FORMAÇÃO
PARA COROINHAS - IV
lV – O ANO
LITÚRGICO
No início da
Igreja, todo Domingo era dia de Páscoa. A palavra Domingo vem de Domine
que quer dizer Senhor. Por isso o DOMINGO É O DIA DO SENHOR! Nestes encontros dominicais os cristãos
relembravam tudo o que aconteceu durante a vida de Jesus.
Aos poucos, os cristãos foram
percebendo que o Mistério Pascal de Jesus está presente no mistério da vida
diária. Era preciso organizar um calendário
litúrgico para se fazer memória dos eventos da vida de Cristo ao longo do
ano.
Podemos dizer então que o Ano
Litúrgico é o período dentro do qual a Igreja celebra os mistérios de nossa
Salvação, recordando e revivendo a passagem de Cristo na terra. O Ano Litúrgico
é, também, uma tentativa de santificação do tempo que também pertence a
Deus.
O Ano Litúrgico compõe-se de três
grandes ciclos: Natal, Páscoa e Tempo Comum.
Ciclo do
Natal
Advento – é nele que
começa o Ano Litúrgico. Inicia quatro domingos antes do Natal. Este é o tempo
de purificação da vida pela oração, pela penitencia, e preparação para o
nascimento do Salvador. As personagens bíblicas em destaques são: Isaías,
João Batista e a Virgem Maria.
Natal – Aqui o
clima é de festa e não mais de preparação, pois a humanidade ganha um
presente divino, o Filho de Deus. O natal inicia-se aos 25 de Dezembro e tem
seu término duas semanas depois.
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O Ciclo da
Páscoa
Quaresma – este é o
tempo de conversão, de oração, de penitência. É preciso renunciar ao mal e
aderir ao bem, pois o Reino de Deus é deste mundo. A Igreja reza: “Senhor,
tende piedade de nós, libertai-nos do mal e salvai-nos”. Inicia-se na
Quarta-Feira de Cinzas e termina na véspera do Domingo de Ramos. Possui cinco
semanas.
A
semana Santa começa com a entrada de Jesus em Jerusalém no Domingo de
Ramos. Seguindo-se a segunda, Terça e Quarta-Feira santa.
Na
Quinta-Feira Santa acontece a Memória anual da Ceia do Senhor, na Sexta-Feira,
celebramos a Paixão e Morte de Jesus e no Sábado Santo, celebramos a grande
Vigília Pascal. Este três dias constituem o solene Tríduo Pascal.
Páscoa – A
ressurreição de Jesus é o mistério central de nossa fé. A Páscoa é a libertação
de pecado e a passagem para uma vida nova, caridade e na sinceridade. Tem-se um
clima de alegria, com base na vitória de Cristo sobre a morte. O tempo da
Páscoa prolonga-se por 50 dias terminando com a Festa de Pentecostes.
Tempo Comum (Parte I) – É uma espécie de período intermediário,
nele o clima é de alegria e esperança, pois Cristo anunciou o seu Reino de
Amor. Este tempo se inicia logo após a festa do Batismo do Senhor e se
interrompe na Terça-Feira antes da “Quarta-Feira de Cinzas”. Neste tempo não
se comemora nada de especial, é como se fosse o dia-a-dia da vida de Jesus.
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Tempo Comum (Parte II) – esta Segunda parte do Tempo Comum reinicia
na Segunda-Feira após o Pentecostes e termina na véspera do Primeiro Domingo
do Advento. O clima agora é de interiorização do Mistério Pascal. A Igreja enquanto anuncia e vive a fé, torna
presente o Reino dos Céus, como sendo a face visível do Cristo na terra.
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E as cores litúrgicas? Podemos
dizer que na liturgia as cores ocupam um lugar muito importante. No princípio,
houve uma certa preferência pelo branco, não existiam ainda as chamadas “cores
litúrgicas’’ Estas foram fixadas em Roma em meados do século XII. Em pouco
tempo os cristãos do mundo inteiro aderirão a este costume.
O roxo simboliza a penitência. É usado no tempo do advento e na
quaresma. Pode também ser usado nos ofícios e missas pelos mortos.
O branco simboliza a vitória, a paz, a alma pura, a alegria. É usado
no Tempo Pascal e no Natal; nas festas e memórias do Senhor, exceto as da
Paixão; nas festas e memória da Virgem Maria, dos Santos Anjos, dos Santos não
mártires, na festa de Todos os Santos.
O vermelho simboliza o fogo, sangue, o amor divino, o martírio. É
usado no Domingo de Ramos e na Sexta-Feira Santa; no Domingo de Pentecostes,
nas celebrações da Paixão do Senhor, nas festas dos Apóstolos e Evangelistas e
nas celebrações dos Santos Mártires.
O verde é a cor da esperança. É usado nos ofícios e missas do tempo
comum.
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