Um Povo salvo por Deus
A
Sagrada Escritura caracteriza Israel como o Povo de Deus ou o Povo que Deus
salvou para realizar, mediante ele, seu desígnio salvífico. “Serás bendito mais
que todos os povos” (Dt 7,14). “Que o teu coração não se eleve, e não te
esqueças do Senhor, teu Deus, que te tirou do Egito, da casa da servidão” (Dt
8,14). Estes textos põem em relevo a gratuidade do chamado e do dom de Deus.
Ele nada deve a ninguém; dá a quem Ele quer. Esta lei perpassa toda a história
do relacionamento de Deus com os homens. “Tu és um povo consagrado ao Senhor,
teu Deus, o qual te escolheu para ser um povo que lhe pertença de um modo
exclusivo entre todas as outras nações da terra” (Dt 14,2). A resposta do homem a esse amor de Deus é, amor
a Deus e o amor ao próximo.
Era
preciso que Israel retribuísse com amor o amor recebido de Deus. Daí a
prescrição solene: “Ouve, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.
Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas
as tuas forças. Os mandamentos que hoje te dou serão gravados no teu coração”
(Dt 6, 4-6).
O
amor a Deus consiste em observar os seus preceitos com fidelidade: “Se
observardes fielmente todos os mandamentos que vos prescrevo, amando o Senhor,
vosso Deus, andando em seus caminhos e apegando-vos a Ele” (Dt 11,22). Com a
mesma ênfase, a Sagrada Escritura recomenda o amor ao próximo, como decorrência
do amor de/a Deus. Este amor devia traduzir-se em praticas concretas. Todo amor
recomendado a Israel devia tornar santo (no sentido ético) esse povo consagrado
a Deus.
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