gestos e expressões corporais
Ä A liturgia, enquanto meio de expressão e de comunicação simbólica,
compreende o gesto como um de seus elementos mais importantes. De fato, os
ritos se compõem fundamentalmente de “gestos e palavras” que se apóiam
mutuamente. A importância do gesto é determinante para manifestar a
potencialidade significativa dos sinais e símbolos da liturgia e, em última análise,
da presença e da ação de Deus através deles.
Ä O
fundamento da gestualidade litúrgica se encontra, em primeiro lugar, na
natureza humana, isto é, na corporeidade do homem, meio de relação de presença
entre seus semelhantes (cf. GS 14).
Essa realidade foi assumida por Cristo na encarnação (cf. Hb 10, 5). Assim, sua
humildade se transformou no instrumento de nossa salvação (cf. SC 5), de forma
que suas mãos, seu olhar, sua palavra, seu hálito, eram outros tantos modos de
comunicar a salvação. Hoje continua agindo igualmente na liturgia através dos
gestos e palavras de seus ministros, em que age a força vivificadora do
Espírito.
Ä Por outro lado, “as ações, gestos e posturas
corporais” são um fator imprescindível para a participação litúrgica plena
(cf. SC 30; IGMR 42). Mais ainda, a integração do corpo na oração e do gesto na
liturgia são fatores de equilíbrio interior e externo, além de contribuir para
a expressividade, para a estética e para a funcionalidade dos ritos.
Ä Expressão corporal: é a comunicação do corpo. Nosso modo de olhar, gesticular, entrar na
Igreja, tudo revela nosso interior. Por vezes, fazemos o sinal-da-cruz tão
apressadamente e sem concentração, que mais parece o ato de espantar moscas! É
que estamos distraídos, então o gesto torna-se mecânico. Nesse caso, há
incoerência, pois falta sintonia entre o que deveríamos expressar e o que
deveríamos expressar e o que de fato expressamos.
Posteriormente abaixo falaremos de
formas de expressão corporal
Gestos.
Ä Gestos:
A
liturgia é feita de sinais sensíveis que captamos mediante nossos cincos
sentidos: tato, gosto, olfato, visão e audição. Cada um desses sentidos deve
ser devidamente posto a serviço da celebração.
Olhar:
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ü Tanto
do presidente quanto de todos os membros da assembléia, devem ser expressão
sincera do que as palavras dizem, uma expressão de envolvimento.
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Audição:
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ü
Escutar os sons, a palavra de Deus
proclamada e comentada. Escutar também o silêncio.
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Tato:
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ü
Se expressa mediante o toque. A
intensidade, o respeito, o modo como tocamos as pessoas, sinal de respeito e
compreensão dos planos de Deus celebrados na Liturgia.
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Gosto e olfato:
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ü
São dois sentidos um poço esquecidos nas
celebrações. Na comunhão eucarística o paladar tem o seu lugar.
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Audição:
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ü
Segundo afirmam as Instruções Gerais do
Missal Romano – sinal da comunidade e da unidade da assembléia, pois estimula
os pensamentos e sentimentos dos participantes. (nº20).
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Principais posturas exercidas
Saudação:
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ü Representa
nossa cordialidade e fraternidade. O importante deste gesto é nossa
sinceridade para com a pessoa que saudamos. Este gesto é inspirado no
sentimento de que em Cristo não há diferenças. Somos todos iguais, todos
companheiros de caminhada, unidos pela mesma esperança. Ao saudar uma pessoa,
devemos olhar nos olhos da mesma, ou pelo menos no rosto e não ter pressa.
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Procissão:
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ü Caminhar
é um gesto muito significativo. Nas celebrações, há diversos momentos que se
pode fazer, caso seja conveniente: Entrada,
Aclamação da Palavra, Ofertório, Comunhão... A história da salvação
começou com uma procissão, simbolizam a nossa peregrinação em direção à casa
do Pai. Simbolizam a peregrinação do
Povo de Deus para a casa do Pai. Somos uma Igreja “peregrina”.
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Beijar o altar:
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ü O
padre beija o altar ao iniciar e ao concluir a celebração. O altar lembra a
mesa onde Jesus Cristo celebrou a última ceia. O beijo é dirigido ao próprio
Cristo sinal da união íntima do sacerdote e da comunidade com Jesus Cristo.
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De pé:
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ü É a posição
do Cristo ressuscitado. Estar de Pé simboliza prontidão: Estamos prontos para
caminhar em direção a Deus e aos irmãos. É também o símbolo da dignidade
humana.
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Sentados:
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ü
É a atitude não somente de quem ensina
(Jesus “subiu ao monte. Ao sentar-se... pôs-se a falar e os ensinava” – Mt
5,1-2), mas também de quem ouve (“Maria ficou sentada aos pés do Senhor,
escutando-lhe a palavra” – Lc 10,39).
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Ajoelhados:
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ü
Revela um Espírito de Humildade e
reconhecimento dos próprios erros (penitencia); expressa o ato de profunda
adoração a Deus.
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Prostrar-se:
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ü
A prostração é o ato de deitar de bruços
no chão. E realizada no inicio da ação litúrgica da sexta-feira santa, nas
ordenações de bispos, presbíteros e diáconos, e em profissões religiosas.
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Fazer genuflexão:
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ü
É o ato de dobrar os joelhos (gesto de
adoração a Jesus na eucaristia). Ao entrar na igreja, normalmente as pessoas
se dirigem para diante do sacrário e aí fazem genuflexão. Também fazemos
genuflexão diante do crucifixo na Sexta-feira Santa, em sinal de adoração.
(Não é adoração a cruz, mas a Jesus que nela foi pregado).
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Inclinação:
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ü Sinal
de grande respeito e também adoração diante do Santíssimo Sacramento.
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Mãos:
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Levantadas:
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ü É
atitude dos “orantes”. Significa súplica e entrega a Deus.
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Juntas:
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ü Recolhimento
interior, busca de Deus, fé súplica, confiança e entrega da vida. É atitude
de profunda atitude.
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Unidas
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ü Sinal
de recolhimento e busca de Deus em seu interior. Expressa fé, súplica,
confiança em Deus.
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Erguer os braços
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ü É um
gesto que herdamos dos primeiros cristãos. Hoje é mais usado na oração do Pai
Nosso e em hinos que expressam louvor a Deus. Significa nossa entrega a Deus,
nos braços do Pai.
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Cantar
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ü Quem
canta na liturgia deve sempre dá um tom de clima de festa, mas sem exageros.
Deve-se evitar aparecer mais que o
Cristo. O cantor deve exprimir com seu canto uma comunhão com a
assembléia favorecendo a oração.
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Silêncio:
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ü O
silêncio tem seu valor na oração. Ajuda o aprofundamento nos mistérios da fé.
“O Senhor fala nos silêncio do coração”. Onde há barulho Deus silencia e onde
há silêncio houve-se a voz de Deus.
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