VIDA PÚBLICA DE JESUS
Jesus
diz explicitamente que Ele veio para anunciar o Reino: “É necessário que eu
anuncie a boa nova do Reino de Deus também às outras cidades, pois essa é a
minha missão” (Lc 4,43). “A lei e os profetas duraram até João. Desde então é
anunciado o Reino de Deus, e cada um faz violência para aí entrar” (Lc 16,16). Não somente é anunciado
o Reino; ele é feito presente, porque a pessoa e a obra de Cristo são o início
desse Reino, que expulsa o Maligno, propulsor do pecado e espírito dominador do
homem.
Jesus
não apenas falou, Ele realizou sinais da presença do Reino de Deus. Com efeito,
Jesus apresentou seus milagres a João com sendo sinais de que Ele era o Messias
e inaugurava a restauração, em sua integridade, da humanidade ferida pelo
pecado e suas conseqüências. “Tendo João, em sua prisão, ouvido falar das obras
de Cristo, mandou-lhe dizer pelos seus discípulos: Sois vós aquele que deve
vir, ou devemos esperar por outro? Respondeu-lhes
Jesus: Ide e contai a João o que ouvistes e o que vistes: os cegos vêem, os
coxos andam, os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, o
Evangelho é anunciado aos pobres...” (Mt 11, 2-5.
Se, de um lado, o Reino
de Deus apregoado e implantado por Jesus é o eco do Reino esboçado no Antigo
Testamento, de outro lado difere deste, no sentido de que nada tem de político,
como podiam esperar os israelitas.
É o que depreende
claramente no colóquio dos discípulos de Emaús com o Senhor: “Nós esperávamos
que fosse Ele (Jesus) quem redimira Israel, mas faz três dias que todas essas
coisas aconteceram”.
Aliás, o próprio Jesus
disse “Meu reino não é desde mundo”. Entrar no Reino de Deus é simplesmente
seguir o Cristo e entregar a vida para lhe ser incondicionalmente fiel, ao
passo que recusar seguir Jesus é perder a própria vida e excluir-se do Reino. “Em
seguida, convocando a multidão juntamente com os seus discípulos, disse-lhes:
Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.
Porque o que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida
por amor de mim e do Evangelho, salvá-la-á” (Mc 8, 34-35).
Por isto, no fim da vida
terrestre, cada qual será julgado na base da atitude tomada frente a Jesus presente
nos pobres, doentes, famintos, nus e encarcerados (Mt 25, 31-46). É de notar
que Jesus tenciona organizar seu Reino escolhendo doze Apóstolos, que Ele forma
para continuarem sua obra e que, por seu número doze, estão na
continuidade das doze tribos de Israel ou do povo de Deus no Antigo Testamento.
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