IGREJA Santa
(Santidade)
1Pd 2,9 “Vós, porém,
sois uma raça escolhida, um sacerdócio régio, uma nação santa, um povo
adquirido para Deus, a fim de que publiqueis as virtudes daquele que das trevas
vos chamou à sua luz maravilhosa”.
A palavra santo quer
dizer originariamente o que é separado, reservado; quando se trata de Teologia,
santo é o separado ou reservado para Deus. Assim o conceito primitivo de santo
é ontológico; é o de um ser próprio de Deus. Disto se segue a noção ética: a
pessoa separada para Deus ou consagrada a Deus deve levar uma vida moral à
altura do seu ser ou uma vida moralmente santa. Deus é Santo por excelência; é
o separado de toda impureza e o mais perfeito de todos os seres. Por isto em Is
6,3 os Serafins proclamam: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus”
Disto
se segue que só se pode dizer santo aquilo que pertence a Deus ou é relacionado
com Deus. Este é o modo de falar da
Igreja. Jesus é o Santo de Deus, que veio a este mundo para dar origem a um
novo Povo de Deus consagrado ao Senhor; Rm 1,7 (os cristãos de Corinto são
ditos santos, porque membros de um povo consagrado a Deus). Ef 5,25-27: “Cristo
amou a Igreja e se entregou por ela, a fim de purificá-la com o banho da água e
santifica-la pela Palavra, para apresentar a si mesmo a Igreja gloriosa, sem
mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”.
A
Igreja é, aos olhos da fé, santa. Pois Cristo, Filho de Deus, que com o Pai e o
Espírito Santo é proclamado o único Santo, amou a Igreja como sua Esposa. Por ela
se entregou com o fim de santificá-la. Em conseqüência, os membros da Igreja
devem levar uma vida moralmente santa ou isenta de pecado: “Sede santos, porque
eu sou santo” é norma do Antigo Testamento que ressoa no Novo.
O
Cristão é chamado a ser, por todo o seu teor de vida, uma hóstia santa e
agradável a Deus; a vida do cristão é um culto, cuja lei é a pureza. “Eu vos
exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes vossos corpos
em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual”
Rm 12,1. Assim a Igreja é a comunidade dos santos, ou seja, de pessoas
consagradas e pertencentes a Deus pelo Batismo e que se esforçam por viver
fielmente a sua consagração batismal e a sua qualidade de membros do Corpo de
Cristo.
A
Igreja é santa, porque está indissoluvelmente unida a Cristo, que nela habita e
por Ela age. A Igreja de Cristo não comete pecado. O sujeito do pecado só pode
ser uma pessoa individual. A Igreja consta de seres humanos na sua realidade
histórica, que são pecadores; são membros da Igreja, mas o pecado que eles
cometem não brota do bojo da Igreja nem é ensinado pela Igreja, que, ao
contrário, o combate. Por isto na Igreja existe o Sacramento da Penitência como
remédio para o pecado. A Igreja tem duas realidades (visível e invisível).
FIQUEM NA PAZ DE DEUS!
SEMINARISTA SEVERINO DA SILVA.
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