionais e voluntários que trabalham para defender as crianças no ambiente eclesial, afirmando que tais iniciativas fazem parte da resposta da Igreja ao problema.

Ainda na entrevista, o porta-voz do Vaticano assinalou que uma das chaves do que ele considerou o sucesso da visita ao Reino Unido foi o grande número de pessoas que a acompanharam. "O Papa foi visto ao vivo na TV, continuamente por quatro dias, por um povo inteiro, além das pessoas que compareceram [aos eventos]", declarou o representante. 

Bento XVI reuniu em suas três grandes celebrações públicas, no Bellahouston Park de Glasgow, no Hyde Park de Londres, e no Cofton Park de Birmingham, 70 mil, 80 mil e 60 mil fieis, respectivamente. Além disso, 200 mil pessoas teriam saído às ruas para acompanhar o trajeto percorrido pelo papa-móvel em direção ao parque da capital britânica.

A emissora BBC, que fez uma intensa cobertura da visita, se defendeu hoje das opiniões de espectadores britânicos que se queixaram de uma "excessiva" atenção, de uma posição "muito favorável" ou de uma "muito crítica". O canal afirmou que a visita de Estado "teve um enorme significado histórico para milhões de católicos e outros na Grã-Bretanha", mas admitiu que "dividiu a opinião pública". Esta foi a primeira estadia oficial de um pontífice no Reino Unido desde que Henrique VIII rompeu com a Igreja Católica e criou a Igreja Anglicana no século XVI. Em 1982 João Paulo II havia ido ao país, mas para uma visita pastoral.

De acordo com Lombardi, Bento XVI "não quer ser uma estrela", porque isso não corresponde a sua personalidade, ministério e desejo. "Está, porém, certamente contente de ter sido conhecido e visto pelo que é", completou ele. "Não é somente um grande professor, um homem de cultura como todos sabem, mas também é um homem humilde, gentil, sensível, que deseja se aproximar dos outros com uma profunda humanidade", assinalou o porta-voz do Vaticano. 

O religioso comparou a importância das imagens transmitidas ao vivo pela TV ao que ocorreu com a visita do Papa à Turquia, em 2006, onde "as tomadas, em particular na Mesquita Azul [a maior de Istambul], ajudaram a fazer compreender sua atitude amigável e respeitosa para o mundo muçulmano". Aquela foi a segunda vez que um pontífice entrou em um templo islâmico.

Em seu pronunciamento, Lombardi não aludiu às manifestações feitas contra Bento XVI durante a estadia no Reino Unido. No sábado, uma marcha organizada por entidades seculares e de defesa dos direitos dos homossexuais teria reunido três mil pessoas para condenar os casos de pedofilia e as posturas da Igreja contra os gays, entre outros temas.

21/09/2010 13:41

FONTE: http://www.ansa.it/ansalatinabr/notizie/fdg/201009211341385977/201009211341385977.html

VOCAÇÃO

Falamos muito de vocação. Quando dizemos que alguém tem vocação, afinal o que queremos dizer? A palavra vocação vem do verbo no latim "vocare" (chama?). Assim vocação significa chamado. É, pois, um chamado de Deus. Se há alguém que chama, deve haver outro que escuta q responde.

A vida de todo ser humano é um dom de Deus. "Somos obra de Deus, criados em Cristo Jesus" (Ef 2,10). Existimos, vivemos, pensamos, amamos, nos alegramos, sofremos, nos relacionamos, conquistamos nossa liberdade diante do mundo que nos cerca e diante de nós mesmos.

Não somos uma existência lançada ao absurdo. Somos criaturas de Deus.

Não existe homem que não seja convidado ou chamado por Deus a viver na liberdade, que possa conviver, servir a Deus através do relacionamento fraternal com os outros.

Você é uma vocação. Você é um chamado.

Encontramos na Bíblia muitos chamados feitos por Deus: Abraão, Moisés, os profetas... Em todas as escolhas, encontramos:
  • Deus chama dlretamente, pela mediação de fatos e acontecimentos, ou pelas pessoas.
  • Deus toma a Iniciativa de chamar.
  • Escolhe livremente e permite total liberdade de resposta.
  • Deus chama em vista de uma missão de serviço ao povo.
Vocação é o encontro de duas liberdades:
  • a de Deus que chama
  • a do Homem que responde
Podemos fazer uma distinção entre os chamados: vocação à existência, vocação humana, vocação cristã e vocação específica, uma sobrepondo-se à outra.

Vocação à existência -À vida

Foi o primeiro momento forte em que Deus manifestou todo o seu amor a cada um de nós. Deus nos amou e nos quis participantes de seu projeto de criação como coordenadores responsáveis por tudo o que existe. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus. A vida é a grande vocação. Deus chama para a vida, e Jesus afirma que veio para que todos a tenham em abundância. (Jo 10,10)

Vocação humana - Ser gente, ser pessoa

Foi nos dada a condição da "liberdade dos filhos de Deus", inteligência e vontade. Estabelecemos uma comunhão com o Criador e, nessa atitude dialogai, somos pessoas. A pessoa aprende a conviver, a dialogar, enfim, a se relacionar. Todos têm direitos e deveres recíprocos.
Infelizmente, a obra-prima do Criador anda muito desprezada: enquanto uns têm condições e oportunidades, outros vivem na miséria, sem condições básicas para ressaltar a dignidade com que foram constituídos. No mundo da exclusão acontece a "desumanização"'e pode-se perder a condição de pessoa humana.

