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A TEOLOGIA PAULINA SOBRE O ESPÍRITO SANTO

A TEOLOGIA PAULINA SOBRE O ESPÍRITO SANTO

            A palavra Espírito é tradução do termo hebraico ruah (Antigo Testamento) e do termo grego pneuma (Novo Testamento). Como referência ao Espírito, a palavra ruah é citada 378 vezes no Antigo Testamento hebraico e 11 vezes na parte aramaica de Daniel; já o Novo Testamento cita a palavra pneuma 379 vezes.  


RUAH NO ANTIGO TESTAMENTO

            O termo verotestamentário ruah é relacionado a vários significados, enfatizando seu aspecto dinâmico.
           
            Vento – como fenômeno da natureza significa:
§  Brisa leve (Is 57, 13); vento forte (Is 27, 8);
§  Intervenção de YHWH, Deus age por meio do vento (Gn 8, 1) para salvar seu povo (Ex 14, 21) ou para puni-lo (Jr 4, 12);
§  O vento figura entre os fenômenos da natureza que acompanham as teofanias; o vento é o sopro de YHWH, a sua ordem criadora (Sl 33, 6).
           
            Hálito/Espírito/Vida – como sinal e princípio da vida, cuja origem é YHWH:
§  Quando YHWH tira seu espírito os seres vivos morrem, quando o envia eles são criados;
§  O Espírito é vitalidade, demonstra traços do caráter ou comportamento, há espírito de prostituição (Os 4, 12 ), de inveja (Nm 5, 14), de confusão (Is 19, 14), de juízo (Is 28, 6), de discernimento (Pr 17, 27), ...;
§  O Espírito executa operações intelectuais, ele é sábio (Ex 28, 3; Dt 34, 9; Sb 7, 7), forma projetos (Ez 11, 5), tem inteligência (Sb 39, 6);
§  Aparece como princípio de conversão, o penitente pede a YHWH  para restaurar nele um espírito firme (Sl 51, 2) e confortar o espírito contrito;
§  A regeneração messiânica de Israel é a criação de um coração novo e um espírito novo (Ez 11, 19; 18, 31; 36, 26);
§  O Espírito é a força que inspira a profecia (Is 61, 1; Ez 2, 2), o profeta é um homem do espírito (Os 9, 7);  
§  O Espírito é concedido àqueles que tem um cargo em Israel, juízes (Jz 3, 10), reis (1 Sm 11, 6), rei messiânico, o servo do Senhor (Is 11, 2; 42, 1), sábios (Jó 32, 8; Pr 1, 23).

PNEUMA NO NOVO TESTAMENTO

            Os escritos do Novo Testamento falam de diversas maneiras sobre a presença e atuação do Espírito.
§  Força de Deus: que impele Jesus para o deserto (Mc 1, 12), pela qual Jesus expulsa demônios (Mt 12, 28) e realiza milagres.
§  O Espírito é dado aos Apóstolos e à Igreja: Batismo e Pentecostes.
§  A presença do Espírito se manifesta como presença de Deus na Igreja (At 2, 3).
§  O Espírito dirige os ministros da Igreja (At 13, 2).
§  O Espírito é conferido pela imposição das mãos (At 8, 14-17).
§  O Espírito Santo é o espírito da verdade (Jo 14, 17), o Paráclito, aquele que ajuda, assiste e revela a verdadeira realidade de Jesus.

