O
ministério de Jesus anunciado pelo evangelho apresenta a história da sua missão
messiânica e libertadora. A qual está amalgamada como agir e o proclamar. Há
que observar que as duas coisas estão relacionadas, não sendo algo distinto, a
missão de Jesus não deve ser resumida, unicamente a missão de pregar. A missão
messiânica de Jesus anuncia um novo êxodo para a liberdade, “… proclamar
liberdade aos cativos…” (Is 61:1).
A
messiânidade de Jesus é o prenúncio da salvação, e a chegada do Deus vindouro,
assim sendo, não é algo utópico ou para um futuro distante, é uma realidade
presente que liberta. O imediato governo de Deus está sendo implantado sem
limites e sem fim e com vistas a humanidade, anuncia justiça, comunhão e
liberdade. Seu público são os pobres, miseráveis, doentes e desesperançados. A
messianidade do Jesus libertador está fundamentada na boca do profeta
messiânico, o qual legitima o Cristo libertador. A mensagem da vindoura glória
de Deus sobre seu povo, sua terra e toda a sua criação é idêntica com a
proclamação para a liberdade: “Desatas essas cadeias do teu pescoço, filha de
Sião cativa ( Is 52:2).
A
libertação é motivada e legitimada teologicamente: “Javé irá a nossa frente”
(Is. 52:12). Por mais que a libertação do povo seja realizada por meio da
mensagem, que “Javé e Rei”, ela também é obra dos preso, que se libertaram a si
próprios, tomaram a iniciativa e voltaram para casa com os seu próprios pés. A
messiânidade libertadora de Jesus alcança a humanidade dentro da existência
estrutural, fazendo o ver e entender que além da libertação do pecado, há
também a libertação do próprio contexto social no qual está inserido. Viver a
fé em Jesus Cristo
libertador supõe um compromisso com a libertação histórica dos oprimidos.
A
partir de um compromisso real (lugar social) se procura dar relevância a todas
as dimensões libertadoras do Jesus histórico, pois como filho encarnado
Proclamou uma determinada mensagem e se comportou de tal forma que tinha como
efeito a produção de uma alvissareira atmosfera de liberdade para todo o povo.
Estes conteúdos fundam o seguimento dos cristão em contexto de dominação que
deve ser superada por um processo de libertação.
Por
fim, a mensagem messiânica a respeito do vindouro reino de Deus não se reduz
apenas a liberdade humana, mas também confere autoridade aos oprimidos,
colocando em espaço amplo, produzindo, assim, pessoas libertas dentro de
qualquer espaço estrutural. Sem a graça libertadora de Jesus não haveria
esperança alguma para a humanidade. “Para Paulo o reino messiânico de Cristo é,
ao mesmo tempo, o reino da liberdade dos filhos de Deus. O evangelho do Jesus
messiânico é o evangelho de libertação do povo, quem anuncia o futuro de Deus,
esse traz liberdade ao povo”.
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