Vocação cristã - Vocação de filho, de batizado

Todo batizado recebeu a graça de fazer parte do povo eleito por Deus, de sua Igreja. Através da vocação cristã, somos chamados à santidade, vocação à perfeição, recebendo a mesma fé pela justiça de Deus. Fomos, portanto, eleitos e chamados pessoalmente por Cristo para ser, como cristãos, testemunhas e seguidores do Mestre Jesus. Chamados â fé pelo batismo, a pessoa humana foi qualificada de outra forma. Assim todos fazem parte do "reino de sacerdotes, profetas e reis". (1 Pd 2,9)

Toda pessoa batizada tornou-se um seguidor de Cristo, participante de uma comunidade de fé que pode ser chamada para participar da obra de Deus, como membro de sua Igreja, seguindo caminhos diferentes:

Vocação laical (no matrimônio /no celibato / solteiro - apóstolo)

l Assim todo cristão solteiro ou casado, batizado em Cristo, tornando-' se membro da sua Igreja, é convocado a ser apóstolo, anunciador do l Reino de Deus, exercendo funções temporais. O leigo vive na l secularidade e exerce sua missão insubstituível nos ofícios e trabalhos l deste mundo. O Concilio Vaticano II sublinhou que a vocação e a missão l do leigo "contribuem para a santificação do mundo, como fermento na \ massa'. (LG31)

Vocação ao ministério ordenado (diácono, padre e bispo)

É uma vocação de carisma particular, é graça, mas passa pela mediação da Igreja particular, pois as vocações são destinadas à Igreja. Acontece num acompanhamento sistemático, amadurecendo as motivações reais da opção. O ministro ordenado preside e coordena os serviços da comunidade. Por intermédio dos sacramentos, celebra a presença de Deus no meio do seu povo. O presbítero é enviado a pastorear e animar a comunidade. Ele é o bom pastor que guia, alimenta, defende e conhece as ovelhas. "Isto exige humanidade, caráter íntegro e maduro, virtudes morais sólidas e personalidade madura". (OT 11)

Vocação à vida consagrada  (ser irmão religioso ou irmã religiosa / vida ativa ou contemplativa)

O religioso é chamado a testemunhar Cristo de uma maneira radical, vivendo uma consagração total nos votos de pobreza, castidade e obediência. Com a pobreza, vivem mais livres dos bens temporais, tornando-se disponíveis para Deus, para a Igreja e para os irmãos. Com a castidade, vivem o amor sem exclusividade, sendo sinal do mundo l futuro que há de vir. Com a obediência, imitam a Cristo obediente e fiel à vontade do Pai.

Textos bíblicos
Mateus 25,14-30; João 14, 5 - 7
Leia estes textos com calma, um de cada vez, procurando trazê-los para a sua vida.

Precisamos distinguir bem vocação de profissão, pois não são exatamente a mesma coisa. Veja o quadro abaixo e observe a distinção entre uma e outra:
Profissão
Vocação
1 . aptidão ou escolha pessoal para exercer um trabalho
1. chamado de Deus para uma missão, que se origina na pessoa como reação-aspiração do ser
2. preocupação principal: o "ter", o sustento da vida
2. preocupação exclusiva: "o ser" , o amor e o serviço
3. pode ser trocada
3. é para sempre
4. é exercida em determinadas horas
4. é vivida 24 horas por dia
5. tem remuneração
5. não tem remuneração ou salário
6. tem aposentadoria
6. não tem aposentadoria
7. quando não é exercida, falta o necessário para viver
7. vive da providência divina
8. na profissão eu faço
8. ha vocação eu vivo

A profissão dignifica a pessoa quando é exercida com amor, espírito de serviço e responsabilidade. A vocação vivida na fidelidade e na alegria confere ao exercício da profissão uma beleza particular, é o caminho de santidade.

Fonte:  
http://www.catequisar.com.br/texto/materia/especial/vocacao/04.htm



MARIA: VIRGEM IMACULADA ?

Introdução:
    
A Imaculada Conceição de Nossa Senhora é uma verdade de fé, que consiste na graça que Deus a concedeu para ser a mãe do Salvador. Deus, no momento da conceição da Virgem Maria, isto é, no momento em que a alma inocente se une ao corpo escravo do pecado, preservou em Maria esta mancha do pecado original. Nosso Senhor concedeu a Maira Santíssima este favor, não por seu merecimento, mas pelos privilégios de Nosso Senhor Jesus Cristo, dando então a ela uma Imaculada Conceição.
Provas da Sagrada Escritura
 
 “Ave cheia de graça o Senhor estar contigo” cf. (Lc 1, 28) a saudação Angélica mostra muito bem a graça que Deus concedeu a Maria Santíssima. A expressão “cheia de graça” em grego “Kecharitoméneê”, é empregada para designar a graça em seu sentido pleno. A tradução em latim (Gratia plena), isto é “graça plena” é mais perfeita do que a portuguesa “cheia de graça”. O arcanjo falando á Maria que ela achara graça diante de Deus diz: “Maria, sois imaculada, e por isto serás a mãe do salvador”.
         
“O Senhor é convosco” (Lc 1,28) estas palavras angélicas, foram ditas antes da concepção pelo Espírito Santo, o que mostra que Deus está com Nossa Senhora antes da encarnação do Verbo. E, onde Deus habita não pode existir pecado, ou seja, ou seja, Maia não participou do pecado original. Sendo assim preservada por vontade de Deus. “Mas, vindo Cristo, o Sumo Sacerdote dos bens futuros. Por um maior e mais perfeito Tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação” (Hb. 9,11) aqui São Paulo se expressa sobre o ventre que concebeu o menino Deus, e compara com um tabernáculo perfeito. Logo onde Deus habita não pode existir imperfeição, ou seja, onde Deus está não pode existir pecado.
   