O ESPÍRITO SANTO NOS ESCRITOS DE PAULO

            O Espírito Santo habita naquele que crê, o Espírito no cristão é princípio da vida, por isso Paulo fala da nova aliança selada no Espírito.
§  O Espírito revela as profundezas de Deus; o Espírito é principio e fonte do amor cristão, da esperança e da fé; é força que liberta os homens da Lei (Gl 5, 18), dos desejos da carne (Gl 5, 16), do comportamento imoral (Gl 5, 19-24).
§  O dom do Espírito constitui a filiação adotiva (Gl 4, 6; Rm 8, 4); presente no cristão em oração, implora por nós com gemidos inexprimíveis (Rm 8, 26); dá ao cristão consciência de sua relação com o Pai. O Espírito traz aos fiéis a realidade de sua nova realidade com Deus como filhos, realidade alcançada por Cristo (Gl 4, 4-6; Rm 8, 14-16).
            Explica-se a importância do Espírito em Paulo com base na experiência que as comunidades cristãs primitivas tinham do Espírito em seu meio (milagres, profecia, sabedoria). Essas experiências eram prova de que o Espírito estava presente e atuante. O sinal da presença do Espírito é o amor que foi derramado no coração dos fiéis pela presença do Espírito (Rm 5, 5-8).
            Paulo não considera o Espírito uma força ou um ser a disposição do fiel, pois o Espírito não é controlado, ele está presente para ajudar o fiel a fazer a vontade de Deus; o Espírito é dado livremente com a única condição da fé em Cristo como Senhor.
            Para Paulo:
§  O Espírito Santo é Deus: o Espírito é único em poder e em relação a Deus. Um só espírito (Rm 8. 9). Essa unidade do Espírito se manifesta na unidade da Igreja.
§  O Espírito é descrito com características pessoais: Ele guia os fiéis (Gl 5, 18; Rm 8, 14); revela os mistérios do Evangelho (1 Cor 2, 6-16); ajuda os fiéis na oração (Gl 4, 6; Rm 8, 15.26-27).
§  O Espírito é o único meio pelo qual a sabedoria de Deus se comunica a Deus, pois só o Espírito conhece a Deus: o Salvador é o conteúdo da misteriosa sabedoria de Deus, uma sabedoria que não pode ser entendida separada do Espírito. O Espírito permanece como a única ligação para conhecer a Deus e aceitar o Evangelho.
§  O Espírito Santo é poder de Deus: concede a vida nova em Cristo (propósito do Evangelho) e, no culto manifesta os carismas para edificar os fiéis (1 Cor 12, 7; 14, 5.19.26)
§  O Espírito como íntima associação com o Senhor Ressuscitado: o Espírito transforma os fiéis para que tenham o caráter de seu Senhor – Jesus Cristo (2 Cor 3, 3.18; Ef 3, 16-17). Estar na comunhão do Espírito é estar na comunhão do Filho de Deus. O Espírito é associado a cruz de Cristo, à humanidade e ao serviço com os outros. A vida de Jesus é modelo para a maneira como o Espírito atua nos fiéis (2 Cor 13, 4).
§  Através do espírito, Jesus se relaciona com sua Igreja: o espírito marca os cristãos como membros do corpo de Cristo (1 Cor 6, 15-20; 12, 12-13). Como Senhor da Igreja, Cristo a conduz por meio do Espírito.
§  A oposição do Espírito à carne é um meio pelo qual o Espírito apresenta a vontade de Deus. O Espírito é poder da nova criação, da nova vida para os que crêem no Cristo: o Espírito habita neles e os fortalece para levarem uma vida agradável a Deus, conduzida pelo Espírito (Rm 8, 1-4.14).
§  O Espírito une todos os fiéis a Cristo: somos um só espírito com Ele (1 Cor 6, 17). É o espírito que fortalece, organiza, orienta a comunidade cristã e estimula a sua missão de anunciar o Evangelho (At 2).
§  O Espírito tem uma natureza ética: o Espírito tem o caráter ético de Deus expresso na santidade. Àqueles em quem o Espírito Santo habita são caracterizados pela pureza ética (o vosso corpo é templo do Espírito Santo). O Espírito como mediador da presença de Cristo para o cristão promove atitudes conforme a pessoa e o ensinamento de Cristo (Cristo é o arquétipo da nova criação).
§  O Espírito é a força unificadora e criativa que dá origem a Igreja: o Espírito confere dons diferentes a pessoas que devem se reunir formando o corpo de Cristo (1 Cor 12, 4-31). O Espírito é fonte de dons que são concedidos pelo Espírito para a edificação dos cristãos (1 Cor 14, 1-5.26).
§  O Espírito dado aos fiéis é considerado um sinal escatológico: a salvação e restauração de seu povo por Deus já começou. O Espírito é primícia e penhor daquilo que os fiéis receberão quando o reino chegar plenamente. O Espírito não é a plenitude do Reino de Deus, mas antecipação da glória futura (Rm 8, 19.23).

