IGREJA UNA
(Unicidade = única)
Não existe outra Igreja
que tem todos os elementos instituídos por Cristo. Havia um só povo de Deus no
Antigo Testamento, que se prolonga no único povo de Deus no Novo Testamento
(que é a Igreja).
Com outras palavras:
Cristo tem um só Corpo e uma única Esposa. Cf Ef 4,4-6 “Há um só corpo e um só
Espírito, assim como é uma só a esperança da vocação com que fostes chamados:
há um só Senhor, uma só fé, um só Batismo, há um só Deus e Pai de todos”. Todavia,
quem considera as múltiplas comunidades eclesiais existentes hoje em dia
(orientais ortodoxas, além das protestantes), pode perguntar se a Igreja de
Cristo é realmente única e uma.
A
Igreja de Cristo compreende todas as denominações cristãs onde haja realmente
elementos eclesiais: a Bíblia, a fé, a oração, a caridade, a renúncia ao
pecado, o Batismo... Todavia a Igreja de
Cristo só subsiste de maneira pela e adequada na Igreja Católica Apostólica
Romana entregue a Pedro; somente nesta se encontram todos os elementos
constitutivos da Igreja: os sete Sacramentos com seu centro na Eucaristia, a
hierarquia instituída por Cristo e chefiada por Pedro, a Bíblia, e os
sacramentais.
As demais denominações (cristãs não
católicas), pelo fato de possuírem alguns ou vários destes elementos, pertencem
à Igreja de Cristo, mas estão em comunhão imperfeita e inacabada com a Igreja
Apostólica Romana; essa comunhão imperfeita ou parcial deve ser levada à
plenitude ou à totalidade pelo movimento ecumênico. “Aqueles
que crêem em Cristo e foram devidamente batizados, estão constituídos numa
certa comunhão, embora não perfeita, com a Igreja Católica. Com efeito, as
discrepâncias vigentes, sob diversas formas, entre eles e a Igreja Católica –
quer em questões doutrinais, e às vezes também disciplinares, quer acerca da
estrutura da Igreja – criam não poucos obstáculos, por vezes muito graves, à
plena comunhão eclesiástica.
Ora, o movimento
ecumênico visa superar estes obstáculos. No entanto, justificados no batismo
pela fé, eles são incorporados a Cristo e, por isso, com razão, honrados com o
nome de Cristãos e merecidamente reconhecidos pelos filhos da Igreja Católica
como irmãos no Senhor.
Somente através da Igreja Católica de
Cristo, auxílio geral de salvação, pode ser atingida toda a plenitude dos meios
de salvação. O Senhor confiou todos os
bens do Novo Testamento ao único Colégio Apostólico, a cuja testa está Pedro (e
seus sucessores), a fim de constituir na terra um só Corpo de Cristo, ao qual é
necessário que se incorporem plenamente todos os que, de alguma forma,
pertencem ao povo de Deus.
“Este povo, enquanto
peregrina cá na terra, cresce incessantemente em Cristo, ainda que sujeito ao
pecado em seus membros, e é conduzido suavemente por Deus, segundo seus misteriosos
desígnios, até que chegue alegre, à total plenitude da eterna glória na
Jerusalém celeste” Concílio Vaticano II.
1Cor 1,10-16 “Rogo-vos,
irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que todos estejais em pleno
acordo e que não haja entre vós divisões. Vivei em boa harmonia, no mesmo
espírito e no mesmo sentimento. Pois acerca de vós, irmãos meus, fui informado
pelos que são da casa de Cloé, que há contendas entre vós. Refiro-me ao fato de
que entre vós se usa esta linguagem: Eu sou discípulo de Paulo; eu, de Apolo;
eu, de Cefas; eu, de Cristo.Então estaria Cristo dividido? É Paulo quem foi
crucificado por vós? É em nome de Paulo que fostes batizados? Graças a Deus,
não batizei nenhum de vós, à exceção de Crispo e Gaio. Assim ninguém poderá
dizer que fostes batizados em meu nome. (Aliás, batizei também a família de
Estéfanas. Além destes, não me consta ter batizado ninguém mais.)”.
A
Igreja única tem de ser una, coesa e unida. Com outras palavras: Ela deve ser
capaz de se apresentar ao mundo com uma única face e uma única voz, ainda que
compreenda em seu bojo muitos componentes. A unidade da Igreja é expressa
também pela palavra “comunhão”. Esta traduz o grego Koinonia, que, conforme São
Paulo significa “tomar parte com outra pessoa em algo”. A comunhão significa, antes do mais, tomar
parte na vida e nos méritos de Cristo, ser rico em Cristo; conseqüentemente
significa o intercâmbio, o fluxo e o refluxo de vida dos fiéis entre si.
Esta unidade está na
comunhão dos santos. Está nos anseios de Cristo, que na última Ceia rezava:
“Todos sejam, um”... Já que Deus é único e uno em si mesmo, a Igreja há de ser
tal. A unidade da Igreja está fundamentada na comunhão com Cristo, que ocorre
mediante os sacramentos.
A
Igreja de Cristo tem Unidade de Fé. A mensagem de Cristo desperta o amor, a
adesão fiel a Deus e aos irmãos. A Igreja de Cristo tem Unidade no Culto e nos
Sacramentos. A fé faz que toda a vida do cristão tenha o valor de culto e de
oferenda a Deus. Tem a mesma liturgia no mundo inteiro (o evangelho que é
proclamado aqui é proclamado na China, no México, no Canadá ...) Os mesmos
sacramentos que são ministrados aqui, do mesmo jeito são ministrados no mundo
inteiro. A Igreja de Cristo tem Unidade na Comunhão Fraterna. O amor a Deus que
é nosso Bem Absoluto une os cristãos entre si a todas as pessoas.
A
Igreja é una pela sua fonte. “Deste mistério, o modelo supremo e o princípio é
a unidade de um só Deus na Trindade, Pai e Filho e Espírito Santo”. A Igreja é
una pelo seu Fundador: “Pois o próprio Filho encarnado, príncipe da paz, por
sua cruz reconciliou todos os homens com Deus, restabelecendo a união de todos em
um só Povo, em um só Corpo”. A Igreja é una pela sua “alma”: “O Espírito Santo
que habita nos crentes, que plenifica e rege toda a Igreja, realiza esta
admirável comunhão dos fiéis e os une tão intimamente em Cristo, que ele é o princípio
da Unidade da Igreja”. É da própria essência da Igreja ser una.
FIQUEM NA PAZ DE DEUS!
SEMINARISTA SEVERINO DA SILVA.
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