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A CRUZ DA JUVENTUDE




A CRUZ DA JUVENTUDE
            
O Papa Francisco virá ao Brasil em 2013 para celebrar a Jornada Mundial da Juventude, evento iniciado por João Paulo II. A Jornada tornou-se uma tradição que agrega milhares de jovens de vários países. A finalidade do evento é a evangelização da juventude, um dos maiores desafios para Igreja. Evidentemente não é suficiente um evento de massa para formar a juventude. Pressupõe-se uma organização e acompanhamento sistemático para formar jovens cristãos e honestos cidadãos. A “cruz da juventude” é um símbolo eloquente que está percorrendo várias cidades do país, priorizando as sedes das dioceses. João Pessoa recebeu a peregrinação dessa cruz com uma programação animadora para os jovens. Ressalta-se entre outras atividades, a vigília de oração e formação temática sobre o significado da cruz e da ressurreição de Jesus e a sua incidência na vida e no comportamento cristão.
            
A cruz significa êxito final da vida e da missão terrena de Jesus Cristo, assumida como gesto máximo de fidelidade ao Pai, cumprindo a ordem da qual Ele foi incumbido: salvar a humanidade do mal, do pecado e da morte; reconciliar pelo seu sangue derramado na cruz, todos os filhos de Deus que estavam divididos entre si e dispersos pela separação, pelo ódio. Quem não ama permanece na morte. Jesus doa a sua vida por todos. Morre por todos, reconcilia todos. Reúne na unidade quem dela se separa. A cruz significa a entrega incondicional de Jesus ao Pai para que ninguém pereça. Jesus oferece a sua vida na cruz, rogando ao Pai que perdoe a humanidade de seus pecados. O Pai “abandona” (permite a maldade contra Jesus Cristo) e o Filho se abandona ao Pai.
            
A cruz significa a rejeição da humanidade a Jesus, à sua mensagem e obra salvífica. A cruz representa o desprezo dos homens àquele que, entanto, traz amor e salvação. Ele veio para os seus, mas, os seus não o receberam. A ressurreição de Jesus foi resposta definitiva do Pai ao seu Filho. A morte foi vencida pela vida. O mal é vencido pelo amor. A cruz é sinal de vitória, não de derrota. Para os cristãos a significa vida. Para os cristãos a morte não é o fim, nem se limita ao falecimento corpóreo. Nosso Senhor nos merece vida plena. Na cruz Jesus doa vida.
            
Na cruz Jesus desmascara o pecado do egoísmo. Não raro fugimos da cruz do compromisso e responsabilidade. Impomos cruzes nas costas dos outros. Fazemos outros sofrerem com a amargura da autossuficiência, o contratestemunho do ódio, o engano da vingança que reproduz violência. Preferimos as trevas à luz, a inveja, os ciúmes, o desprezo e desqualificação daqueles que não amamos. Até os discípulos que seguiram a Jesus se decepcionaram com a sua morte de cruz. Eles esperavam que Jesus fosse o libertador de Israel (Lc 24, 21. At 1, 6).
            
Somente após a ressurreição compreenderam o significado da cruz e da missão que Jesus lhes outorgou. A missão não consistiria numa ideologia partidária, coma intenção de tomar o poder político. Jesus não abandonou o sofrimento que, por si mesmo, não salva ninguém. Jesus assumiu a cruz para expressar seu amor incondicional, solidário com a humanidade. Não há outro modo de compreender a cruz senão pelo amor que se torna serviço solidário aos semelhantes.


Dom Aldo Pagotto
Arcebispo da Paraíba

PE. FÁBIO - AMOR NÃO É PRISÃO

A INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA NA VIDA DA IGREJA


A INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA NA IGREJA

(ABORDAGEM DA LIBERTAÇÃO)

INTRODUÇÃO
            
O Documento da Pontifícia Comissão Bíblica, denominado “A Interpretação da Bíblia na Igreja” foi concluído e apresentado em 1993. Sua aprovação e publicação dá-se por ocasião do xentenário da Encíclica “Providentíssimus Deus”, do Papa Leão XIII e do Cinqüentenário da “Divino Afflante Spiritus”, do Papa Pio XII.
            