DONS, FRUTOS E MINISTÉRIOS

Frutos do Espírito – virtudes que manifestam as realidades da vida em Cristo: amor, alegria, paz, paciência, bondade, benevolência, fé, doçura e domínio de si (Gl 5, 22-23). Paulo exorta os Gálatas a viverem e caminharem guiados pelo Espírito e a não seguirem os desejos carnais e não se deixarem moldar pela Lei, mas pela ação do Espírito. Paulo usa os termos desejos e carne para enfatizar o contraste da vida vivida no Espírito e a vida governada pela carne. Andar sob o impulso do Espírito significa não satisfazer os desejos da carne. Ser guiado pelo Espírito é o contrário de estar sob a Lei. Esse é o modo de vida cristão, dos que são habitados pelo Espírito.
Dons do Espírito – estão associados aos carismas, são variados e concedidos generosamente à comunidade para sua edificação. Carisma é uma palavra tipicamente paulina (além das cartas paulinas, só aparece uma vez em 1 Pd 4, 10). Formou-se do substantivo graça (charis) com referência a uma expressão concreta da graça. Carisma designa uma variedade de maneiras pelas quais a graça de Deus se manifesta entre seu povo. Refere-se a determinadas atividades do Espírito, como dons espirituais. As manifestações do Espírito devem ser entendidas como carismas. Concessões do Espírito na comunidade reunida com o propósito de formar o povo de Deus. Paulo defende haver diversidade de dons para a comunidade ser verdadeiramente do Espírito (1 Cor 12, 4-11):  dons de instrução (sabedoria e conhecimento), dons de poder sobrenatural (fé, cura, milagres), dons de expressão inspirada (profecia, discernimento dos espíritos, línguas e interpretação das línguas). Todo dom deve ser motivado pelo amor (1 Cor 13; 14, 1) e as manifestações do Espírito busquem expressões inteligíveis e a ordem para a comunidade ser edificada.
Ministérios – são dons exercidos por pessoas específicas que atuam dentro da Igreja e cumprem um ministério para a edificação da Igreja (Ef 4, 11; 1 Cor 12, 28). Paulo entendia os ministérios como dados e fortalecidos pelo Espírito.


FIQUEM NA PAZ DE DEUS!
SEMINARISTA SEVERINO DA SILVA.

A IGREJA AO DESAFIO DAS SEITAS

a Igreja ao desafio das seitas



introdução:

            A problemática das seitas ou novos movimentos religiosos preocupa a sociedade, as Igrejas e as Confissões Cristãs. A Igreja Católica não é indiferente a essa preocupação. Sua Santidade João Paulo II fez referência às seitas em suas viagens. O problema das seitas é visto como distante, que só acontece a outros, mas quando bate à nossa porta, a solução já vem tarde. Também existe certa ingenuidade, que impede de descobrir a verdadeira realidade de muitas seitas, especialmente das mais perigosas e destrutivas.
            Apresentaremos algumas “seitas” ou “movimentos religiosos” que surgiram nos últimos tempos e elementos que podem ajudar a responder ao desafio das seitas à nossa Igreja cuja solução é absolutamente necessária.