    O pecado original é transmitido do corpo dos pais aos filhos (em termos modernos poderíamos dizer que, geneticamente, com óvulo e espermatozóide sendo portadores), e infecta a alma no instante de sua infusão no corpo (ou seja, no instante da concepção).
   
    Assim, a Imaculada Conceição foi um ato divino em que Ele impediu que houvesse esta contaminação; São Joaquim e Santa Ana tinham o pecado original, e normalmente o teriam transmitido à sua filha. Deus, no entanto, impediu que a alma que Ele criou fosse contaminada pelo pecado original que, normalmente a contaminaria. Este ato divino ocorreu no instante da concepção de Maria.
   
    Há assim, duas respostas:
    
Deus preservou a Nossa Senhora do Pecado Original para que ela pudesse ser aquela que concedeu seu material genético, e este deveria estar imaculado, ou teríamos o pior caso de incompatibilidade da história da criação! Sua preservação, que teve o fim exposto, foi feita de maneira sumamente diferente do que ocorreu em seu ventre quando da Encarnação do Verbo. Ela não é Deus; ela é simplesmente alguém que não foi contaminada (por interferência divina direta), como por exemplo, o filho não-aidético de uma grávida aidética. Não há uma contraposição, uma inimizade completa, mas apenas um corpo sadio abrigado em um corpo doente.

A virgindade de Maria

              
    Leiamos Mateus cf. (1, 18-20): “A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, comprometida em casamento com José, antes de coabitarem, ela concebeu por obra do Espírito Santo. José, seu esposo, sendo justo e não querendo denunciá-la publicamente, resolveu repudiá-la em segredo. Enquanto assim decidiu, eis que o anjo do Senhor manifestou-se a ele em sonho, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo”.    
      

Maria Virgem antes do parto

“Maria, porém, disse ao anjo: Como é que vai acontecer isso, se eu não conheço homem algum”? Cf. (Lc 1,34) Conforme as palavras de Maria, até aquele momento, ela era virgem e, ao que parece, não tinha planos em vista de mudar aquela sua realidade.

Maria virgem no parto
 
1.    “Sim, fostes vós que me tirastes das entranhas da minha mãe. E, seguro me fez repousar em seu seio”. (Cf. Sl. 21 = (22) 10)
   
2.    “Mas a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus: aos que crêem em seu nome, Ele, que não foi gerado nem do sangue, nem de uma vontade da carne, nem de uma vontade de homem, mas de Deus”.  (Jo 1,12-13)

3.    “À tarde desse mesmo dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas onde se achavam os discípulos, por meio dos judeus, Jesus veio e, pondo-se no meio deles, lhes disse: a paz esteja convosco”! (Jo 20,19)
   
    Assim como Jesus transpôs as portas, ou paredes, do local onde os apóstolos estavam reunidos, assim também, Jesus, pelo poder do Espírito Santo, transpôs o seio da virgem Maria nascendo homem no meio de homens.  
Maria virgem depois do parto: (Jesus Filho único de Maria)
Há alguns textos no Novo Testamento que mencionam “os irmãos de Jesus”, no entanto o mais expressivo é o de (Marcos 6,3): “Não é este o carpinteiro, o filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E as suas irmãs não estão aqui entre nós? A expressão “irmãos de Jesus” foi concebida originalmente não em ambiente grego, mas no mundo semita. Os habitantes de Nazaré, por exemplo, não falava grego, mas aramaico. É preciso, portanto, que procuremos avaliar o sentido da palavra “irmão” em aramaico.
    
Ora, em aramaico, assim como em hebraico (línguas afins entre si), a palavra “irmãos”, (Ah, em hebraico) e (Aha, em aramaico), designava não somente os filhos dos mesmos genitores, mas também, os primos ou até parentes mais remotos, pois estas línguas eram pobres em vocabulário.
    
Vale esclarecer que na tradução grega foi usado o termo “Adelphós”, irmãos, apesar de a língua grega obter a palavra primo, em virtude da língua de pregação de Jesus ser o hebraico e o aramaico, que não tinha palavra própria para indicar primo. Com base nesta verificação, não teremos dificuldade de compreender que os “irmãos de Jesus” eram na verdade, parentes próximos de Jesus.
    
“E ela deu à luz o seu Filho primogênito, envolveu-o com faixas e reclinou-o numa manjedoura... O termo primogênito não significa que a mãe de Jesus tenha tido outros filhos após Ele. Em hebraico “Bekor”, que quer dizer primogênito podia significar simplesmente o bem-amado, pois primogênito é certamente aquele dos filhos no qual durante certo tempo se concentra todo amor dos pais; além disso, o primogênito era considerado pelos Hebreus, como de especial amor da parte de Deus, pois devia ser consagrado ao Senhor dede os seus primeiros dias, cf. (Lc 2, 22; Ex 34, 19) e ele devia cumprir, logo no primeiro mês, a lei do resgate, (Num 18, 16). Essa lei não esperava pelo segundo filho para que o primeiro fosse tido e tratado por toda a vida como primogênito”            
    
Objeção Protestante
 
Embora Martim Lutero, o Pai da reforma protestante, não tenha negado a Imaculada Conceição da Virgem Maria, conforme suas próprias palavras: “Era justo e conveniente, diz ele, fosse à pessoa de Maria preservada do pecado original, visto o filho de Deus tomar dela a carne que devia vencer todo o pecado”. (hut in postil. maj.) Mesmo assim, os protestantes negam esta verdade de fé professada desde o início pelo cristianismo. Geralmente costumam citar a lei geral “todos pecaram” (cf. Rm 5,12), como argumento contra a Imaculada Conceição. Tal lei é certa, e a ela está subordinada toda a humanidade. Mas não será Deus capaz de, antes que alma e o corpo se unam suspender um de seus efeitos, que é neste caso justamente a mácula da alma, a transmissão do pecado original?
   
