OS CONCÍLIOS GERAIS DA IGREJA
1º Concílio da Igreja
Concílio de Nicéia - 325 d.C
Concílio de Nicéia - 325 d.C
Dois séculos de perseguição já se haviam passado. O cristianismo torna-se a religião oficial do Império Romano. Constantino - o imperador - que não era ainda cristão promulgou este edito e convocou o Concílio em seu palácio (hoje a capela Cistina) para que os bispos tivessem sua primeira reunião de organização com relação a algumas heresias que assolava a religião nascente. Os bispos que foram para este concílio tinham ainda as marcas das perseguições em seus corpos. A maior crise que passava a Igreja naquele momento era com relação à pregação de um Padre chamado Ário que por meio de seu jeito de falar conquistador, dizia que Jesus não foi gerado, mas criado, afirmando que ele era inferior a Deus (arianismo). Jara combater esta heresia foi formulado pelo Papa Sivestre a primeira parte do Credo, que servia de sinal para os cristãos nãojjg confundirem com tais pregações.
2o Concílio da Igreja:
Concílio de Constantinopla 81 d.C.
Cinquenta e seis anos após o Concílio de Nicéia a heresia ariana ainda aparece; a causa era que o Espírito Santo é inferior ao Pai e ao Filho, afirmando que este se tratava de uma mera criatura e um anjo espiritual. Dizia ainda que este, procedia só do Pai e não do Filho também. Os bispos do concilio após condenarem tais ensinamentos, terminam de formular o credo para definir a natureza do Espírito Santo, chamando-se este credo até hoje de Niceno-Constinopolitano, afirmando que o Espírito Santo procedia do Pai e do Filho (Filioque). Mesmo assim alguns cristãos ainda aderiram aos ensinamentos de Ario.
3o Concílio da Igreja:
Concílio de Éfeso - 431 d.C.
O lugar onde os bispos se reuniram para o terceiro concílio foi a sagrada cidade de Éfeso, onde anos atrás morava a Virgem Maria, João e Paulo. O problema agora era com relação a um discípulo de Ario chamado Nestório. Sei ensinamento herético envolvia a Virgem Maria. De acordo com Nestório, Maria nãoera a Mãe de Deus (THEQTOKQS). mas era a mãe do Homem Jesus (CRTSTOTÓKO) Sonegando a natureza divina Jesus na sua gestação no ventrede Maria. Contudo, diante de uma noite de intensa vigília dos cristãos que já a aclamavam de Mãe de Deus fora da igreja onde se reunião os bispos, o Papa Celestino a aclama com Theotókos (primeiro dogma de fé) e condena Nestório.
4º Concílio da Igreja:
Concílio de Calcedônia - 431 d.C.
Surgi nesta fase da igreja a heresia de Eutiquesjconhecida como monofisismo, isto é, teoria da única natureza de Cristo. O papa Leão condenou tais heresias e após muita discursão foi constituida uma formula para que os bispos assimassem. Dizia: "de acordo com a decisão do Papa Leão existe duas naturezas em Cristo (a humana e a divina) umidas e inseparáveis". Houve louvor por toda a igreja pelos bispos terem mantido viva a Fé Apostólica e a tradicional convicção na Encarnação de Jesus.
5º Concílio cia Igreja:
Segundo Concílio de Constantinopla 553 d.C.
O assunto ainda era a natureza de Jesus. Os monofísistas. os seguidores de Eutiques que tinha sido condenado no Concílio de Calcedônia. estava alastrando seus ensinamentos erróneos por todo o Oriente. Entretanto, era da vontade do Imperador Justino unir e estabelecer a paz entre católicos e monofísistas, não obtendo sucessos. O Papa Virgílio e perseguido por Justino que por fim é excomungado por suas manifestações contra a Igreja. A partir disso a Igreja católica fica dividida por 35 anos, haja vista que no império quem decidia as coisas era o imperador e este expulsou de seu território os cristãos católicos.
6° Concilio da Igreja:
Terceiro Concilio de Constantinopla - 680 d.C.
Surgi além dos monofísistas Que acreditavam somente na natureza divina de Jesus., outra corrente alastra a Igreja Católica chamada de monotelismo;.Jesus só era humano. As pessoas iletradas não sabendo o perigo dessas correntes aderiam a este fé encantadas com a forma com que os pregadores falavam e sua grande semelhança com o catolicismo. Os bispos após o concílio pregavam ainda com mais ardor sobre as duas naturezas contidas em Jesus a humana e a divina sendo estas inseparáveis.
7o Concílio da Igreja:
Segundo Concilio de Nicéia - 787 d.C. .