ORIGEM DO NOME E O SEU SIGNIFICADO

            Seita (latim secta = "seguidor", proveniente de sequi = "seguir") é um conceito utilizado para designar, em princípio, simplesmente qualquer doutrina, ideologia ou sistema que divirja da correspondente doutrina ou sistema dominante, bem como também para designar o próprio conjunto de pessoas (o grupo organizado ou movimento aderente a tal doutrina, ideologia ou sistema), os quais, conquanto divergentes da opinião geral, apresentam significância social.
            Usualmente conecta-se o termo à sua significação específica (stricto sensu) apenas religiosa, com o que por "seita" entende-se, a priori e de ordinário, imediatamente "seita religiosa". Porém, tal nexo causal não é imperativo, pois nem sempre uma seita está no domínio religioso.


algumas seitas ou novos movimentos religiosos


1.     AS TESTEMUNHAS de jeová

           
            Nasceram nos Estados Unidos faz pouco mais de cem de anos. Seu fundador é Carlos Taze Russell, filho de presbiterianos. Negam a Santíssima Trindade e dizem que Cristo, antes de ser homem, era o arcanjo São Miguel. Altera os textos bíblicos ao seu capricho.
            Dizem que Jesus não morreu numa Cruz e que ressuscitou só como criatura espiritual. Para eles todas as religiões, fora da sua, são satânicas e sustentam que Deus castigará todos os que não quiseram entrar em sua seita. Proíbem a transfusão de sangue e consideram que a Igreja Católica está corrompida sendo ela segundo eles a Babilônia moderna.
           

2.     OS MÓRMONS

            Seu fundador é José Smith, nascido em Vermont. Na idade de 15 anos recebeu umas revelações que lhe anunciaram que todas as igrejas cristãs estavam corrompidas e que ele devia organizar a verdadeira Igreja de Cristo. Seu segredo está num livro que, segundo ele, em 1823, o anjo Moroni lhe entregou. Tratar-se-ia de um livro escrito em pranchas de ouro no qual há uma relação com os antigos habitantes do continente americano. Neste livro estaria a plenitude do Evangelho comunicado a ele o próprio Cristo. Em 1830 esta igreja recebeu o nome de “Igreja dos Santos dos Últimos Dias”.
            Para eles, Cristo foi gerado carnalmente de Deus Pai. A Bíblia e o livro de Mórmon são sua única norma de fé, mas só aceitam “sua” Bíblia, porque as demais, segundo eles, estariam mal traduzidas. Além disso, a Bíblia tem que completar-se com o livro de Mórmon. Tem um só sacramento: o batismo por imersão e a santa ceia é realizada com pão e água. Ainda batizam os mortos e em seu trabalho missionário sempre vão de dois em dois.


3.     O EXÉRCITO DA SALVAÇÃO


            Esta seita tem uma série de elementos, que a assemelham a um exército mundano: uniforme militar, graus militares, uma forte disciplina e são realmente um exército de paz em favor dos marginalizados. Mantêm muitas obras sociais. Sua divisa é “sangue e fogo”. Sangue de Cristo e fogo do Espírito. Nasceram em 1865, na Inglaterra e seu fundador é Guilhermo Booth. Tem muitas obras sociais: maternidades, asilos, dispensários, centros de drogados, centros de reabilitação de alcoólatras, etç. Reprova-lhes o não atacar a pobreza pela raiz e de não atacar as causas que as originam.
            Seu objetivo é estender o protestantismo e se inspiram na doutrina protestante: pregam a justificação somente pela fé, a submissão à Palavra do Senhor e sua conversão pessoal se demonstra com o testemunho missionário. Reúnem-se nas ruas com suas bandas “militares” e assim atraem o povo e oferecem serviços religiosos de pregação da Palavra e cantos.  