Esse Documento vem de encontro de uma preocupação do Papa João Paulo II e de toda a Igreja, cujo nome do mesmo do Documento já revela. Para João Paulo II: “O modo de interpretar os textos bíblicos para os homens e as mulheres de hoje tem conseqüências diretas sobre a relação pessoal e comunitária dos mesmos com Deus, e está também estreitamente ligado à missão da Igreja. Trata-se de um problema vital, que merece toda a vossa atenção”. O estudo da Sagrada Escritura sempre foi tido em conta de principal e fulcral importância para a teologia e é como que a sua alma, conforme o Vaticano II, referindo-se a uma afirmação de Leão XIII.
            
É possível afirmar que o método histórico-crítico abriu novas compreensões e perspectivas acerca da Escritura e de sua interpretação. A Igreja o recomenda, mas não descuida de alertar para possíveis riscos reducionistas que subtrairiam a realidade divina de sua compilação e finalidade. Há vários métodos e abordagens, mas tomaremos e exporemos sinteticamente, dentro das “Abordagens Contextuais”, a partir do que coloca o Documento da Pontifícia Comissão Bíblica, a Abordagem da Libertação.

ABORDAGENS CONTEXTUAIS
ABORDAGEM DA LIBERTAÇÃO
            
Para tratar da Abordagem da Libertação é preciso entender ao menos um pouco o que seja a Teologia da Libertação. Não é, pode-se afirmá-lo, um fenômeno simples. Remonta à década de 70 seu início e parte da realidade Latino-Americana em seu contexto sócio-político-econômico. Dois acontecimentos a incentivam e movem: o Concílio Vaticano II e a Conferência Episcopal Latino-Americana realizada em Meellín, em 1968.
            
A hermenêutica para a leitura da Bíblia e o aprofundamento teológico parte da realidade dos pobres e de suas necessidades, sendo que a Bíblia alimenta sua fé e coragem para a luta pela libertação das estruturas que os oprimem (o capitalismo, latifundiários etc). De acordo com a necessidade do povo, faz-se uma leitura atualizada na qual a Palavra impulsionará para a práxis (transformação da sociedade, onde todos tenham direitos iguais, ao menos, às necessidades básicas).

            Há alguns princípios, estes são:
·        Deus presente na história do seu povo. Ele não tolera injustiça e opressão
·        A exegese deve tomar partido pelos pobres e engajar-se na luta pela libertação dos oprimidos.
·        A comunidade dos pobres é a melhor destinatária para receber a Bíblia como palavra de libertação.
·        Tendo sido os escritos bíblicos feitos para as comunidades, são as comunidades que em primeiro lugar a leitura da Palavra é confiada.
·        A Palavra de Deus é plenamente atual, pois os “acontecimentos fundadores” (Êxodo do Egito, Paixão e Ressurreição de Jesus) tornam possíveis novas realizações.

Há, sem dúvida, elementos preciosos e que nunca foram alheios, menos ainda estranhos à consciência e vivência da Igreja, mas que aparecem agora novamente, em um novo contexto: a presença de Deus que salva, a dimensão comunitária da fé, uma práxis libertadora enraizada na justiça e no amor, a Palavra de Deus como alimento do povo em meio às suas lutas e esperanças.
Do outro lado, não se pode ocultar os graves perigos dessa leitura da Sagrada Escritura. De fato, esse movimento de libertação encontra-se e  tende à evolução, logo as observações e leituras são provisórias. É certo que a exegese não pode ser neutra, mas ela deve também evitar ser unilateral, considerando-se que o engajamento sócio-político não é tarefa direta do exegeta.
Com o intuito de engranzar a mensagem bíblica no contexto sócio-político, alguns instrumentos de análise da realidade social foram tomados como tomados e aplicados. Doutrinas materialistas foram utilizadas para a interpretação da Bíblia, e isso provocou muitas questões, dentre elas o a leitura da Bíblia a partir do princípio marxista da luta de classes.
Devido a tantos e graves problemas sociais não poucas vezes acentuou-se uma libertação histórico-política em detrimento da esperança e dimensão escatológica transcendente da Escritura.
A dinamicidade da história e, portanto, as mudanças sociais e políticas levam a novos questionamentos e direções. Tratando-se de um desenvolvimento e fecundidade na Igreja, será necessário e imprescindível o esclarecimento dos pressupostos hermenêuticos dessa abordagem, de seus métodos e coerência com a fé e a Tradição do conjunto da Igreja.