Este concílio é conhecido pela polémica iconoclasta, ou seja, pela quebra das imagens. Os imperadores não cristão começavam a subir aos tronos e estes logo cismaram numa política em seus impérios que as imagem era para ser tratadas como um a maldição e para desespero das igrejas estes imperadores decretavam a quebra das imagens. Contudo estes decretos acabaram não prosperando e aquilo que era ainda confusão na cabeça de alguns foi esclarecido a partir desse concilio. As imagens não se tratavam de objetos de adoração por isso e que se devir diferenciar o máximo possível o culto a Trindade chamado culto Latria e aos santos culto Dulia. Com essas duas fórmulas de cultos ficou claro para a igreja que o culto aos santos não se tratava de adorações.
8o Condito da Igreja:
Quarto Concílio de Constantinopla – 869 d.C.
Surgi no seio da Igreja um herege chamado Fócio que pregava a condenação dos padres não se casavam e a erronia ideia da Igreja de que o Espírito Santo procedia também do Filho. Com isso Fócio arrebanhou muitos padres da nossa Igreja levando a uma divisão na nossa igreja até hoje, ou seja, cristão católicos e aqueles que se separaram não obedecendo ao Papa chamados cristão ortodoxos, estes aprovaram a casamentos de padres e renunciaram o Fiíioque. Fócio foi elevado logo após a sua morte aos altares da Igreja Ortodoxa como santo.
9° Concílio da Igreja:
Primeiro Concílio de Latrão -1123 d.C
Somente depois de 253 anos é que os bispos voltaram a se reunir em Roma. Neste período a Igreja tornou-se brinquedo nas mãos dos bárbaros, chamada esta fase da igreja de "Idade das Trevas". A causa do concilio foi o combate dos bispos com relação a alguns padres que estavam se casando e outros vendendo objetos e patrimónios para riqueza própria. Foi formulada uma série de leis aos clérigos que por sua vez não assumidas seriam expulsos de suas funções dentro da Igreja.
10º Concilio da Igreja:
Segundo Concílio cie Latrão - 1139 d.C.
O motivo do concílio era a briga de duas famílias que após a morte do Papa cada uma escolheu seu próprio papa gerando confusão na Igreja. O concílio foi aberto pelo Papa Inocêncio e a questão eram os anti-papas. Os papas escolhidos pelas famílias não querendo aderir ao verdadeiro caminho foram excomungados e com eles os bispos que eles ordenaram como também os padres.
11° Concílio da igreja:
Terceiro Concilio de Latrão - 1179 d.C
Foram discutidos vários pontos neste concílio entre eles: a organização do colégio dos cardeais como os únicos a decidirem a escolha do Papa, afim de não acontecer o que aconteceu no segundo concilio de Latrão,a ordenação dos padres só após os 25 anos, e a excomunhão como forma ultima para a punição. Este concílio foi aberto pelo Papa Alexandre III.
12° Concílio da igreja:
Quarto Concílio de Latrão - 1215 dC.
Este concilio combateu algumas heresias existentes na época, tratou da questão Trindade, do sacerdócio e da eucaristia, entre os decretos estava a confissão anual dos fieis e o seu sigilo e a comunhão ao menos na páscoa do Senhor, como também a questão do matrimonio e algumas questões de conduta dos padres.
13° Concílio da Igreja:
Primeiro Concílio de Lyon - 1245 d.C.
O motivo da convocação do concílio foi o imperador Frederico, que criado pelo Papa Inocêncio III se revolta contra a Igreja sendo perseguidor da mesma, Com a ideia de tornar Roma sua capital foi excomungado e sua sentença foi aprovada pelo seu não comparecimento no concilio, a fim de rever suas atitudes gananciosas por poder.
14° Concílio da Igreja:
Segundo Concílio de Lyon - 1274 d.C.
O motivo agora deste concilio era as conquistas de reunificação dos gregos, problemas na Terra Santa e problemas no clero. Foi vista a questão do purgatório (estado de graça), eucaristia (pão ázimo, transubstanciação - transformação do pão em corpo de Cristo), foi decretado que outro matrimonio só podia ser contraído só após a morte do outro, como também a autoridade papal como a autoridade máxima da Igreja. O concílio foi aberto pelo Papa Gregório X.
15° Concílio da Igreja:
Primeiro Concílio de Vienne 1311 d.C.
A questão do concílio era de resolver os problemas de exércitos que insistiam em atacar a Igreja e de imperadores que queimavam ainda fieis católicos por obedecerem ao Papa. O Papa Bento XI convoca o concílio para resolver os problemas de relacionamento de Igreja x Império.
16° Concílio da Igreja:
Concílio de Constança - 1415 d.C.
A questão do concílio do Constança era o aparecimento de três papas. Este aparecimento era comum porque se um Papa não agradasse a um imperador consecutivamente ele reunia os cardeais de seu império e estes elegiam um novo papa do agrado do imperador. Contudo foi sobre a autoridade de João XXIII que não foi um papa escolhido pelos cardeais de Roma, mas que no final do com cílio veio a renunciar e fazer com que fosse escolhido pelos tais cardeais o novo Papa que concluísse o concilio e este foi Martinho V.