4.     OS PENTECOSTAIS


            São os que mais crescem nestes últimos anos em toda América Latina. Mais de 63% de todos os protestantes da América Latina são pentecostais. Há muitas razões pelas quais nosso povo se sente à vontade com eles: a alegria, os cantos, a cura e a fraternidade. Caracterizam-se por serem fechados, por seu fanático proselitismo (indivíduo convertido que abraçou outra religião diferente da sua) e seus ataques a Igreja Católica.
            Os movimentos pentecostais hoje são numerosos e compreendem mais de 30 milhões de adeptos na América Latina. No início rejeitaram toda organização, mas logo a necessidade os obrigou a agrupar-se. Daí nasceu a Assembléia de Deus que também está estendida por toda América Latina.
            O nome “Pentecostal” já indica a grande importância que estes grupos dão ao acontecimento sempre atual de Pentecostes, o que se atualiza no Batismo chamado do Espírito Santo. O movimento pentecostal nasce como uma resposta a um desejo de renovação espiritual que estava latente, tanto na mente dos pastores como dos fiéis de algumas igrejas tradicionais. A Igreja tinha que renovar-se de novo com o fogo de Pentecostes. Fiéis e pastores invocam repetidamente o Espírito Santo, pedem a Cristo que envie de novo o Espírito e começam a sentir-se renovados, cheios de entusiasmo, de calor, falam em línguas e efetuam curas.


5.     Igreja Universal do Reino de Deus

            Chama-se a si mesmo a “Igreja Universal do Reino de Deus” ou “Comunidade do Espírito Santo”. A seita foi fundada no dia 27 de Julho de 1977 por Edir Macedo.
            Afirmam que a fé que agrada a Deus é a fé sobrenatural que segundo eles consiste em que Deus pode multiplicar o dinheiro e as coisas materiais. Afirmam também que o demônio é a origem de todos os males e que os pastores possuem o dom de liberar as pessoas de tais males, isto é, do demônio. Usam também apresentação de objetos como “a rosa abençoada” e o “azeite e pão abençoados” com a finalidade de ungir fotografias de familiares doentes.
            Possuem muitos meios de comunicação e no final de um dos programas pediam ao povo para colocarem um copo de água ou roupas perto da televisão para que fossem abençoados, prometendo que assim teriam poderes curativos. Seus líderes se autodenominam “Pastores e Bispos”, eles caracterizam-se por fazerem propagandas enganosas. 



Aqui encontraremos alguns nomes de igrejas e os seus respectivos fundadores


IGREJA
FUNDADOR
LUGAR
ANO
TESTEMUNHA DE JEOVÁ
Carlos Tase Russel
USA
1876
ADVENTISTA
William Miller
USA
1818
ADVENTITA DO 7° DIA
Elena White
USA
1863
ANGLICANOS
Henrique VIII
INGLATERRA
1534
BATISTAS
J. Smith
INGLATERRA
1860
EXÉRCITO DA SALVAÇÃO
William Booth
INGLATERRA
1878
ESPIRITISMO
Família Fox
USA
1848
ROSA CRUZ
Max. H.
ALEMANHA
1880
LUTERANOS
Martinho Lutero
ALEMANHA
1521
METODISTAS
J. Wesley
USA
1791
MÓRMONS
José Smith
USA
1853
MENINOS DE DEUS
David B.
USA
1950
PENTECOSTAIS
Grupo
USA
1905
PRESBITERIANOS
John Knok
INGLATERRA
1560


pensamento do papa em relação as seitas

O Papa João Paulo II, em relação as seitas na América disse: “Os progressos proselitistas das seitas e dos grupos religiosos na América não podem contemplar-se com indiferença. Exigem da Igreja neste continente um profundo estudo que se tem que realizar em cada nação e também a nível internacional e para descobrir os motivos porque não poucos católicos abandonam a Igreja”.



eis alguns dados sobre o progresso das seitas:

-Na América Latina a cada hora, 400 pessoas abandonam a Igreja Católica;
-Na Guatemala 25% da população já é evangélica;
-No Salvador cerca de 30% dos católicos já passaram para as seitas;
-No México em 1970 os evangélicos eram 880.000, hoje são perto de 5.000.000.

Sem dúvida que um dos maiores desafios que a Igreja Católica enfrenta é o avanço das seitas que vão tomando um ritmo de crescimento. No México, entre os Católicos, tem surgido um movimento chamado “Apóstolos da Palavra” que desde o ano 1983, estão trabalhando de forma eficiente e onde eles estão presentes as seitas não avançam e está começando um retorno a Igreja Católica.