CONCLUSÃO
            
Ao interpretar a Bíblia, muitas vezes a mentalidade dos leitores que a fazem é algo que influencia na percepção e compreensão dessa mesma Palavra. Há o risco, então, de supervalorizar um aspecto com o dano de não levar em consideração os demais.
            
Na abordagem da Libertação é possível encontrar elementos de reflexão propõe elementos de valor indubitável: a relação necessária entre a fé e a vida, o despertar das consciências em favor da dignidade humana, entre outros. De igual modo é possível encontrar elementos de risco: o esquecimento do Transcendente que inspirou a Palavra para a maior libertação, que é a do pecado; as circunstâncias histórico-sócio-políticas que levam à leitura da libertação passam e, caem logo, tal estrutura hermenêutica.
            
Por fim, é preciso estudar e perscrutar as Escrituras com os vários métodos existentes, dentre eles o histórico-crítico – indispensável, uma vez que a Sagrada Escritura é “Palavra de Deus em palavra humana”. É preciso conseguir o conteúdo unitário e unificador da Palavra, sem distorções ou manipulações. Ao contrário, aplicá-la (e isto é diferente de manipular por interesses pessoais ou coletivos) de acordo com a vontade de Deus e à realidade da Igreja e dos povos.

FIQUEM NA PAZ DE DEUS! 

HABEMUS PAPAM - PAPA FRANCISCO

DEUS EM SANTO AGOSTINHO


Deus em Santo Agostinho


A NOÇÃO DE “PESSOA” EM AGOSTINHO

Stº Agostinho utilizou a expressão “pessoa”, embora considerasse o termo inadequado, para referir-se às três pessoas da Santíssima Trindade. Todavia, o termo “três pessoas” é relativo em relação enquanto Pai, Filho e Dom = Espírito Santo, mas não são três deuses, nem três sábios, nem três luzes. Enfatizou que o plural em Deus vinha das relações, porém não definiu diretamente a pessoa, embora, para ele, o conceito de pessoa seja um absoluto.

A ALMA HUMANA EM SANTO AGOSTINHO

A alma humana esclarece Stº Agostinho, foi criada à imagem e semelhança de Deus, ou seja, da Trindade, mas o homem só chegará a ser à imagem de Deus enquanto a alma não só se conheça e ame a si mesma, senão a Deus, pois só se conhecendo a mente humana pode-se amar a si mesma. Ao associar a mente humana com o mistério da Trindade, Stº Agostinho quis penetrar na imagem divina que Deus imprimiu na alma humana, posto nela encontram-se as tríades memória/entendimento/vontade/ou mente/conhecimento/amor.

ALMA HUMANA = MEMÓRIA - VONTADE - CONHECIMENTO

Nesse contexto, desenvolveu-se a teologia da “processão” pela via intelectual, inerente à geração do Verbo. Essa processão, argumenta Stº Tomás, é segundo a semelhança, podendo ser chamada geração enquanto o generante gera a seu semelhante, no caso o Pai gera o Filho. Ao contrário da processão pela via da vontade, quando nesta há, antes, um impulso e um movimento para agir, caso da processão do Espírito Santo, o qual não é gerado, o que para Stº Agostinho este seria o amor unido à vontade. No entanto, Stº Tomás justifica que embora a processão do Espírito Santo esteja unida à do Verbo (Filho), são diferentes.


AS RELAÇÕES EM DEUS SEGUNDO AGOSTINHO

Para Stº Agostinho Deus é perfeito, não pode haver acidentes nele e tudo que se afirma dele tem de ser segundo a substância. Em que pesem tais argumentos, se do Pai e do Filho predicam-se coisas distintas, o Filho não pode ser o Pai posto que têm a mesma substância. No entanto, o bispo de Hipona justifica que nem tudo que se predica nele é segundo a substância, há, também, coisas que se predicam em relação com outro, isto é, Pai e Filho têm a mesma substância e não há neles mudança nem mutação. Contudo, há diferença de relação entre os dois, pois um é o Pai e o outro, o Filho, só existe o Pai por causa do Filho e vice-versa.

