MARIA,
A VIRGEM ESCOLHIDA POR DEUS.
Meditando algumas
perícopes existentes na Bíblia que tratam acerca da Virgem Maria, fica fácil de
perceber algumas qualidades que norteiam sua vida, entre as quais destaco aqui
algumas: serviçal, caritativa, franca, sincera, leal e fiel. Se debruçar em
alguns trechos bíblicos que relatam a pessoa de Maria é assim, quase sempre, nos deparamos na
consideração de suas virtudes humanas
e espirituais.
Amados quem
de nós nunca refletiu a pessoa de Maria como a Virgem que sabe ouvir: “Eis aqui a escrava do Senhor faça-se em
mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). Quem de nós nunca a viu como a Virgem
que sabe ser alegre e humilde: “Meu
espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua
serva” (Lc 1, 47-48). Quem de nós nunca escutou que ela é capaz de silenciar
quando não entende. De modo especial podemos lembrar aqui a pergunta que Jesus
fez aos seus pais, quando estes voltam a Jerusalém para procurá-lo, e o
encontram no Templo: “Não sabiam que eu
devo estar na casa do meu Pai?” (Lc 2, 49b). O Evangelista Lucas é preciso
quando afirma: “E sua mãe conservava no
coração todas essas coisas” (Lc 2, 51b) ao escutar o seu Filho.
Ora, Maria silencia quando não entende,
mas também fala quando é necessário. Quando o anjo lhe anunciara que ela iria
dar a luz ao Salvador Maria vai as pressas visitar sua prima Isabel, com esta
disposição ela se torna assim a primeira discípula e porque não dizer a
primeira crente a anunciar da Boa Notícia. De fato, ela é a escolhida entre
todas as mulheres, ela é a cheia da graça: “Não
temas, Maria! Encontraste graça junto de Deus” (Lc 1, 30). Sem dúvida é a
predileta do Pai: “Alegra-te cheia de graça
o Senhor está contigo” (Lc 1, 28).
Maria a
Virgem que é escolhida por Deus, está no
coração da história da salvação. Vemos isto na anunciação (Lc 1, 26-37), por tornar-se a mãe de Deus no nascimento de seu filho Jesus (Lc 2, 1-19)
e depois ela aparece de modo significativo no início da vida pública de seu
Filho, precisamente nas bodas de Caná na Galiléia, em que movida de compaixão,
obtém, por sua intercessão, o primeiro dos milagres do Messias, Jesus (Jo. 2,
1-11) Não podemos também aqui nos esquecer de que num momento de sua vida de
muita dor Maria contempla ao pé da cruz a agonia e a morte de seu filho (Jo.
19, 25-27).
Tudo o que
a Igreja ensina acerca de Maria é coerente com a imagem de Maria que nós
formamos ao ler o Evangelho, com humildade e com Espírito de fé. A Igreja
Católica instruída pelo Espírito Santo e cheia de piedade filial, a saúda e a
recebe como a mãe amantíssima, considerando seu lugar de membro eminente e
especialíssimo da Igreja, assim como seu exemplo magnífico e modelar de fé e de
amor (Constituição Dogmática Lumem Gentium – Cap. VIII).
Diante de tais qualidades bem como as virtudes
humanas e espirituais que abarcam a vida da virgem podemos dizer que: sua
segurança não está nas qualidades que ela mesma possuía, mas na capacidade que ela tinha de poder perceber a presença de Deus em
sua vida e de colocar em prática, doando-se sem reservas o projeto que Ele mesmo
lhe confiou quando o anjo lhe visitou. Contudo, a vida de Maria como um testemunho vivo
da presença de Deus encarnado na história é algo que não pode esgotar-se em um livro, em um
quadro, nem em uma escultura por geniais que sejam seus autores, ou em até
mesmo um texto simples como este.
Maria é um
modelo de beleza que excede o pincel ou cinzel mais dedicado de qualquer
artista. Não é obra humana, mas diretamente divina, por que o “Senhor está com ela” (Lc 1, 28). Nas lindas
palavras de São Luiz de Montfort
ele diz: “Maria é o paraíso de Deus, seu mundo inefável... Deus criou um mundo
para si mesmo e o chamou Maria”.
FIQUEM NA PAZ DE DEUS!
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