17° Concílio da Igreja:
Concílio de Florença - 1431 a 1445 d.C
A Igreja que já tinha total poder sobre o mundo precisava de uma sede e de uma organização institucional liberta do Império e dos males que este causou a mesma. Contudo foi neste concilio que o Papa Gregório XII escreve uma bula papal assim definida: "Em nome da Santíssima Trindade, nós, com o consentimento do Santo concílio de Florença, definimos, de certa forma, que a Santa Sede Apostólica e os Bispos de Roma tem a primazia ao longo do mundo, e que o bispo de Roma é o sucessor de Pedro delegado por Nosso Senhor para pastorear, reger e guiar toda a Igreja. Neste concilio as igrejas rrionofisistas em Florença se aproximaram do Papa e pediram a sua unificação com a Igreja Romana. Eles acabaram aceitando os decretos do concílio de Éfeso que condenava Nestório e seus ensinamentos".
18° Concílio da Igreja:
Quinto Concílio de Latrão - 1512 d.C.
Foi combatido neste concílio a questão da filosofia de Averróis que dizia que a alma humana era mortal, foi condenado o empréstimo de dinheiro , os livros pornográficos que começavam a surgir, colocando em risco a vida moral dos cristãos. Ficava por responsabilidade dos bispos censurar estes livros quando estes aparecessem em suas dioceses. Havia uma demanda ostensiva de bispos do concílio para reprimir a ordem dos Franciscanos Conventuais, uma vez que eles agiam quase independentemente dos bispos. Sem suprimir a Ordem, o concílio votou rígidas leis para sua conduta.
19° Concílio de Igreja:
Concílio de Trento
Diante dos escândalos da igreja surgia Martinho Lutero que denunciava os papas. Ele era protegido pelos príncipes alemães que encadeou a revolta protestante em 1517 (ruptura com a Igreja de Roma). A Inglaterra se afasta de Roma por causa do casamento de Henrique. O imperador Carlos queria a unificação dos Igrejas que surgia com os católicos mais foi um fracasso por causa do sacramento da eucaristia e penitencia.por causa da guerra alemã com a França é adiado a data do concilio para o dia 15 de agosto de 1545 pelo Papa Paulo III. O concílio deixa para o Papa o trabalho da nova tradução dos novos livros sacros.
20° Concílio da Igreja:
Primeiro Concílio Vaticano - 1869 d.C.
A causa era a fé da Igreja e a autoridade papal que estava sendo atacada, revisando a vida espiritual, matrimonio cristão, educação da juventude. Igreja x Estado... Afirmava a fé e a moral e a autoridade infalível do Papa. Após 300 anos do Concilio de Trento o Papa Pio IX abre o concílio para questões de revisões doutrinais.
21º Concílio da Igreja:
Segundo Concílio Vaticano – 1962 d.c.
Aberto por João XXIII, reformador da Igreja pede para o Espírito soprar sobre a poeira da Igreja e a renove. A visão deste concílio estava dirigida ao ecumenismo, pastoral e pobres. Não chegou a concluir o concílio devido a uma doença que o levou a morte, restando a seu sucessor Paulo VI a encerrar no dia 8 de dezembro de 1965 com 16 documentos que são uma verdadeira enciclopédia de nossa fé e a forma mais clara da Igreja em sua organização em toda a história. Foi um verdadeiro espetáculo.
Estes são os documentos para uma melhor organização da igreja, restando aos fieis se interessarem a lerem a fim de saberem qual a visão da Igreja hoje sobre os referentes assuntos:
1. Constituição Dogmática Lúmen Gentium, sobre a Igreja;
2. Constituição Dogmática Dei Verben, sobre a Sagrada Escritura (Revelação Divina);
3. Constituição Sacrosanctum Concilium, sobre a Sagrada Liturgia;
4. Constituição pastoral Gaudium et Spes, sobre a Igreja no mundo;
5. Decreto Christus Dominus, sobre o Múnus Pastoral dos bispos na Igreja;
6. Decreto Ad Gentes, sobre a atividade missionária da Igreja;
7. Decreto Unitatis Redintegratio, sobre o Ecumenismo;
8. Decreto Orientaíium Ecclesiarum, sobre as Igrejas Orientais Católicas;
9. Decreto Presbyterorutn Ordinis, sobre o Ministério e a Vida dos Presbíteros;
10. Decreto Optatam Totius, sobre a formação sacerdotal
11. Decreto Perfectae Caritatis, sobre a atuaíidade dos religiosos;
12. Decreto Apostolicam Actuosotatem, sobre o apostolado dos leigos;
13. Ddecreto Inter Mirífica, sobre os meios de comunicação social;
14. Declaração Dignitatis humanae, sobre a liberdade religiosa;
15. Declaração Nostra Aetate, sobre as relações da Igreja com as religiões não-cristãs;
16. Declaração Gravissimum Educationis, sobre a educação cristã.
FIQUEM NA PAZ DE DEUS!
SEMINARISTA SEVERINO DA SILVA.
FIQUEM NA PAZ DE DEUS!
SEMINARISTA SEVERINO DA SILVA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário