O QUE É IGREJA?
Professando “Creio em um
só Deus Pai todo-poderoso”, o cristão põe em relevo a obra do Pai na história
da salvação: é Ele o “Criador do céu e da terra”. Assim o Pai é apresentado
como o Princípio, Aquele que, criando, desencadeia todo o processo da história
subseqüente.
Ao professar a fé no
Filho, o cristão afirma a obra salvífica do Filho: “Ele se fez homem, nascendo
de Maria Virgem; padeceu, morreu, ressuscitou e subiu ao céu, donde voltará
para julgar os vivos e os mortos”. Assim se apresenta o Filho como o novo
Criador, Aquele que dá origem a uma nova humanidade posta em comunhão com a
vida do próprio Deus; fomos feitos filho no FILHO.
O cristão professa sua
fé no Espírito Santo que existe e opera na Santa Igreja Católica, ou seja, para
rematar a obra de Jesus Cristo, levando à plenitude, em cada cristão, a
Redenção e configurando a Cristo os discípulos de Cristo. Assim, a Igreja é
Santa, porque é vivificada pelo Espírito Santo, como obra prima do Paráclito.
Ela possui a garantia da indefectibilidade em assuntos de fé e de moral, porque
é animada pelo Espírito.
A Igreja é dita “a
comunhão dos Santos”. Esta expressão traduz o grego koinonia ton hagion, que se
deve entender como comunhão de todas as coisas, antes do mais. Essas “coisas
santas” são os méritos de Cristo, dos quais cada cristão é feito participante
pelo Santo Batismo; visto que todos participam desse mesmo tesouro, todos
comungam entre si, fazendo a comunhão de pessoas santas, pessoas santas na
medida em que comungam com os méritos de Cristo, que é o santo por excelência.
A remissão ou o perdão
dos pecados é o fruto imediato da comunhão do cristão com a Igreja vivificada
pelo Espírito. O próprio Jesus associou a remissão dos pecados ao envio do
Espírito Santo, quando na noite de Páscoa soprou sobre a face dos discípulos e
lhes disse: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados,
ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo
20,22-23).
Tendo
recebido o perdão dos pecados, o cristão cultiva uma vida nova, “um tesouro em
vaso de argila” (2Cor 4,7), tesouro que tende a desabrochar sobre o próprio
corpo humano no dia da ressurreição da carne ou no fim dos tempos. Daí seguir-se-á a vida eterna ou a bem-aventurança dos
justos É nestes temos o que se
esboça o conceito central de Igreja, o conceito que o Concílio Vaticano II mais
incutiu que é o de Igreja-Sacramento. a Igreja = é uma
realidade divino-humana; através de instrumentos humanos e elementos sensíveis,
Cristo comunica a sua graça a quem participa desse sacramento: “A Igreja é em Cristo como que o Sacramento
ou o sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero
humano” (Lumem Gentium).
FIQUEM NA PAZ DE DEUS!
SEMINARISTA SEVERINO DA SILVA.
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