    Um dos vários exemplos que temos das intervenções Divinas ás leis gerais foi quando Nosso Senhor Jesus Cristo ressuscitou Lázaro, estando seu cadáver já em putrefação cf. (Jô 11,41-43), visto que todos os mortos devem aguardar a ressurreição geral.
Os reformadores protestantes sobre a virgindade de Maria
 
Martinho Lutero (1483-1546) foi formado na tradição Católica que lhe ensinou a veneração a Maria. Veneração que ele guardou até o fim da vida. Eis alguns comentários: “O Filho de Deus fez-se homem, de modo a ser concebido do Espírito Santo sem o auxilio de varão e a nascer da virgem Maria pura e Santa”. Cf. (Artigo s de doutrina cristã). “Ele Cristo, Nosso Salvador, era o fruto real e natural do ventre virginal de Maria... Isto aconteceu sem a participação de qualquer homem a ela permaneceu virgem mesmo depois disso”. Cf. (Martinho Lutero, sermões sobre João, cap. 1 a 4, 1537-39 d.C.).

Comunidade Pio X
SITE: www.piox.net

LEITURA ORANTE DA BÍBLIA


Em homenagem a Bíblia (mês de setembro é dedicado a palavra de Deus) mais informação como se deve rezar usando a Palavra de Deus. Dez passos para a leitura diária da Bíblia, a fim de manter uma atitude de discípulo fiel.
LEITURA » tomar a Bíblia e ler com convicção de que Deus nos fala. Em atitude de interiorização, silenciar para ouvir Deus.

1. Iniciar, invocando o Espírito Santo
1 - Faça-se em mim segundo a tua Palavra.
Ao iniciar a Leitura Orante da Bíblia, você não vai estudar; não vai ler a Bíblia para aumentar conhecimentos nem preparar algum trabalho apostólico; nào vai ler para ter experiências extraordinárias. Vai ler a Palavra de Deus para escutar o que Deus lhe tem a dizer, para conhecer a Sua Vontade e viver melhor o Evangelho de Jesus Cristo.Em você devem estar a pobreza e a disposição que o velho Elirecomendou a Samuel: "Fala, Senhor, que teu servo escuta!"(1Sm3,10). Deve estar a mesma atitude obediente de Maria: "Faça-se em mim segundo a tua Palavra"(Lc 1,38).

2. Leitura lenta e atenta do texto
2 - Pedir o Espírito Santo. Pedi e recebereis.
Poder escutar Deus não depende de você nem do esforço que fará, mas só e unicamente de Deus, da Sua decisão gratuita e soberana de entrar em contato com você e de fazer com que possa ouvir a Sua voz. O ponto de partida da Leitura Orante deve ser a humildade. Saber recolher-se à sua própria insignificância e dignidade. Para isto é necessário que você se prepare, vigiando em oraçòes, pedindo que Ele mande o seu Espírito. Pois, sem a ajuda do Espírito de Deus, não é possível descobrir o sentido que  a Palavra de Deus tem para nós hoje (cf Jo 14,26; 16,13; Lc 11,13)

3. Momento de silêncio
 interior, lembrando o que leu
3 -Criar um ambiente de recolhimento
É importante criar um ambiente adequado, que favoreça o recolhimento diante da Palavra de Deus. Ler a Bíblia é como freqüentar um amigo. Os dois exigem o máximo de atenção, respeito, amizade, entrega e escuta atenta. Para isso você deve aprender a cultivar o selêncio dentro de si, durante todo o tempo da Leitura Orante. E lembre-se: uma boa e digna posição do corpo favorece o recolhimento da mente.

4. Ver bem o sentido de cada frase
4- Receber a Bíblia como o Livro da Igreja e da Tradição da Vida Religiosa.
Abrindo a Bíblia, você deve estar bem consciente de que está abrindo um livro que não é seu, mas da comunidade. Fazendo a Leitura Orante, você está entrando no grande rio  da Tradição da Igreja, que atravessa os séculos. A Leitura Orante é o barquinho que o carrega pelas curvas deste rio até o mar. O clarão luminoso que nos vem do mar já clareou a "noite escura" de muita gente. Mesmo fazendo sozinho a Leitura Orante da Bíblia, você não está só, mas unido aos irmãos e às religiosas que, antes de você, procuraram "medir dia e noite na lei do Senhor" ( Sl 1,3). São muitos! Por isso "permaneça firme naquilo que aprendeu e aceitou como certo. Você sabe de quem o aprendeu!" (2Tm 3,14). Mesmo daqueles e daquelas que não sabiam ler o texto escrito! Eles sabiam ler o texto da vida, dos acontecimentos, do rosto dos irmãos e das irmãs.
MEDITAÇÃO » refletir, ruminar, aprofundar, repetir as palavras significativas ... aplicar a mensagem hoje.

5. Atualizar e ruminar
a Palavra, ligando-a com a Vida
5- Ter uma correta atitude interpretativa diante da Bíblia.
A leitura atenta e proveitosa da Bíblia deve estar marcada, do começo ao fim, por uma atitude interpretativa que tem três passos básicos: Leitura, Meditação e Oração. Estes três aspectos sempre formaram a espinha dorsal da Vida Religiosa, culminando na Contemplação:
Passo ou atitude: Leitura: conhecer, respeitar, situar
Antes de tudo, você deve ter a preocupação de investigar: "O  que texto diz em si?" Isto exige silÊncio. Dentro de você, tudo deve silenciar, para que nada o impeça de escutar o que o texto tem a dizer, e para que não aconteça que você leve o texto a dizer só aquilo que gosta de escutar.
Passo ou Atitude: Meditação: ruminar, dialogar, atualizar
Você também deve ter sempre a preocupação de se perguntar: "O que o texto diz para mim, para nós?" Neste segundo passo, você entra em diálogo com o texto, para que o sentido se atualize e penetre a sua vida. Como Maria, rumine o que escutou (Lc 2,19.51), e assim descobrirá que "a Palavra de Deus está muito perto de ti: está na tua boca e no teu coração, para que a ponhas em prática" ( Dt 30,14).
Passo ou Atitude: Oração: suplicar, louvar, recitar
Além disso, você deve estar sempre preocupado em desobrir: "O que o texto me faz dizer a Deus?" É a hora da prece, o momento de vigiar em orações. Até agora, Deus falou para você; chegou a hora de você responder a Ele.