O conhecimento da situação:
           
Conhecer os problemas, e as suas realidades; por isso é necessário um melhor conhecimento das seitas, identificá-las e distingui-las dos grupos cristãos e de grupos que têm atitudes sectárias, mas não são seitas. É preciso analisar tanto os aspectos positivos quanto os negativos;


aspectos Negativos

1.     Engano sobre a doutrina do movimento;

2.     Ocultamento dos objetivos e do funcionamento do grupo;

3.     A lavagem cerebral;

4.     Terror físico;

5.     Rompimento dos vínculos familiares.


Estes fatos têm causado comoção na opinião pública de numerosos países. Ultimamente diversas leis e decretos foram emitidos para proteger os indivíduos e para limitar a ação das seitas.  

Principalmente na América Latina faltam ações civis e religiosas que levem a enfrentar esse grave e delicado problema.

As seitas empregam a coação espiritual, que leva a não se respeitar a liberdade religiosa

Como ponto de partida, é positivo familiarizar-se com seu pensamento e com sua doutrina, pois tanto a formação como a informação ajudam os que as estudam.

É esse um dos modos de proteger os que são fracos, desinformados, desprotegidos e serve de ajuda aos que procuram descobrir seus erros.

É conveniente praticar uma prevenção pastoral.

Por isso, se deve direcionar uma maior atenção as pessoas que vivem em lugares periféricos, para as pessoas sem companhia e com problemas.

O proselitismo (indivíduo que abraçou uma religião diferente da sua) das seitas, para conseguir adeptos, orienta-se principalmente para pessoas que passam pó situações difíceis ou cujos interesses particulares, econômicos e políticos estão afetados.


ASPECTOS POSITIVOS

1.     As seitas chegam a ser atraentes porque pretendem formar um mundo novo. Ainda que suas atitudes sejam discutidas, não se pode colocar em dúvida seus aspectos positivos;

2.     Muitas seitas se orientam para os abandonados e tentaram levar-lhes a evangelização ou uma mensagem. Dessa forma, essas pessoas superaram a sensação de estar marginalizadas;

3.     A sociedade atual se caracteriza por insegurança e pela falta de estabilidade em diversos níveis. Algumas seitas se esforçaram para proporcionar uma experiência pessoal que ajude o homem. Elas tentaram desligar-se do racional, do teórico e chegar ao vivencial;

4.     Quanto a proteção, as seitas têm usado muito a evangelização ou o contato pessoal. Este método talvez tenha sido esquecido um pouco pela Igreja católica;

5.     Hoje é freqüente a experiência do isolamento e da solidão nos indivíduos que integram a sociedade. As seitas oferecem fraternidade para unir seus membros e para fazer que se sintam acompanhados, queridos e estimados, isto é, em família;

6.     As seitas souberam chegar aos povos receptivos, entre os quais encontram imigrantes recém-chegados, que cortaram suas raízes rurais e precisam de companheirismo e apoio social;

7.     Talvez seja também mérito das seitas procurarem ressuscitar uma espécie uma espécie de “Igreja domestica”;

8.     As seitas souberam valorizar os leigos, aos quais confiam diversas responsabilidades;

9.     Para concluir, as seitas conseguem grandes efeitos devido à fé e ao entusiasmo de seus membros.


A importância da classificação das seitas

Até em documentação oficial da Igreja, encontramos erros tanto na identificação como na classificação das seitas, isso produz confusão entre os não-especializados e repercute claramente no campo pastoral.


Seitas orientais

Nestes grupos predominam as idéias e doutrinas das grandes religiões não cristãs. Nestas seitas se destaca também o panteísmo, ao não diferenciar Deus do mundo, ou ao se identificar o homem com uma energia cósmica.

As principais são:
Sociedade Internacional para a consciência de Krishna – Missão da Luz Divina – Rajneeshismo – Ananda Marga – Sai Baba – Novos movimentos religiosos ou Seitas de origem japonesa.

