O
ministério messiânico de Jesus é anunciado aos pobres, pois o primeiro ítem da
agenda missionária de Jesus visa as boas novas aos pobres. “O terno coletivo os
pobres abrange os famintos, desempregados, doentes, desanimados e enlutados. É
os povos subjugados, oprimidos e humilhado (ochlos). Os pobres são doentes,
aleijados, não-sedentários (Lc 14:21-23). São os mendigos nas ruas e estradas
(Mt 11:2-5). São os tristes (Lc 6:21).’’Michael Prior oferece duas suposições a
respeito dos pobres. Primeira, os pobres são identificados com os destituídos e
indigentes da sociedade. Segundo, os pobres são aqueles que são deficientes de
posse materiais, que colocam toda a sua confiança em Deus.
Como
demostramos anteriormente os exemplos usados por Jesus na Sinagoga de Nazaré
tipificam os pobres: a viúva de sarepta e Naamã, o siro. “A justiça de Deus é
descrita como direito da comiseração com os mais miseráveis, por outro, o
futuro do reino de Deus irrompe entre aqueles que mais sofrem sob a violência e
injustiça dos homens, pobres. O evangelho promete aos pobres o agir vivificado
e recriador de Deus. Por isso está em primeiro plano para Jesus a preocupação
com pobreza, doença, possessão demoníacas, abandono e não a preocupação com as
doutrinas dos fariseus e saduceus.”
O
evangelho messiânico de Jesus é realista e não idealista, ele não traz apenas
uma nova doutrina, mas uma nova realidade da existencial humana. O evangelho
não apenas conclama à conversão e à fé, mas também revela aos pobres como sendo
concidadãos de Deus. Os pobres, escravos e prostituídos não são mais os objetos
passivos da opressão e humilhação, mas sujeitos a uma dignidade.
A
praxes de Jesus implica estabelecer um novo tipo de solidariedade que supera as
diferenças de classe e as inerentes a vida. A todos procura defender em seu
direito, especialmente os pequenos, enfermos, marginalizados e pobres. Tudo que
divide os homens, como inveja, cobiça, calunia, opressão, ódio, é combatido por
Jesus. Propugna o espírito das bem-aventuranças, único capaz de transformar
este mundo em digno dos olhares divinos.
O
evangelho messiânico de Jesus, não tem a finalidade de produzir uma prosperidade
material aos pobres para que sejam valorizados diante da sociedade, mas sim
produzir uma dignidade indestrutível. Com esta consciência os pobres, escravos
e prostituídos podem erguer-se do pó e ajudar a si mesmos. “Os pobres deixam de
adotar o sistema de valores de seus exploradores de acordo com o qual somente
um rico é verdadeiro homem, sendo que os não-ricos são fracassados, que não
conseguiram vencer na luta pela vida”.
Por
fim, o evangelho messiânico de Jesus restaura os pobres tirando de seu interior
os preconceitos sobre ele empossados por um sistema opressor e discriminatório,
fazendo-os ter uma valorização sí mesmo, de forma que pode viver de cabeça
erguida e apresentarem-se com porte-ereto.
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