6. Ampliar a visão, ligar o 
texto com outros textos bíblicos.
6- Colocar-se sob o julgamento da Palavra para poder chegar à contemplação
O resultado, 0 4º passo, o ponto de chegada da Leitura Orante é a Contemplação: enxergar, saborear, agir. Contemplação é:
  • ter nos olhos algo da "sabedoria que leva à salvação"(2Ts 3,15);
  • começar a ver o mundo e a vida com os olhos dos pobres, com os olhos de Deus;
  • assumir a própria pobreza e eliminar do seu modo de pensar aquilo que vem dos poderosos;
  • tomar consciência de que muita coisa da qual você pensava que fosse fidelidade ao Evangelho e à Tradição de sua Congregação, na realidade nada mais era do que fidelidade a você mesmo e aos seus próprios interesses e idéias;
  • saborear, desde já, algo do amor de Deus que supera todas as coisas;
  • mostrar pela vida que o amor de Deus se revela no amor ao próximo (IX,XIV);
  • dizer sempre: "faça-se em mim segundo a tua Palavra"(Lc 1,38)
ORAÇÃO » conversar com Deus a partir do texto. Responder às interpelações. Atitude de adoração, louvor, agradecimento, perdão.

7. Ler de novo, rezando o texto e respondendo a Deus.
7- Procurar por todos os meios que a interpretação seja fiel.
Para que a sua Leitura Orante não fique entregue só às conclusões dos seus próprios sentimentos, pensamentos ou caprochos, mas tenha firmeza maior e seja realmente fiel, é importatante você levar em conta três exigências fundamentais:
1.     Exigência: confrontar com a fé da Igreja. Confronte sempre o resultado da sua Leitura com a comunidade a que você pertence, com a fé da Igreja viva. Do contrário, pode acontecer que o seu esforço não o leve a lugar algum (Gl 2,2).
2.     Exigência: confrontar com a realidade. Confronte sempre aquilo que você lê na Bíblia com a realidade que vivemos. Quando a Leitura Orante não alcança o seu objetvo na nossa vida, a causa nem sempre é falta de oração, falta de atenção à fé da Igreja ou falta de estudo crítico do texto. Muitas vezes, é simplesmente falta de atenção à realidade nua e crua que vivemos. Quem vive na superficialidade, sem apronfundar sua vida, não pode antigir a fonte de onde nasceram os Salmos, dizia Cassiano.
3.     Exigência: confrontar com o resultado da exegese. Confronte sempre as conclusões da sua leitura com os resultados da exegese bíblica que investiga o sentido da Letra. A Leitura Orante - é verdade - não pode ficar parada na Letra; deve procurar o sentido do Espírito (2 Cor 3,6) . Mas querer estabelecer o sentido do Espírito sem fundamentá-lo na Letra é o mesmo que construir um castelo no ar (Agostinho).É cair no engano do fundamentalismo. Hoje em dia, quando tantas idéias novas se propagam, é muito importante ter bom senso. O bom senso se alimenta do estudo crítico da Letra. Para não errar nesse ponto, vale a pena seguir o exemplo do Apóstolo Paulo

8. Formular um compromisso 
de vida
 
8 - Imitar o exemplo de Paulo
O Apóstolo dá vários conselhos de como ler a Bíblia. Ele mesmo foi um bom intérprete. Eis algumas das normas e atitudes recomendadas e observadas por ele.
  • considere-se destinatário do que está escrito, pois tudo foi escrito para a nossa instrução (1 Cor 10,11; Rm 15, 4); a Bíblia é o nosso livro;
  • procure ter nos olhos a fé em Jesus Cristo, pois é só pela fé Nele que o véu cai e que a Escritura revela o seu sentido e nos comunica a sabedoria que leva à salvação (2 Cor 3,16; 2 Tm 3,15; Rm 15,4);
  • lembre-se: Paulo falava de "Jesus Cristo Crucificado"(2Cor 2,2). "escândalo para uns e loucura para outros". Foi este Jesus que lhe abriu os olhos para perceber a Palavra viva no meio dos pobres da periferia de Corinto, onde a loucura e o escândalo da cruz estavam confundindo os sábios, os fortes e os que pensavam ser alguma coisa neste mundo( 1 Cor1,21-31);
  • misture o eu e o nós; nunca só o eu, e nunca só nós! O Apóstolo também misturava, pois recebeu sua missão da comunidade de Antioquia e falava a partir dela (At 13, 1-3; Gl 2,2);
  • tenha presente os problemas da sua vida pessoal e familiar, da sua família religiosa, das comunidades, da Igreja, do povo a que você pertence e serve; era assim que Paulo relia e entendia a Bíblia: a partir dos problemas do povo das comunidades por ele fundadas (1Cor 10, 1-13);