Seitas Pseudocristãs

Pseudocristão = Cristão que não cumpre as suas obrigações religiosas. Indivíduo cuja lei religiosa não é rigorosamente a cristã. Esses grupos são denominados também de semicristãos ou paracristãos. É absolutamente necessário diferenciá-los das demais Igrejas e Confissões cristãs.
Essas seitas costumam autodesignar-se como Igrejas ou Comunidades Cristãs, tecnicamente elas não são, já que não possuem os requisitos mínimos para serem consideradas Igrejas ou Confissões Cristãs; com isso rompem com os aspectos essenciais do Cristianismo, e por isso, podemos considerá-las somente como pseudocristãs.


O que é o Cristianismo?

O Cristianismo se originou como um movimento messiânico no seio do Judaísmo e no mundo Greco-romano. Esse movimento foi inspirado por Jesus de Nazaré e centrado em sua pessoa. O Cristianismo reconhece e proclama que Jesus de Nazaré é o Cristo. Jesus é o Messias anunciado no Antigo Testamento pelos profetas; é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade que veio ao mundo para redimir o gênero humano e se fez homem no seio da Virgem Maria pela ação do Espírito Santo.

Uma das peculiaridades que caracterizam a identidade cristã desde o começo do Cristianismo é, sem dúvida, a consciência do dever missionário de converter para a fé cristã quem ainda não crê em Jesus “o Cristo”. Essa consciência tem sua base na absoluta convicção de que somente por ele é possível salvar-se, vejamos em Atos 4, 11-12: “Jesus é a pedra desprezada por vós, construtores, mas que se tornou a pedra angular. Pois não há debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos”.

A exigência de pregar o Evangelho a todos os povos como verdade definitiva e insuperável está nas palavras que nos transmite São João: “Eu sou o Caminho a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai se não por Mim” (Jo 14, 6).

Levando-se em conta esses aspectos, podemos compreender que a fé cristã do Novo Testamento é a boa notícia para Israel e para as nações (Lc 2, 29-32), de tal forma que em Jesus se cumpre a promessa sobre o Servo de Iahweh, que era destinado a ser Aliança para Israel e luz para as nações (Is 42, 6). Jesus é, então, mais que o Messias de Israel, Ele é o verdadeiro profeta e mediador da salvação, já que é o “Novo Adão”, de qual fala São Paulo (1 Cor 15, 45). Por isso a Igreja deve proclamar essa mensagem reconciliadora, a saber, que em Jesus “o Cristo” se inicia a nova criação e que o mundo encontra nele sua unidade, sua salvação e sua plenitude.

No que diz respeito à doutrina básica do Cristianismo, podemos afirmar que ela está resumida nos três credos trazidos da tradição dos Apóstolos, do primeiro Concílio de Nicéia (325) e de Santo Atanásio. A doutrina que aparece nesses credos é a seguinte:

1.     Crer que Deus é Uno e Trino, ou seja, Pai, Filho e Espírito Santo;

2.     Aceitar Jesus com a segunda pessoa da Trindade e como Deus e homem verdadeiro, que morreu e ressuscitou para nossa salvação, tal como está escrito na Bíblia;

3.     Confessar que Jesus é o mediador entre Deus e os homens e Senhor glorificado;

4.     Confessar que o Espírito Santo é consubstancial ao Pai e ao Filho e que está presente por sua ação na comunidade cristã;

5.     Aceitar que a Bíblia, tanto o Antigo como o Novo Testamento, é a revelação de Deus ao seu Povo. Não existe outro livro que seja igual ou superior à Bíblia;

6.     Aceitar e praticar o Batismo como o sacramento de iniciação cristã e como meio de incorporação à Igreja de Cristo;

7.     Comemorar a última ceia;

8.     Crer e proclamar a fé na ressurreição dos mortos;

9.     Não deve faltar um testemunho de vida segundo o evangelho de Jesus Cristo.


Cremos que esses nove requisitos são aceitos pelos cristãos de diferentes Igrejas. De fato, o Conselho Mundial de Igrejas tem exigências muito semelhantes para que uma Igreja possa ser considerada cristã.
Lamentavelmente os cristãos não estão unidos, o que constitui um escândalo e um sério obstáculo para que a humanidade creia e viva de acordo com os grandes valores do Reino que Jesus pregou. Entretanto, nessas últimas décadas, os cristãos compreenderam melhor a dor da separação e se empenharam em um grande esforço ecumênico.