Em relação ao Espírito Santo, a exemplo de Hilário de Poitiers, Stº Agostinho o nomeia de “dom” dado pelo Pai ao Filho que, juntos, constituem o princípio da Terceira Pessoa da Trindade. É da geração do Filho e da processão do Espírito Santo que se origina as relações; da relação entre o Pai e o Filho constitui-se a processão do Espírito Santo, por que este é dom, procede de quem o dá. É dom e doável desde sempre, portanto, existia desde o princípio com o Pai e com o Filho e as relações intratrinitárias entre as pessoas são eternas e imutáveis, ou seja, não existe plural, os três são Deus, mas um só Deus, e não três deuses!

CONCLUSÃO

Assim, conclui-se que há distinção entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo em virtude das relações recíprocas, mas subsistem na unidade e no amor, pois cada pessoa é Deus inteiramente.

RESPOSTA DE PE. PAULO RICARDO A UM ACUSADOR

VÍDEO IMPERDÍVEL VALE A PENA ASSISTIR!

PALESTRA PARA JOVENS


 PALESTRA PARA JOVENS DO EJC

Tema: RECONCILIAÇÃO
Texto inspirador: Lc 15,11-32


I. Introdução
1.Que importância tem esse tema para vossas vidas?
2.Por que ele despertou a vossa atenção?
3.Quais as conseqüências do seu aprofundamento?
Ä É preciso que nós descubramos o porquê dessa reflexão sobre o tema da reconciliação.
Ä A reconciliação é uma realidade presente na minha história, na minha vida de fé e na minha caminhada de EJC?


II.A reconciliação a partir de três dimensões: consigo mesmo, com o outro e com Deus
1.Reconciliação consigo mesmo
*A nossa história pessoal é marcada por acontecimentos positivos e negativos. Nós cometemos certas atitudes que deixam marcas profundas na nossa vida, seja positivamente, seja negativamente.
*Na Bíblia, temos exemplos de pessoas que conseguiram se perdoar, mas também de pessoas que não conseguiram. => Zaqueu (Lc 19,1-10); Judas Iscariotes (At 1,15-20).


2.Reconciliação com o outro
*O grande desafio que nos espera no terceiro milênio: é fazer da Igreja a casa e a escola da comunhão (NMI 48).
*O amor aos irmãos, é manifestação de amor a Deus.
Ä 1 Jo 4,20-21: “Se alguém diz: eu amo a Deus, e no entanto odeia o seu irmão, esse tal é mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê. E este é justamente o mandamento que dele recebemos: quem ama a Deus, ame também o seu irmão”.
*No Pai nosso, que tanto rezamos, o perdão ao irmão, aparece como medida do perdão de Deus para conosco.
Ä “Perdoai-nos a nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.
*Condições necessárias para a prática da reconciliação com o próximo:
            1) capacidade de sentir o irmão, como um que faz parte de mim, para oferecer-lhe uma profunda e verdadeira amizade;
            2) capacidade de ver, antes de mais nada, o que há de positivo no outro, para acolhê-lo e valorizá-lo como dom de Deus;
            3) saber criar espaço para o irmão, levando os fardos uns dos outros => Gl 6,2: “Carreguem os fardos uns dos outros, e assim cumprirão a vontade de Deus”;
            4) rejeitar tentações egoístas que geram competição, suspeitas, ciúmes, que são os verdadeiros empecilhos da fraternidade e da comunhão.

3.Reconciliação com Deus
*Nossa condição natural: está entre o bem e o mal
Ä Nietzsche procurou colocar o homem num lugar de “para além do bem e do mal”, mas somente Deus está “além”, ou melhor, acima do bem e do mal, o homem se encontra incessantemente entre os dois.
Ä Encontrando-se entre o bem e o mal, o homem procura abrir uma passagem, essa passagem é a conversão, o arrependimento, a tomada de consciência do afastamento de Deus (lembrar o evangelho).
Ä Só existem três possibilidades para o homem: fazer parte do Reino ou do anti-Reino ou voltar atrás.
Ä Deus dá ao homem liberdade para escolher o bem ou o mal, a graça de cair em si, reconhecer o seu “erro” e recomeçar novamente a vida.
Ä A vontade de Deus, é que estejamos junto a Cristo, por isso Ele o enviou para entre o bem e o mal, para estar ao lado do homem.
Ä Cristo veio para nos absolver, isto é, tira da realidade do mal, do pecado.