9. Rezar um salmo apropriado
9- Descobrir na Bíblia o espelho da que vivemos hoje.
Ao ler a Bíblia, tenha bem presente que seu texto não é só uma janela por onde você olha para saber o que aconteceu com os outros no passado; é também um espelho, um "símbolo" (Hb 11,19), onde você olha para saber o que está acontecendo com você (1 Cor 10, 6-10). A Leitura Orante diária é como a chuva mansa que, aos poucos, vai fecundando o terreno (Is 55, 10-11). Entrando em diálogo com Deus e meditando a sua Palavra, você cresce como árvore plantada à beira dos córregos (Sl 1,3). Você não vê o crescimento mas perceberá o resultado no encontro renovado consigo, com Deus e com os outros. Diz o canto: "É como a chuva que lava, é como o fogo que arrasa, Tua Palavra é assim; não passa por mim sem deixar um sinal".
CONTEMPLAÇÃO » mergulhar no mistério de Deus, ver a realidade com os olhos de Deus, saborear Deus. Observar e avaliar a vida, os fatos, os pobres, a situação do povo, com um novo olhar.

10. Escolher uma frase 
como resumo para memorizar
10 - Interpretar a vida com a ajuda da Bíblia
Quando você faz Leitura Orante, o objetivo último não é interpretar a Bíblia, mas interpretar a vida. Não é conhecer o contéudo do Livro Sagrado, mas, ajudado pela Palavra escrita, descobrir, assumir e celebrar a Palavra viva que Deus fala hoje na sua vida, na nossa vida, na vida do povo, na realidade do mundo em que vivemos (Sl 95,7); é crescer na  fé e, como o profeta Elias, experimentar, cada vez mais, que "Vivo é o Senhor, em cuja presença estou!" (1Rs 17,1; 16,15).



SEMINARISTA: SEVERINO DA SILVA SOUZA.

O QUE É ORAÇÃO?

A oração na vida do ser humano

q  O que é oração?
            A oração é um encontro amoroso da pessoa com Deus, na verdade. Porque o amor só acontece na verdade, não resiste a mentira. Rezar é antes de tudo AMAR.
Sta. Teresinha dizia: para mim, a ORAÇÃO é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da alegria.
A ORAÇÃO é a elevação da alma ou o pedido a Deus dos bens convenientes. (S. João Damasceno).
De onde falamos nós ao rezar? Das alturas de nosso orgulho e vontade própria, ou das “profundezas” (Sl 130,14) de um coração humilde e contrito. Quem se humilha será exaltado.
JESUS CRISTO, foi um homem de oração. Orava antes dos momentos decisivos de sua missão: antes de o Pai dar testemunho por ocasião do Batismo (Lc 3,21), antes da transfiguração (Lc 9,28) e antes de realizar por sua Paixão o plano de amor do Pai (Lc 6,12)
JESUS, muitas vezes se retira, na solidão da montanha, de preferência, a noite para orar (Mc 1,35;4,16).
Estando num certo lugar, orando, ao terminar, um de seus discípulos pediu-lhe: Senhor, ensina-nos a orar”(Lc 11,1)
Assim como Jesus ora ao Pai e dá graças antes de receber seus dons, ele nos ensina essa audácia filial: “tudo quanto suplicares e pedires, crede que já recebeste” (Mc 9,23). Tal é a força da oração, “Tudo é possível a quem crer”(Lc 11,5-13).
A oração da Fé não consiste apenas em dizer “Senhor, Senhor”, mas em levar o coração a fazer a vontade do Pai.

q  Oração com um coração simples
Todo ser humano tem seus pontos positivos e seus pontos negativos. Sabemos disso. Contudo, na prática não é fácil admiti-lo. De fato, encontra-se pessoas que não reconhecem que têm limites, defeitos. Acreditam saber tudo. Nunca se enganam. A culpa é sempre dos outros. Outros, ao invés, não se valorizam bastante, a tal ponto que não conseguem descobrir nenhuma qualidade em si mesmas. São dois extremos. No entanto, eles excite,.
Somos, pois, pessoas com qualidades e com limites.
O que temos de “positivo”, nossas qualidades, nossos valores, tudo isso é Dom que recebemos de Deus. Negar esse Dom seria negar o próprio Deus que no-lo deu. Ö Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor; seu nome é santo”- é o qu cada um de nós deve dizer como Maria.
Para ter um coração simples, precisamos sentir-nos feliz de ser o que somos, ter uma sincera estima de nós mesmo.

q  Oração
Você também é um dom de Deus, um dom precioso para os outros. Tudo que você é precisa ser doado. Você só encontrará todo o sentido de sua vida, quando se fizer dom para os outros. Do mesmo modo, devemos ver o outro como um Dom que Deus faz, e mediante o qual ele próprio se dá a nós.
Por conseguinte, não podemos nem possuir reduzir o outro à nossa medida, uma vez que ele não nos pertence.

O que temos de negativo de limitações:

ü  Primeiramente, o fato de nada possuirmos por nós mesmos. É este o sentido radical de nossa pobreza: tudo recebemos de nosso Criador, em tudo dependemos dele. Não fomos nós que nos demos a vida, nem se encontra em nós o seu sentido. Não somos o nosso próprio fim. Somo seres pobres, necessitados de tudo. Somente Deus é Deus. Quere fazer as vezes de Deus é a tentação como e sutil de nossa presunção. Não temos de que nos orgulhar.
ü  São estas algumas das limitações do nosso ser: não vemos tudo, não ouvimos tudo, não sabemos tudo... Somos seres limitados. Além disso, existem as doenças, a fragilidade de nossos ser, a brevidade da vida etc. Dizia Sta. Teresa: Ä humildade consiste em viver na verdade”, como, então, queremos ser tão pretensiosos, tão superficiais, tão cegos? Escondemo-nos atrás da nuvenzinha de nossas ilusões e assim prosseguimos pela vida afora...
ü  Enfim, o pecado: o mal que fazemos e o bem que omitimos, nossa incapacidade de dar e de receber o perdão.
Por conseguinte, só com um coração simples é que poderemos viver o encontro de amor com o outro e com Deus. A partir da verdade de nossos qualidades e dos nossos limites. A partir da necessidade, uma vez que nada temos por nós mesmos nem podemos possuir. A partir da humanidade de nosso limitado ser terreno, e apartir da simplicidade com que reconhecemos o Dom que Deus constantemente nos faz. Para rezar, devemos despertar nossa sensibilidade pela presença, saber-nos amado e aproximar-nos do outro com um coração simples, assim como somos, necessitados como o publicanos da parábola.