O Concílio do Vaticano II nos dá a seguinte definição de movimento ecumênico: Por “Movimento Ecumênico” se entendem as atividades e iniciativas que, segundo as várias necessidades da Igreja e as características da época provocam e favorecem a unidade dos cristãos.

Os cristãos devem esforça-se para eliminar palavras, juízos e ações que não correspondem à condição dos irmãos separados. É necessário promover reuniões com os cristãos de diversas Igrejas, para fazer ações de bem comum e orações em comum. É importante também estabelecer diálogo com os teólogos das diferentes Igrejas para conhecer as respectivas doutrinas e poder conseguir acordos sobre temas que necessitam de solução urgente, como os matrimônios mistos, a validade do batismo etç.
Em nosso continente, Lamentavelmente, o ecumenismo está muito pouco desenvolvido e ainda não existe a consciência de sua absoluta necessidade no povo fiel.

Por outro lado, o termo Igreja procede do grego ekklesia (“Assembléia”). No Novo Testamento o termo Ekklesia designa:

A assembléia Cristã reunida para um serviço litúrgico. Especificamente para ouvir a Palavra de Deus e celebrar a Eucaristia. Seguindo este sentido, São Paulo diz que os cristãos reunidos em uma casa para um ato litúrgico constituem uma Ekklesia.

O termo Ekklesia, é usado também para os cristãos residentes numa ou noutra cidade.

Outro sentido do termo em questão é seu uso no sentido de universalidade, abrangendo todos os fiéis dessa nova comunidade messiânica de salvação que é o novo Povo de Deus disperso pelo mundo.

São Paulo ensina que a Igreja, sociedade dos fiéis cristãos, é o Corpo de Cristo é a Cabeça desse Corpo.

Com a imagem de cabeça e corpo, Paulo nos apresenta a íntima vinculação espiritual que existe entre a Igreja e Cristo, seu fundador. Essa vinculação se dá pela fé, pela caridade e pela graça.

A Igreja é a convocação dos homens feita por Deus em Cristo. Há somente uma convocação, portanto, deveria existir uma única Igreja universal. O problema é que, como dissemos atrás, pelas divisões históricas existem várias Igrejas. Por esta razão, o termo “Igreja” se aplica também a diferentes Igrejas. Levando isso em consideração, podemos dizer que a Igreja é o conjunto de todos os cristãos e também uma parte como Igreja Anglicana, Luterana, Católica etç.

Para o “Conselho Mundial de Igrejas”, o termo Igreja tem um significado especial:

O termo Igreja designa as denominações formadas por Igrejas autônomas agrupadas em um território determinado.
Além do mais, o Conselho Mundial das Igrejas aplica os seguintes critérios para que uma Igreja possa ser admitida:


Autonomia

Uma Igreja, para ser admitida, deve provar sua autonomia. Considera-se autônoma a Igreja que, reconhecendo-se totalmente solidária com as outras Igrejas, especialmente com as de sua própria confissão, não depende de nenhuma outra Igreja em sua existência própria, isto é, em matéria de formação, consagração e conservação de seus ministros, recrutamento, trabalho dos leigos, pregação, relações intereclesiais e utilização de recursos, qualquer que seja sua procedência.  

Estabilidade

Uma Igreja não pode ser admitida se não assegurar uma estabilidade suficiente perante as Igrejas irmãs e se não tiver um programa de edificação e evangelização.

Importância numérica

Levar-se-á em conta também a importância numérica da Igreja que pretender entrar no CMI.


Referências:

Pe. Miguel Jordá Sureda, Ir. Pilar Jordá Sureda, Pe. Pedro Jordá Sureda – Saiba defender sua fé Católica – por três irmãos missionários – Londrina – Paraná – Grafmark, 2003.

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