Conclusão do nosso trabalho acerca
da vida de São Paulo
Parece
fácil notar que atividade incansável e sempre criativa e bem motivada atividade
evangelizadora de Paulo, em meio a muitas adversidades, era sustentada por uma
bem cultivada relação pessoal com Jesus Cristo. E o fato fundante foi a
experiência de Damasco. Foi naquele encontro que começou, e que conheceu
desdobramentos surpreenden-tes, todo o seu dinamismo espiritual.
As
epístolas deixam entrever um homem de emoções intensas, de alegrias, de dores,
de angústias, de esperanças. Era um homem que tinha projetos para o futuro, que
era consciente dos seus limites, que cultivava e preservava sua identidade
(apóstolo) e zelava por sua missão. Era capaz de relações profundas e
duradouras, afeito a amizades e à colaboração. Ele falava sem censuras dos seus
sentimentos mais profundos, das amarguras que o ministério lhe reservava, das
motivações que o sustentavam. Ele não ocultava, nem nas boas coisas, nem nas
realidades mais adversas. E isso demonstra que era um homem de ótima integração
psicossomática, que tinha um centro unificador para sua vida. E era Jesus
Cristo: “Para mim viver é Cristo” (Fl
1,21). Por causa dele valia a pena perder tudo, renunciar a tudo, reduzir seu
corpo à servidão, viver sobriamente na abundância e na necessidade. Em uma
palavra, a intimidade com Jesus Cristo configurou sua liberdade. E tornou-se um
homem extremamente livre e totalmente entregue à causa do seu Senhor.
O
próprio Paulo sugere como era ele antes do encontro com Jesus Cristo. Já antes
era um tipo de paixões fortes e decisões corajosas. Era apaixonado pelo
judaísmo. Por isso “perseguia sobremaneira”, chegava às raias do fanatismo.
Parecia ser afeito à emulação, pois diz que “progredia mais que os compatriotas de minha idade” (Gl 1,14).
Era-lhe interessante distinguir-se no zelo pelas tradições paternas. Em favor
das mesmas até a violência recebia legitimidade. Quando seguidor de Jesus
Cristo e anunciador do seu evangelho, face a presença de outros pregadores,
também cristãos, mas que perturbavam as comunidades por ele fundadas e
comprometendo a mensagem anunciada, então sim afloraram seus traços de
indignação e de intransigência. Todavia, já não era o homem violento. Não
disputava espaços ou prerrogativas. Na realidade, até sua linguagem dura, a
história o mostrou, era parte da fidelidade que o sustentou até mesmo na prisão
e no martírio.
FIQUEM NA PAZ DE DEUS!
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