6
º - Não pecar contra a castidade:
Ex
20,14, ICor6,13, lCor13,19 e lCor6,18.
Um dos momentos mais difícil da
catequese é a explicação do sexto mandamento. Pois muitos pensam que o assunto
está ultrapassado, já que a mídia e os costumes estão cada vez mais liberais
com relação ao sexo. Outros cometem o absurdo de demonizar prazer e sexo, como se fossem pecados em si.
O que não é verdade!
O pior é que, para uns e outros,
castidade é sinônimo de não ter relação sexual. O que também não é bem verdade.
Há pessoas que não têm relação, mas nem por isso são castas. O contrário também
é válido. Castidade tem a ver com sexo, mas vai além dele.
Castidade é integridade,
pureza auto-estima. A pessoa casta
respeita si mesma, não se deixa usar pelos outros. Preocupa-se com sua própria
saúde tanto física como mental. Por isso, tem cuidado com sua alimentação,
higiene, e descanso, lazer, espiritualidade, relações afetivas... A castidade é uma atitude de cuidado, amor e
respeito da pessoa consigo mesma. O
pecado contra a castidade é a agressão, com ou sem a colaboração de outras
pessoas. Toda situação que traga danos à moral incluindo aí relações sexuais
sem respeito mútuos é contra a castidade, falta de higiene corporal e mental,
uso de álcool e drogas, direção perigosa, fanatismo, venalidade, tudo isso é
contra integridade física/moral da pessoa.
Como vemos, o mandamento resume
em sua formulação uma variedade de situações que não podem ser reduzidas ao
sexo fora do casamento. Muitas outras atitudes em si mesmas boas —- comer,
beber, divertir-se, malhar —- tornam-se desumanas quando feitas de forma
inadequada. A Tradição da lgreja ensina que sexo é bom entre marido e mulher.
Sexo com qualquer um e fora do contexto permitido é que deixa de ser saudável e
pode se tornar problema. Ser casto implica aprender a justa medida das coisas e
desenvolver atitudes de equilíbrio, autocontrole e, acima de tudo, auto-estima.
Então: Castidade significa a
integração da sexualidade na pessoa. Inclui a aprendizagem do domínio pessoal.
Entre os pecados gravemente contrários à castidade citamos: a masturbação, a fornicação (adultério), a
pornografia e as práticas homossexuais (masculinas e femininas). O adultério e
o divórcio, a poligamia e a união livre (maritalmente, isto é, viver como
marido e mulher sem serem casados) são ofensas graves contra o 6º
mandamento, pois é um pecado contra a pureza do corpo. A união entre o homem e
a mulher é realizada somente pelo Sacramento do Matrimônio. DEUS não fez o
homem e a mulher para ficarem sozinhos. (cf Gn2,18) Por isso, é natural que o homem e a mulher
gostem de ficar juntos. Eles precisam um
do outro para formar uma família. Mas precisamos ter clareza quando e como vamos utilizar deste direito.
O amor humano precisa ser
purificado, amadurecer e ir mais além de si mesmo, para poder ser plenamente
humano, para ser princípio de uma alegria verdadeira e duradora, para responder
àquela exigência de eternidade que leva dentro de si e à qual não pode renunciar
sem se trair. Para a Igreja o sexo é algo querido por DEUS, se não o fosse ele não
seria parte da natureza humana. O que a Igreja prega é a abstinência sexual
antes do casamento. A Igreja entende que o ato sexual é reservado aos casados.
Mas isso não quer dizer que o ato sexual é visto como mal pelos católicos.
Vejamos
o que diz o Catecismo da Igreja Católica, documento oficial que resume a
doutrina católica: "Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e
castamente são honestos e dignos. Quando realizados de forma verdadeiramente
humana, significam e favorecem a mútua doação pela qual os esposos se
enriquecem com o coração alegre e agradecido. A sexualidade é fonte de alegria
e de prazer. O próprio Criador estabeleceu que nesta função (i.é, de geração)
os esposos sentissem prazer e satisfação do corpo e do espírito. Portanto os
esposos não fazem nada de mal em procurar este prazer" (CIC, parágrafo
2362).
Fica
claro que a Igreja vê o sexo como algo belo, desde que realizado corretamente.
Já o celibato é a renúncia de uma vida matrimonial para se buscar uma vivência
mais forte do evangelho, dedicando-se exclusivamente à causa de Cristo. Isto
também é muito bem visto pela Igreja e foi o caminho escolhido pelos padres,
bispos, freiras, etc. À exemplo de JESUS. “E a Igreja recorda que: o amor conjugal, ou seja, a sexualidade
orientada ao matrimônio, que implica que todo ato que acontece fora do contexto
sacramental não possa ser apreciado”. Dom
Dimas Lara
“Falando em castidade. É evidente
que a constituição psicológica do homem e da mulher exige mútua
complementaridade. Quando DEUS vivo e verdadeiro ocupa, viva e completamente,
um coração virgem, nesse caso deixam existir necessidades complementares,
porque o coração está ocupado e “realizado” completamente. Mas, quando DEUS, de
fato, não ocupa completamente um coração consagrado, então nasce imediatamente
a necessidade de com plementaridade.