*O sacramento da Reconciliação
Ä Jo 20,21-23 => “Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês. Recebam o Espírito Santo. Os pecados daqueles que vocês perdoarem, serão perdoados. Os pecados daqueles que vocês não perdoarem, não serão perdoados”.
Ä A essência desse sacramento é a contrição, o arrependimento do pecado.
Ä A medida do pecado é sempre individual. Somente Deus possui a dimensão do pecado de cada um de nós.
Ä Por isso, a consciência do pecado é condição indispensável para poder obter o valor objetivo do perdão.
Ä Hoje, contatamos uma perda do sentido do pecado, onde tudo é justificado no termo humanidade (falar dos extremos).

*As condições para uma verdadeira reconciliação com Deus (todas estão presentes na parábola):
Ä O exame de consciência
Ä O ato de arrependimento (contrição)
Ä O propósito
Ä A confissão dos pecados
Ä A satisfação (gesto concreto, disposição de retomar a caminhada)


III. Mensagem final
*Lc 5,4: “Duc in altum” = avancem na prática da reconciliação consigo mesmo, com o próximo e com Deus, para assim, colherem os frutos merecidos da vivência do amor.

A SANTA EUCARISTIA


A INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA

Tendo amado os seus, o Senhor amou-os até ao fim. Sabendo que era chegada a hora de partir deste mundo para regressar ao Pai, no decorrer duma refeição, lavou-lhes os pés e deu-lhes o mandamento do amor. Para lhes deixar uma garantia deste amor, para jamais se afastar dos seus e para os tornar participantes da sua Páscoa, instituiu a Eucaristia como memorial da sua morte e da sua ressurreição, e ordenou aos seus Apóstolos que a celebrassem até ao seu regresso, «constituindo-os, então, sacerdotes do Novo Testamento».

Os três evangelhos sinópticos e São Paulo transmitiram-nos a narração da instituição da Eucaristia. Por seu lado, São João refere as palavras de Jesus na sinagoga de Cafarnaum, palavras que preparam a instituição da Eucaristia: Cristo designa-se a si próprio como o pão da vida, descido do céu.

Jesus escolheu a altura da Páscoa para cumprir o que tinha anunciado em Cafarnaum: dar aos seus discípulos o seu corpo e o seu sangue:

«Veio o dia dos Ázimos, em que devia imolar-se a Páscoa. [Jesus] enviou então a Pedro e a João, dizendo: "Ide preparar-nos a Páscoa, para que a possamos comer" [...]. Partiram pois, [...] e prepararam a Páscoa. Ao chegar a hora, Jesus tomou lugar à mesa, e os Apóstolos com Ele. Disse-lhes então: "Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de padecer. Pois vos digo que não voltarei a comê-la, até que ela se realize plenamente no Reino de Deus". [...] Depois, tomou o pão e, dando graças, partiu-o, deu-lho e disse-lhes: "Isto é o Meu corpo, que vai ser entregue por vós. Fazei isto em memória de Mim". No fim da ceia, fez o mesmo com o cálice e disse: "Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue, que vai ser derramado por vós"» (Lc 22, 7-20).

Celebrando a última ceia com os seus Apóstolos, no decorrer do banquete pascal, Jesus deu o seu sentido definitivo à Páscoa judaica. Com efeito, a passagem de Jesus para o seu Pai, pela sua morte e ressurreição – a Páscoa nova – é antecipada na ceia e celebrada na Eucaristia, que dá cumprimento a Páscoa judaica e antecipa a Páscoa final da Igreja na glória do Reino.

«FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM»

Ao ordenar que repetissem os seus gestos e palavras, «até que Ele venha» (1 Cor 11, 26), Jesus não pede somente que se lembrem d'Ele e do que Ele fez. Tem em vista a celebração litúrgica, pelos apóstolos e seus sucessores, do memorial de Cristo, da sua vida, morte, ressurreição e da sua intercessão junto do Pai.

Desde o princípio, a Igreja foi fiel à ordem do Senhor. Da Igreja de Jerusalém está escrito: «Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fracção do pão e às orações. [...] Todos os dias frequentavam o templo, como se tivessem uma só alma, e partiam o pão em suas casas; tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração» (Act 2, 42.46).