q  Oração pessoal
É o reconhecimento amoroso entre o homem e Deus no silêncio de seu ser. É o momento que diariamente dedico ficar a sós com ele, é a atitude profunda que me faz voltar os olhos e o coração para a sua presença, ao longo do dia. No entanto, é preciso saber, que mais íntimo que possa ser o relacionamento que estabeleço com Deus, minha oração pessoal temos sempre uma dimensão comunitária pois, quando me coloco diante de Deus lhe apresento também a minha família, minha comunidade; meus irmãos sus sofrimentos e esperanças.

Para cada dia um tempo de Oração

Queremos motiva-los(as) para que dedique, um tempo diário à oração pessoal,a viver um verdadeiro encontro com Deus. O modo de rezar é muito pessoal. É sua voz, é você quem ora. Contudo, para fazer uma boa oração é preciso:

ü  Criar o hábito
Criar o hábito de realizar um momento de oração pessoal e diariamente. A oração equilibra nossa vida, faz-nos entrar no mistério de Deus, ajuda-nos a descobrir nossa própria verdade e alimenta a nossa espiritualidade.

ü  Um lugar
Podemos encontrar Deus em todos os lugares. Mas para a oração diária é bom procurar um lugar solitário, tranqüilo, silencioso. De preferência, sempre o mesmo lugar: um cantinho na sua casa, seu próprio quarto...

ü  O momento
Nossa tendência é deixar a oração para o último momento, depois de tudo que realizamos. Recomenda-se ter cada daí um momento, que seja calmo e tranqüilo, no qual não sejamos acomodados. Dois bons momentos: No inicio da manhã e no final da tarde.

ü  Duração
É algo pessoal dependente de cada um. Para começar é bom propor um tempo curto. De vez enquanto um tempo maior.
No principio, nem sempre é fácil. Mas saber rezar pode ser tão simples como começar a rezar.

Principais Orações do Cristão

 

Pai nosso

Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos daí hoje; e perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. Não nos deixeis cair em tentação. Mas livrai-nos do mal. Amém

 

Ave Maria

Ave Maria, cheia de Graça, o Senhor é convosco; bendita sóis vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

Glória ao Pai

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito santo. Côo era no principio, agora e sempre. Amém.

Ato de contrição

Meu Deus, tenho muita pena de ter pecado, pois mereci ser castigado, ofendi a vós, meu Pai, meu Salvador. Perdoai0-me, Senhor, não quero mais pecar.

Salve Rainha

Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, vida doçura, esperança nossa salve! A vós bradamos os degradados filhos de Eva; A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos, misericordiosos, anos volvei, e depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso ventre. Ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria! Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

Oração do Anjo da Guarda

Santo anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege me guarde, governe e ilumine. Amém.

Oração ao Espírito Santo

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e ascendi neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renoveis a face da terra.
Oremos: ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo nosso. Amém.


SEMINARISTA: SEVERINO DA SILVA SOUZA.

OS SACRAMENTOS

INTRODUÇÃO:

O conhecimento humano começa pelos sentidos e, para chegar a conhecer as coisas que os ultrapassam, temos de utilizar imagens, símbolos ou comparações, que desvelam um pouco o desconhecido. Deus procedeu conosco do mesmo modo, instituindo os sinais sensíveis que chamamos de sacramentos, para expressar as realidades sobrenaturais da graça. Mas a onipotência divina faz mais do que nós podemos fazer. Deus concedeu a estes sinais sensíveis SIGNIFICAR e PRODUZIR a graça. Para entender melhor o efeito dos sacramentos podemos compará-los com a vida natural, vendo que na ordem da graça:
• Nascemos para a vida sobrenatural pelo Batismo,
• Fortalecemo-nos pela Confirmação,
• Mantemos a vida com o alimento da Eucaristia,
• Se perdermos a vida da graça pelo pecado, a recuperamos pela Penitência,
• E com a Unção dos Enfermos nos preparamos para a viagem que acabará no céu.
Para socorrer as necessidades da Igreja como sociedade, temos o sacramento da:
• Ordem sacerdotal, que institui os ministros da Igreja,
• Matrimônio, que com os filhos perpetua a sociedade humana e faz crescer a Igreja quando estes são regenerados pelo batismo.

IDÉIAS PRINCIPAIS:

1. O que são os sacramentos

Os sacramentos são sinais sensíveis e eficazes da graça, instituídos por Jesus Cristo e confiados à Igreja, através dos quais nos é dispensada a vida divina. Sinal sensível é uma coisa conhecida que manifesta outra menos conhecida; se vejo fumaça, descubro que existe fogo. Mas dizemos também sinal eficaz porque o sacramento não só significa, mas que produz a graça (a fumaça só significa fogo, mas não o produz).

