Quando
se diz que algo é simbólico, pensamos logo que é irreal fantástico. Mas símbolo
não é isto. Símbolo é o encontro de duas realidades numa só, símbolo é a
presença da mesma realidade em outra forma. Assim, quando vemos um bolo de
aniversário, pensamos na festa, quando vemos uma aliança no dedo de alguém,
pensamos no casamento. Então, bolo representa festa, aliança significa amor e
fidelidade e assim por diante. Símbolo pode ser um objeto, um elemento capaz de
expressar de alguma maneira uma realidade que está presente, que a gente não
pode expressar totalmente, mas que é mais do que a gente pode exprimir por
palavras. Símbolo é um objeto, um gesto, um elemento, um movimento, uma
expressão corporal, onde o que vale não é mais aquilo que é em si, mas o que
exprime, o que significa.
Quando um rapaz leva uma rosa para a sua noiva o que importa não é o valor da rosa em si, mas o que a rosa significa: algo de tão profundo que o noivo não sabe definir e chama de amor. Rosa é amor. Rosa é símbolo porque revela e oculta ao mesmo tempo o amor, o mistério do amor. Podemos dizer que o símbolo é a linguagem do mistério. As realidades que Deus nos quer revelar e comunicar na Liturgia são grandes, tão profundas e inefáveis que o homem não consegue exprimi-las por palavras. Por isso, ele recorre a uma linguagem mais profunda, aos sinais sagrados, aos símbolos.
Quando um rapaz leva uma rosa para a sua noiva o que importa não é o valor da rosa em si, mas o que a rosa significa: algo de tão profundo que o noivo não sabe definir e chama de amor. Rosa é amor. Rosa é símbolo porque revela e oculta ao mesmo tempo o amor, o mistério do amor. Podemos dizer que o símbolo é a linguagem do mistério. As realidades que Deus nos quer revelar e comunicar na Liturgia são grandes, tão profundas e inefáveis que o homem não consegue exprimi-las por palavras. Por isso, ele recorre a uma linguagem mais profunda, aos sinais sagrados, aos símbolos.
Na Liturgia não interessam tanto os conceitos, mas as realidades presentes
que acontecem sempre de novo como diz o grande liturgista Romano Guardini,
realidades que acontecem em nós e por nós.
É como se quiséssemos ler a alma de uma pessoa no corpo e descobrir nas
coisas materiais as realidades espirituais ocultas. A Liturgia é um acontecer
de realidades sagradas e ocultas em forma terrena. É preciso, portanto, antes
de tudo, transformar em ação vivencial aquela ação mediante a qual o homem que
tem fé compreende, acolhe e realiza os sinais visíveis e sagrados da graça
invisível.
No culto o homem todo procura entrar em comunhão com o seu Deus. Não só
sua alma, sua inteligência. Também seu corpo. Deus se revela e se comunica não
só pela linguagem falada. A água, o fogo, o ar, as nuvens, o vento, as plantas,
os animais, toda a natureza fala de Deus e pode servir de linguagem para o
homem. Por isso, todos estes elementos também podem servir de sinais litúrgicos
que significam e comunicam a graça.
O importante em tudo isso é que deixemos os sinais falarem, que demos
vida a eles, pois eles podem falar de Deus, de Cristo, de nós mesmos e de
nossos irmãos. Mas não querem apenas falar destas realidades, e sim
comunicar-nos com elas.
Função da ação simbólica
® SÍMBOLO = “symbalo” –
“juntar”, “reunir” realidades separadas, desconhecidas ou invisíveis. A função
da expressão simbólica é:
·Revelar e ajudar a perceber o que exprimimos através de uma realidade
concreta e visível;
·Remeter ao transcendente – aponta para o mistério (algo conhecido indicando
algo desconhecido);
·Evocar – trazer de novo à consciência;
·Comunicar, reunir e criar relações;
·Convocar ao compromisso;
·Estimular atitudes (opções);
® Faz-se necessário recuperar a capacidade de simbolizar: Em que consiste
esta capacidade de simbolizar?
· Ser capaz de expressar e perceber o sentido além do valor funcional,
técnico ou comercial de um objeto ou gesto;
· Ser capaz de perceber o significado que o acontecimento esconde e ao
mesmo tempo revela;
®O símbolo fala por si mesmo;
®O símbolo não se explica, ele fala a partir da experiência;
®O símbolo fala ao coração, ao corpo e aos sentidos das pessoas (CNBB 43
nº 43);
Alguns símbolos utilizados na liturgia:
Água
Água
Seu significado na liturgia (sentido simbólico-sacramental).
Simboliza a nossa participação na comunhão na morte e ressurreição de
Cristo, é sinal do Espírito Santo, que regenera, purifica, lava da sujeira do
pecado, cria e nos dá vida nova em Jesus, formando a Igreja corpo de Cristo e
nos enviando em missão. Também é sinal de fortaleza, benção e proteção divina,
quando usada fora do ato penitencial da celebração e da celebração do batismo.
Ar
Seu significado na liturgia (sentido simbólico-sacramental).
Significa o Espírito Santo que sopra onde quer, santifica, vivifica;
abençoa e faz reviver e expulsar as forças do maligno.
Cruz
Seu
significado na liturgia (sentido
simbólico-sacramental). Sinal de: Salvação, vida, e do mistério pascal.
