PALESTRA PARA JOVENS DO EJC
Tema: RECONCILIAÇÃO
Texto inspirador: Lc 15,11-32
I. Introdução
1.Que importância tem esse tema para vossas vidas?
2.Por que ele despertou a vossa atenção?
3.Quais as conseqüências do seu aprofundamento?
Ä É preciso que nós descubramos o
porquê dessa reflexão sobre o tema da reconciliação.
Ä A reconciliação é uma realidade
presente na minha história, na minha vida de fé e na minha caminhada de EJC?
II.A reconciliação a partir de
três dimensões: consigo mesmo, com o outro e com Deus
1.Reconciliação consigo mesmo
*A nossa história pessoal é marcada por acontecimentos positivos e
negativos. Nós cometemos certas atitudes que deixam marcas profundas na nossa
vida, seja positivamente, seja negativamente.
*Na Bíblia, temos exemplos de pessoas que conseguiram se perdoar,
mas também de pessoas que não conseguiram. => Zaqueu (Lc 19,1-10); Judas
Iscariotes (At 1,15-20).
2.Reconciliação com o outro
*O grande desafio que nos espera no terceiro milênio: é fazer da
Igreja a casa e a escola da comunhão (NMI 48).
*O amor aos irmãos, é manifestação de amor a Deus.
Ä 1 Jo 4,20-21: “Se alguém diz: eu amo a Deus, e no entanto
odeia o seu irmão, esse tal é mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem
vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê. E este é justamente o mandamento que
dele recebemos: quem ama a Deus, ame também o seu irmão”.
*No Pai nosso, que tanto rezamos, o perdão ao irmão, aparece como
medida do perdão de Deus para conosco.
Ä “Perdoai-nos a nossas ofensas,
assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.
*Condições necessárias para a prática da reconciliação com o
próximo:
1) capacidade de
sentir o irmão, como um que faz parte de mim, para oferecer-lhe uma profunda e
verdadeira amizade;
2) capacidade de
ver, antes de mais nada, o que há de positivo no outro, para acolhê-lo e
valorizá-lo como dom de Deus;
3) saber criar
espaço para o irmão, levando os fardos uns dos outros => Gl 6,2: “Carreguem os fardos uns dos outros, e assim
cumprirão a vontade de Deus”;
4) rejeitar
tentações egoístas que geram competição, suspeitas, ciúmes, que são os
verdadeiros empecilhos da fraternidade e da comunhão.
3.Reconciliação com Deus
*Nossa condição natural: está entre o bem e o mal
Ä Nietzsche procurou colocar o
homem num lugar de “para além do bem e do mal”, mas somente Deus está “além”,
ou melhor, acima do bem e do mal, o homem se encontra incessantemente entre os
dois.
Ä Encontrando-se entre o bem e o
mal, o homem procura abrir uma passagem, essa passagem é a conversão, o
arrependimento, a tomada de consciência do afastamento de Deus (lembrar o evangelho).
Ä Só existem três possibilidades
para o homem: fazer parte do Reino ou do anti-Reino ou voltar atrás.
Ä Deus dá ao homem liberdade para
escolher o bem ou o mal, a graça de cair em si, reconhecer o seu “erro” e
recomeçar novamente a vida.
Ä A vontade de Deus, é que
estejamos junto a Cristo, por isso Ele o enviou para entre o bem e o mal, para
estar ao lado do homem.
Ä Cristo veio para nos absolver,
isto é, tira da realidade do mal, do pecado.
*O sacramento da Reconciliação
Ä Jo 20,21-23 => “Assim como o Pai me enviou, eu também envio
vocês. Recebam o Espírito Santo. Os pecados daqueles que vocês perdoarem, serão
perdoados. Os pecados daqueles que vocês não perdoarem, não serão perdoados”.
Ä A essência desse sacramento é a
contrição, o arrependimento do pecado.
Ä A medida do pecado é sempre
individual. Somente Deus possui a dimensão do pecado de cada um de nós.
Ä Por isso, a consciência do pecado
é condição indispensável para poder obter o valor objetivo do perdão.
Ä Hoje, contatamos uma perda do
sentido do pecado, onde tudo é justificado no termo humanidade (falar dos extremos).
*As condições para uma verdadeira
reconciliação com Deus (todas estão presentes na parábola):
Ä O exame de consciência
Ä O ato de arrependimento (contrição)
Ä O propósito
Ä A confissão dos pecados
Ä A satisfação (gesto concreto,
disposição de retomar a caminhada)
III. Mensagem final
*Lc 5,4: “Duc in altum”
= avancem na prática da reconciliação consigo mesmo, com o próximo e com Deus,
para assim, colherem os frutos merecidos da vivência do amor.