2. O porquê da instituição dos sacramentos

Podemos nos perguntar por que Cristo quis fazer assim as coisas. Ele pode comunicar a graça diretamente, sem recorrer a nenhum meio sensível, ainda que tenha querido acomodar-se a nossa maneira de ser, dando-nos os dons divinos por meio de realidades materiais que usamos, para que fosse mais fácil para nós consegui-los. No batismo, por exemplo, assim como a água purifica naturalmente, o sacramento purifica: o sacramento lava e limpa sobrenaturalmente a alma, tirando o pecado original e qualquer outro pecado que possa existir, mediante a infusão da graça. Esta foi a pedagogia de Cristo durante sua vida pública, servindo-se de coisas naturais, de ações externas e de palavras. Tocou com sua mão o leproso e lhe disse; "Quero, fica limpo" (Mateus 8,3); untou com barro os olhos do cego de nascimento e ele recuperou a vista (cf. João 9,6-7); para comunicar aos Apóstolos o poder de perdoar os pecados, soprou sobre eles e pronunciou umas palavras (cf. João 20,22). Assim como a Santíssima Humanidade de Cristo é o instrumento único à Divindade de que se serve o Verbo para realizar a Redenção da humanidade, assim as coisas ou ações dos sacramentos são os instrumentos separados pelos quais Deus nos santifica, acomodando-se a nossa maneira de ser e de entender.

3. Jesus Cristo instituiu os sete sacramentos

Todos os sacramentos foram instituídos por Jesus Cristo -que é o autor da graça e pode comunicá-la por meio de sinais sensíveis- e eles são sete: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Unção dos Enfermos, Ordem e Matrimônio. Nos sete sacramentos estão atendidas todas as necessidades da vida sobrenatural do cristão.


4. Os sacramentos da Igreja

Cristo confiou os sacramentos a sua Igreja, e podemos dizer que são "da Igreja" em um duplo sentido: a Igreja faz ou administra ou celebra os sacramentos, e os sacramentos constroem a Igreja (o batismo gera novos filhos da Igreja, etc..). Existem, pois, por ela e para ela.

5. Os sacramentos da fé

Os sacramentos estão ordenados à santificação dos homens, à edificação do Corpo de Cristo e, em definitivo, a dar culto a Deus, mas como sinais, tem também uma finalidade instrutiva. Não só supõem a fé, também a fortalecem, a alimentam e a expressam com palavras e ações; por isso são chamados sacramentos da fé.

6. Efeitos dos sacramentos

Os sacramentos, se são recebidos com as disposições requeridas, produzem como fruto:
• Graça santificante. Os sacramentos dão ou aumentam a graça santificante. O batismo e a penitência dão a graça; os outros cinco aumentam a graça santificante e só se devem recebe-los estando na graça de Deus. Aquele que os recebe em pecado mortal comete pecado de sacrilégio.
• Graça sacramental. Além da graça santificante que concedem os sacramentos, cada um outorga algo especial que chamamos graça sacramental. É um direito de receber de Deus, no momento oportuno, a ajuda necessária para cumprir as obrigações contraídas ao receber aquele sacramento. Assim, o batismo dá a graça especial para viver como bons filhos de Deus; a confirmação concede a força e o valor para confessar e defender a fé até a morte, se for preciso; o matrimonio, para que os cônjuges sejam bons esposos e eduquem de forma cristã os filhos; etc..
• Caráter. O batismo, confirmação e ordem sacerdotal concedem, além disso, o caráter, que é um sinal espiritual e indelével que confere uma peculiar participação no sacerdócio de Cristo. Por isso, estes sacramentos só se recebem uma única vez.

7. De que se compõe um sacramento

Um sacramento se compõe de matéria, forma e o ministro que o realiza com a intenção de fazer o que faz a Igreja.
• A matéria é a realidade ou ação sensível, como a água natural no batismo, os atos do penitente na confissão (contrição, confissão e satisfação).
• A forma são as palavras que, ao fazê-lo, se pronunciam.
• O ministro é a pessoa que faz ou administra o sacramento.

8. Diversidade de sacramentos

Seguindo a analogia entre vida natural e etapas da vida sobrenatural, podem-se distinguir nos sacramentos, três grupos distintos:
a) Sacramentos da iniciação cristã: Batismo, Confirmação e Eucaristia, que põem os fundamentos da vida cristã e comunicam a vida nova em Cristo;
b) Sacramentos de cura: Penitência e Unção dos Enfermos, que curam o pecado e as feridas da nossa debilidade;
c) Sacramentos a serviço da comunidade: Ordem sacerdotal e Matrimônio, estabelecidos para socorrer as necessidades da comunidade cristã e da sociedade humana.
Os sacramentos formam um organismo no qual cada um deles tem sua função vital. A Eucaristia ocupa um lugar único, enquanto "sacramento dos sacramentos". Podemos dizer com Santo Tomás de Aquino que "todos os outros sacramentos estão ordenados para a Eucaristia como seu fim".

9. Os sacramentos são necessários para a salvação

Os sacramentos não só são importantes, mas necessários, se queremos viver a vida cristã e aumentá-la em nós. São como os canais que conduzem a água, e, neste caso, trazem para a nossa alma a graça da redenção de Cristo na cruz. E são necessárias também as nossas disposições para receber -ou receber com maior abundância- a água limpa da graça. Dão sempre a graça se são recebidos com as devidas disposições, e se não se recebe mais graça, não é por culpa do sacramento, mas por falta de melhor preparação. É preciso aproximar-se, portanto, para receber os sacramentos, com a melhor disposição possível, para podermos receber a graça com abundância.

10. Propósitos de vida cristã
• Agradecer ao Senhor a instituição dos sete sacramentos e demonstrar a estima por eles, preparando-se muito bem para recebê-los.
• Receber com freqüência os sacramentos da Penitência e da Eucaristia.

FONTE:
http://www.saojorgemartir.com.br/curso/catecismo25.php

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