Representa Cristo que é a meta para qual nos caminhamos, por isso ela esta
sempre à frente das procissões. Em nossas celebrações afirma que, Jesus é o
centro, ou seja, o memória da paixão e morte do Senhor, e sua vitória é o que
celebramos em nossa liturgia. É sinal de amor de Jesus e de compromisso, de
benção e de santificação. A
cruz refere-se a morte de Jesus e também á sua ressurreição. É o sinal do
cristão de nossa salvação, do amor de Jesus até o final; de santificação e
compromisso...
Flores
Seu
significado na liturgia (sentido
simbólico-sacramental). Representa, a alegria pascal da união da Igreja
com Cristo. E expressão de agradecimento e alegria, de amor de saudade, de
homenagem, de festa. Da vitória de cristo sobre a morte. Elas são expressão do
amor esponsal, da nova aliança que une Cristo á sua Igreja, de sua vitória
sobre a morte e da felicidade da vida pascal de que participamos.
Fogo
Seu
significado na liturgia (sentido
simbólico-sacramental). Sinal da Ressurreição, participação e união na
páscoa de Jesus. Evoca Cristo como luz sem ocaso do mundo de nossas vidas. É
sinal de vigilância a espera do noivo, de fé, de devoção, e de homenagem.
Incenso
Seu
significado na liturgia (sentido
simbólico-sacramental). Queimar incenso é um ato de adoração e de
oferenda (sacrifício), é símbolo da oração que se eleva ao céu. Incensar
determinados objetos (cruz, altar, livro dos evangelhos, círio pascal, pão e
vinho) ou pessoas (ministros, assembléia, corpo do defunto) durante a
celebração indica respeito, homenagem, sobretudo porque vemos neles uma
referência a pessoa de Jesus Cristo. O perfume recorda o “bom odor de Cristo”
(2Cor 2,14 – 17) que se derrama onde se anuncia o Evangelho.
Imposição das Mãos
Seu
significado na liturgia (sentido
simbólico-sacramental). O gesto da imposição das mãos sempre se
relaciona com a invocação e a transmissão do Espírito Santo que, cura, confere
autoridade, santifica, absolve, invoca proteção e ordena.
Óleo
Seu
significado na liturgia (sentido
simbólico-sacramental). Simboliza o Espírito Santo, com o qual Jesus foi
consagrado para sua missão messiânica (Lc 4,16ss). “Messias” ou “Cristo”significam
justamente ungido”(Ct 1,2: “teu nome é perfume que s expande”). O bálsamo
mesclado com o óleo dá ao crisma um odor agradável e penetrante: conota
alegria, beleza, bom nome e sinal de vitalidade. Na missa de crisma, na manhã da quinta-feira Santa, ou em outro
dia apropriado, o bispo, rodeado por seu presbitério e por representantes de
toda a Igreja local, faz a consagração do crisma (uma mistura de azeite e
bálsamo ou perfume) e a bênção do óleo dos catecúmenos e dos enfermos.
Simboliza a bênção, proteção, e escolha de Deus sobre a pessoa que é ungida, e
sua e participação na missão de Jesus. Além de significar alívio, consolo e
libertação e as curas realizadas por Jesus.
Pão e vinho
Seu
significado na liturgia (sentido
simbólico-sacramental). O pão e o vinho na celebração eucaristia: são
três os principais gestos realizados com o pão e o vinho: trazer, benzer
(pronunciar a bênção) e partir, comer e beber juntos. Trazer: o pão e o vinho
simbolizam toda a vida do ser humano e do cosmo: “fruto da terra e do trabalho
dos homens”.Como símbolo de toda a realidade complexa, são eles colocados sobre
o altar, para serem assumidos no sacramento da Páscoa do Senhor.
Bendizer, pronunciar a bênção: a oração eucarística (a “anáfora”) indica
o sentido profundo do que fazemos com o pão e o vinho: agradecemos ao Pai,
recordamos a páscoa do Senhor Jesus e participamos assim, em profunda comunhão
no Espírito Santo, de sua entrega total, de sua vida ressuscitada e de sua
vitória sobre o mal e a morte. A oração eucarística é, ao mesmo tempo, ação de
graças memorial, sacrifício de louvor, renovação da aliança, consagração e
antecipação da realização total do Reino.
Partir e beber juntos: O Pão e o vinho sobre os quais se pronuncia
a oração eucarística, são agora repartidos para ser comidos e bebidos. O pão
conota subsistência, força para o caminho, repartição; o vinho faz a festa,
traz alegria, provoca a sóbria embriaguez do Espírito, embora recorde também o
sofrimento e a paixão. Ao comermos e bebermos juntos, entramos no dinamismo
pascal do Senhor, tornando-nos um só corpo com ele.
Terra e Cinzas
Seu
significado na liturgia (sentido
simbólico-sacramental). É um sinal de morte, submissão, entrega total e
disponibilidade total á vontade de Deus, sinal de reconhecimento de nossa
dimensão de criatura, frágil, finita e necessitada de Deus, lembra-nos que
somos pó e ao pó voltaremos. Sinal de penitência.
FIQUEM NA PAZ DE DEUS!
SEMINARISTA SEVERINO DA SILVA.
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