Era sobretudo «no primeiro dia da semana», isto é, no dia de domingo, dia da ressurreição de Jesus, que os cristãos se reuniam «para partir o pão» (Act 20, 7). Desde esses tempos até aos nossos dias, a celebração da Eucaristia perpetuou-se, de maneira que hoje a encontramos em toda a parte na Igreja com a mesma estrutura fundamental. Ela continua a ser o centro da vida da Igreja.
Assim, de celebração em celebração, anunciando o mistério pascal de Jesus «até que Ele venha» (1Cor 11, 26), o Povo de Deus em peregrinação «avança pela porta estreita da cruz» (174) para o banquete celeste, em que todos os eleitos se sentarão à mesa do Reino.

Fonte: CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

VEJAM O QUE UM PADRE FEZ EM PRAÇA PÚBLICA

LITURGIA DAS HORAS


LITURGIA DAS HORAS

Ø    Fundamentação Litúrgica = A liturgia das horas recebeu vários nomes na história. O mais difundido foi o Breviário. Mas depois do Vaticano II, recuperaram seu significado as expressões Ofício divino e Liturgia das horas. “Ofício” quer dizer serviço cultual e ação litúrgica, e “divino” indica em honra de quem se realiza a celebração: o próprio Deus. Por antiga tradição cristã, o Ofício divino está constituído de tal modo que todo o curso do dia e da noite seja consagrado ao louvor de Deus (SC 84). A Igreja, rezando o Ofício divino, louva sem cessar o Senhor e intercede pela salvação de todo o mundo (SC 83). Nesse sentido, o Ofício divino é verdadeira liturgia, exercício do sacerdócio de Jesus Cristo para a santificação dos homens e para o culto a Deus (cf. SC 7).

Ø    Fundamentação Teológica e Espiritual = Um dos aspectos mais positivos da reforma pós-conciliar da Liturgia das horas foi a profunda base teológica que se propôs como fundamento da espiritualidade do Ofício divino. Ora, se toda a liturgia é obra de Cristo que associa a Igreja no culto ao Pai (cf. SC 7), a Liturgia das Horas manifesta ainda mais essa vinculação. À imitação do seu Senhor e seguindo sua ordem, a Igreja louva, dá graças e invoca o Pai no Ofício divino. É a norma dada por Jesus: “Quando orardes, dizei: Pai nosso” (Lc 11, 2). A oração das horas, por ser oração eclesial, conta com a presença prometida do Senhor (cf. SC 7) e se realiza “na comunhão do Espírito Santo”. 

A Liturgia das horas é prece “da Igreja”, que se realiza “com a Igreja” e “em nome da Igreja”. O Ofício da Igreja implica primeiramente um fato teológico e sacramental. Com efeito, a Liturgia das horas é por si “função de toda a comunidade”, uma vez que por ela “a oração de Cristo continua sem cessar na Igreja” (IGLH 28). Nesse sentido, a Igreja, fiel à sua missão, jamais cessa de elevar suas preces e nos exorta com estas palavras: ‘por meio de Jesus, ofereçamos a Deus um perene sacrifício de louvor’ (Hb 13,15). 

Segundo antiga tradição cristã, a Liturgia das horas tem a característica, entre as demais ações litúrgicas, de consagrar todo o curso do dia e da noite (IGLH 10; cf. SC 84). Por fim, pela fé, e com o uso da Liturgia das horas somos de tal maneira instruídos sobre o sentido de nossa vida temporal, que junto com toda a criação aguardamos a revelação dos filhos de Deus (cf. Rm 8,15). Na liturgia das horas proclamamos essa fé, expressamos e alimentamos essa esperança, e, em certo sentido, já participamos daquela alegria do louvor perene e do dia que não conhece ocaso (ILGH 16).

REFERÊNCIAS


AUGÉ, Matias. Liturgia. História – Celebração – Teologia – Espiritualidade. 3ª ed. São Paulo: Editora Ave Maria. 1996.

BERGAMINI, Augusto. Cristo, festa da Igreja. O Ano Litúrgico. 3ª ed. São Paulo: Paulinas. 2004.

BÍBLIA DE JERUSALÉM. São Paulo: Paulus. 2002.

MARTÍN, Julián Lópes. A liturgia da Igreja. Teologia, História, Espiritualidade e Pastoral. São Paulo: Paulinas. 2006. 

DEUS É MAIS...


