O
MISTÉRIO DA PÁSCOA
Depois de pregar e realizar sinais,
Jesus, por seu sangue, selou a nova e definitiva Aliança entre Deus e os
homens. Preencheu o papel do Servo de Javé, que morre em expiação dos pecados
alheios e reúne os homens em torno de si.
A morte de Cristo se
situa na época de Páscoa. Na véspera de morrer, celebra com seus discípulos a
ceia de Páscoa, na qual entrega seu corpo para o perdão dos pecados e o seu
sangue, ... “o sangue da Aliança derramado em favor de muitos (=todos)”; o
corpo e o sangue de Jesus foram imolados como os de uma vítima não só para
expiar pecados, mas também para selar a nova e definitiva Aliança; na verdade,
os dizeres de Jesus sobre o seu sangue fazem alusão a Ex 24,8 “Eis, disse ele,
o sangue da aliança que o Senhor fez convosco”.
Na
mesma ocasião, Jesus instituiu os meios que põem essa nova Aliança ao alcance
de todas as gerações: a Eucaristia, que faz a Igreja, e o sacramento da Ordem
que faz a Eucaristia. A Igreja, que tem a sua vida nos sacramentos, se torna ela
mesma um sacramento; isto quer dizer que, através da realidade humana da
Igreja, regida por leis e institucionalizada, passa a graça de Deus ou uma
dádiva transcendental destinada a santificar os homens.
A
Paixão de Cristo, que culminou com a morte de Cruz, não se entenderia sem a sua
ressurreição ou vitória sobre a morte. Ele a venceu em nosso favor. A aplicação
desta vitória é feita pela Igreja, que, como dito, é o sacramento pelo qual o
Senhor Jesus nos comunica a vida do Pai. A Igreja nasceu quando o lado de
Cristo foi perfurado na Cruz, deixando jorrar água e sangue símbolos dos
sacramentos do Batismo e da Eucaristia. A fundação da Igreja, iniciada por
Cristo, foi consumada pelo dom do Espírito Santo em Pentecostes.
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