Os freudianos (psicanálise) estão
radicalmente incapacitados de entender o mistério da virgindade, porque sempre
partem de um pressuposto materialista e, por conseguinte ateu. Não têm
autoridade, falta-lhes a “base” da experimentação e, por conseguinte. “rigor
científico”, para entender a “realidade” (virgindade “em” DEUS) que é
essencialmente inacessível, e mesmo inexistente para eles
A virgindade sem DEUS - sem um
DEUS vivo e verdadeiro — é um absurdo humano, sob qualquer ponto de vista. A
castidade sem DEUS é sempre repressão e fonte de neurose. Mais claramente: se
De não está vivo em um coração consagrado, nenhum ser normal neste mundo pode
ser virgem ou casto, pelo menos no sentido radical desses dois conceitos. Só é
capaz de despertar harmonias imortais no coração solitário e silencioso de uma
virgem. Dessa maneira, DEUS, sempre prodigioso, origina o mistério da
liberdade. O coração de um verdadeiro virgem é, essencialmente, liberdade. Um
coração consagrado a DEUS em virgindade — e habitado de verdade por sua
presença — nunca vai permitir, não “pode” permitir que seu coração fique
dependente de alguém.
Esse coração virgem pode e deve
amar profundamente. mas permanece sempre senhor de si mesmo. E isso porque seu
amor é fundamentalmente um amor oblativo e difusivo. O afeto meramente humano
pode esconder diferentes e camufladas doses de egoísmo, tende a ser exclusivo e
possessivo. É difícil, quase impossível, amar a todos quando se ama uma só
pessoa. O amor virginal tende a ser oblativo e universal. Só a partir da
pIataforma de DEUS podemos desdobrar as grandes energias, oferecidas ao Senhor,
para com todos os irmãos. Se um virgem não abre suas capacidades afetivas a
serviço de todos estamos diante de uma vivência frustrada e, conseqüentemente,
falsa da virgindade.
É por isso que a virgindade é
liberdade, Um coração virgem não pode permitir que pessoa alguma domine ou absorva
esse coração, mesmo quando amar e for amado profundamente por DEUS é liberdade
nele. É possível que o sinal inequívoco da virgindade esteja nisto: não cria e
dependências nem fica dependente de ninguém. Aquele que é livre — virgem —
sempre liberta, amando e sendo amado. É DEUS quem realiza esse equilíbrio.
Assim foi JESUS.
Se DEUS é o mistério e a
explicação da virgindade, poderíamos concluir que, quanto mais virgindade, mais
plenitude de DEUS, e mais capacidade de amar. Maria é cheia de graça porque é
plenamente virgem. A virgindade, além de liberdade, é plenitude.
Maria é uma profunda solidão -
virgindade — povoada completamente pelo Senhor DEUS. DEUS a completa e acalma.
O Senhor nela habita plenamente. “Essa figura humana que aparece nos evangelhos,
tão plena de maturidade e de paz, atenta e serviçal para com os outros, é o
fruto da virgindade vivida na perfeição”. O
Silêncio de Maria – Inácio Larranaga
Enfim, para este mandamento é bom
citar outras faltas tais como: falar palavrão, usar roupas apertadas ou curtas
demais. (Diante da sociedade) Olhar ou ler revistas que tem cenas de homens e
mulheres nus, emprestar estas coisas aos outros, casar somente por interesse
financeiro é pecado grave.
Ser casto é ser fiel ao seu estado de vida, isto é, se é casado,
viver como casado fiel ao seu cônjuge, se é solteiro, viver como solteiro.
Fontes consultadas
Bíblia – PASTORAL (Editora Paulus).
Catecismo da Igreja Católica.
Apostilas Mater Ecclesiae (Dom Estevão Bettencourt).
Revista BRASIL CRISTÃO.
Revista ECOANDO editada pela Paullus.
FOLHA CATEQUÉTICA (Centro Pastoral Popular).
Fé, Vida e Comunidade - (exemplar do
Catequista), editado pela Paulus.
Conheça a Bíblia – Ivo Storniolo.
Livro: Perguntas que o povo faz –
Frei Mauro Strabeli.
Site do Santuário Nossa Senhora
Aparecida – Evangelizando (Meditação do Dia)
Site do Convento Santo Antonio – RIO
TOTAL/BOANOVA/
Pedro, Discípulo e Pastor – Prado
Flores.
O Manual da Felicidade – O Sermão da
Montanha - Pe. Alberto Gambarini.
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