Deus É Mais
Deus é mais, Deus é mais, Deus é mais que eu.
Deus é mais, Deus é mais, Deus é mais que tudo.
Deus é mais forte que a minha fraqueza
Deus é mais Santo que a minha impureza
Deus é mais justo que minha injustiça
Deus é mais, Deus é mais, Deus é mais.
Refrão
Deus é mais amor do que minhas mágoas
Deus é mais Sorriso do que minhas lágrimas
Deus é mais Tudo que não consigo ser ainda
Deus é o ponto de chegada, Deus é o ponto de partida.
Refrão
Deus é mais Coragem que meus medos
Ele é mais transparente que os meus segredos
Deus me completa, Deus me levanta
Se vacila o meu passo, Deus é mais que meu cansaço.
Refrão

É LÍCITO AO MARIDO REPUDIAR A SUA MULHER?


É licito ao marido repudiar a mulher?

27º COMUM
Gn 2, 18-24; Sl 127 (128); Hb 2, 9-11; Mc 10, 2-16

Na liturgia da palavra nós temos como tema central o divórcio, se é licito ou não o homem repudiar sua mulher. Esse é o grande questionamento apresentado, sobretudo no Evangelho. A primeira leitura nos apresenta que pelo matrimônio o homem e a mulher se tornam uma só carne. É licito ou não repudiar a mulher?
No princípio, de fato, Deus criou o ser humano à sua imagem. Ele os criou homem e mulher. Abençoando-os, Deus disse-lhes: “Crescei e multiplicai-vos” (Gn 1, 27-28). Sabemos que Deus criou o ser humano, homem e mulher, com igual dignidade, mas também com características próprias e complementares, para que os dois fossem dom um para o outro. O casal na vivência do matrimônio, não dá qualquer coisa ou alguma atividade, mas a vida inteira.
Deus senhor criador, cria tudo dentro de uma harmonia, tira do solo, todas as feras selvagens e todas as aves do céu, e cuida também para que o homem não fique só. Tira da costela deste uma auxiliar, ou seja, uma complementaridade, o homem e a mulher se completam de forma tal que não existe homem sem a mulher nem a mulher sem o homem, ambos formam uma só carne: “Esta, sim, é osso de meus osso e carne de minha carne!” (Gn 2, 23). Assim, “O homem deixa seu pai e sua mãe, se eu à sua mulher, e eles se tornam uma só carne” (Gn 2, 24).
Sabemos que já no inicio o homem foi infiel a Deus quebrando a aliança que Deus tinha estabelecido com ele na criação, assim, a harmonia entre homem e mulher foi também ferida pelo pecado. No entanto, são Paulo vai dizer que ele nos predestinou a sermos conformes à imagem do seu Filho, a fim de ser ele o primogênito entre muitos irmãos. E estes que predestinou, também os chamou; e os que chamou, também os justificou, e os que justificou, também os glorificou (Rm 8, 28-30).
Aquele muro de separação que existia entre Deus e a humanidade foi destruído, Cristo nos deu acesso direto ao Pai, nos dando a possibilidade de voltar àquela amizade primeira que existia entre Deus e a humanidade. É sobre isso que fala a segunda leitura: “Convinha, de fato, que aquele por quem e para quem todas as coisas existem, querendo conduzir muitos filhos a gloria, levasse à perfeição, por meio de sofrimentos, o Iniciador da salvação deles” (Hb 2, 10).
Assim, em Cristo não há carta de divórcio, mas o casamento definitivo entre Deus e a humanidade, no sangue da nova e eterna aliança, o qual deve ser o modelo entre homem e mulher. Por isso, não é permitido ao homem dar carta de divórcio a sua mulher, pois como diz a primeira leitura, os dois são uma só carne, não duas. Duas realidades unidas num único principio, Jesus Cristo, por isso, devem permanecer na unidade.  
A leitura da carta aos Hebreus nos apresenta que Cristo se fez menor do que os anjos, provando os sofrimentos da morte, para conduzir muitos filhos à glória; razão pela qual não se envergonha de nos chamar irmãos. Independente de nossos pecados, ele nos chamou irmãos para nos conduzir todos a Deus, à aliança eterna com Deus e com os irmãos.
O Evangelho apresenta alguns fariseus que se aproxima de Jesus e para pô-lo a prova perguntam: “É licito ao marido repudiar a mulher?“. Jesus conhecendo bem a sua maldade devolve a pergunta: “Que vos ordenou Moises?” Então eles responde que Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar a mulher”. E Jesus vai dizer que foi por causa da dureza dos vossos corações que ele escreveu para vós esse mandamento”, ou seja, por causa dos interesses pessoais e o egoísmo vocês colocado a cima da vida matrimonial. Com essa resposta Jesus de certa forma já responde o questionamento dos fariseus a cerca do divórcio (Mc 10, 2-5).
Os fariseus reconhecendo o direito do homem de repudiar sua mulher, não explicitava, contudo, quais os motivos que justificariam tal repúdio. O repúdio poderia ser pela simples insatisfação do homem, ou apenas nos casos de infidelidade da mulher.
Jesus conhecendo bem a lei e a intenção deles, quanto repudiar ou não a mulher, responde com texto do Antigo Testamento: “Mas desde o principio da criação ele os fez homem e mulher. Por isso o homem deixara o seu pai e a sua mãe, e os dois serão carne. E ainda acrescenta: “De modo que já não são dois, mas uma só carne. “Portanto, o que Deus uniu o homem não separe” (Mc 10, 6-9). Jesus descarta o legalismo e o machismo dos fariseus e coloca o homem e a mulher dentro do plano de amor de Deus. Ele quer mostrar que o que uni homem e mulher não é uma lei criada pelo próprio homem, mas que essa união relacional é parte constitutiva do próprio ser do homem e mulher, Deus os criou assim, ou seja, de modo que formam um só, uma só carne. Os fariseus não conseguem compreender isso, apenas ficam no exterior das palavras, no legalismo. Não é muito diferente com os discípulos, eles também pensavam como os fariseus, não conseguem compreender o que Jesus diz, por isso quando chegam em casa perguntam a Jesus.
De modo geral as leituras nos apresentam que o não deve haver divórcio, e que o casal alcança a sua plenitude em Jesus Cristo, que elevou o matrimônio a Sacramento. Tal realidade não é de se estranhar por que foi querida por Deus desde a criação e colocada frente ao homem como caminho para a sua própria felicidade. Assim, não é permitido ao homem repudiar sua esposa, mas ambos permanecerem no amor.

ADORAÇÃO A JESUS SACRAMENTADO


É Teu esse momento
Católicas

É Teu esse momento de adoração,
Não tenho nem palavras pra me expressar,
No brilho dessa luz que vem do teu olhar,
Encontro meu abrigo meu lugar.

E quando estamos juntos entre nós estás,
Passando em nosso meio a nos abençoar,
E tocas com ternura com a tua mão,
A cada um que abre o coração.

Refrão ---------------

Minhas mãos se elevam, minha voz te louva, o meu ser alegra,
Quando estou em tua presença, Senhor.
Minhas mãos se elevam, minha voz te louva, o meu ser alegra.
Quando estou em tua presença, Senhor.

É Teu esse momento de adoração,
Não tenho nem palavras pra me expressar,
No brilho dessa luz que vem do teu olhar,
Encontro meu abrigo meu lugar.

E quando estamos juntos entre nós está,
Passando em nosso meio a nos abençoar
E tocas com ternura com a tua mão,
A cada um que abre o coração.

Refrão ---------------

Minhas mãos se elevam, minha voz te louva, o meu ser alegra,
Quando estou em tua presença, Senhor.
Minhas mãos se elevam, minha voz te louva, o meu ser alegra,
Quando estou em tua presença, Senhor.

NOSSA MISSÃO - CANTORES CATÓLICOS


Nossa Missão
Cantora: Adriana e vários cantores católicos
Composição: Adelso Freire e Adilson Freire

Desde o ventre da minha mãe
Já me conhecia
Antes que eu nascesse
Jesus me escolheu

Hoje a minha vida
É para o seu louvor
Sigo anunciando o seu eterno amor

Aonde mandar eu irei
Seu amor eu não posso ocultar
Quero anunciar para o mundo ouvir
Que Jesus é o nosso Salvador.(2x)

Grato eu estou Senhor
Porque me confiaste
A missão de proclamar o seu eterno amor

Mesmo sendo tão pequeno
Me deste autoridade
De em seu nome anunciar
A paz e a liberdade

Aonde mandar eu irei
Seu amor eu não posso ocultar
Quero anunciar para o mundo ouvir
Que Jesus é o nosso Salvador. (2x)

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