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DEUS EM SANTO AGOSTINHO


Deus em Santo Agostinho


A NOÇÃO DE “PESSOA” EM AGOSTINHO

Stº Agostinho utilizou a expressão “pessoa”, embora considerasse o termo inadequado, para referir-se às três pessoas da Santíssima Trindade. Todavia, o termo “três pessoas” é relativo em relação enquanto Pai, Filho e Dom = Espírito Santo, mas não são três deuses, nem três sábios, nem três luzes. Enfatizou que o plural em Deus vinha das relações, porém não definiu diretamente a pessoa, embora, para ele, o conceito de pessoa seja um absoluto.

A ALMA HUMANA EM SANTO AGOSTINHO

A alma humana esclarece Stº Agostinho, foi criada à imagem e semelhança de Deus, ou seja, da Trindade, mas o homem só chegará a ser à imagem de Deus enquanto a alma não só se conheça e ame a si mesma, senão a Deus, pois só se conhecendo a mente humana pode-se amar a si mesma. Ao associar a mente humana com o mistério da Trindade, Stº Agostinho quis penetrar na imagem divina que Deus imprimiu na alma humana, posto nela encontram-se as tríades memória/entendimento/vontade/ou mente/conhecimento/amor.

ALMA HUMANA = MEMÓRIA - VONTADE - CONHECIMENTO

Nesse contexto, desenvolveu-se a teologia da “processão” pela via intelectual, inerente à geração do Verbo. Essa processão, argumenta Stº Tomás, é segundo a semelhança, podendo ser chamada geração enquanto o generante gera a seu semelhante, no caso o Pai gera o Filho. Ao contrário da processão pela via da vontade, quando nesta há, antes, um impulso e um movimento para agir, caso da processão do Espírito Santo, o qual não é gerado, o que para Stº Agostinho este seria o amor unido à vontade. No entanto, Stº Tomás justifica que embora a processão do Espírito Santo esteja unida à do Verbo (Filho), são diferentes.


AS RELAÇÕES EM DEUS SEGUNDO AGOSTINHO

Para Stº Agostinho Deus é perfeito, não pode haver acidentes nele e tudo que se afirma dele tem de ser segundo a substância. Em que pesem tais argumentos, se do Pai e do Filho predicam-se coisas distintas, o Filho não pode ser o Pai posto que têm a mesma substância. No entanto, o bispo de Hipona justifica que nem tudo que se predica nele é segundo a substância, há, também, coisas que se predicam em relação com outro, isto é, Pai e Filho têm a mesma substância e não há neles mudança nem mutação. Contudo, há diferença de relação entre os dois, pois um é o Pai e o outro, o Filho, só existe o Pai por causa do Filho e vice-versa.

Em relação ao Espírito Santo, a exemplo de Hilário de Poitiers, Stº Agostinho o nomeia de “dom” dado pelo Pai ao Filho que, juntos, constituem o princípio da Terceira Pessoa da Trindade. É da geração do Filho e da processão do Espírito Santo que se origina as relações; da relação entre o Pai e o Filho constitui-se a processão do Espírito Santo, por que este é dom, procede de quem o dá. É dom e doável desde sempre, portanto, existia desde o princípio com o Pai e com o Filho e as relações intratrinitárias entre as pessoas são eternas e imutáveis, ou seja, não existe plural, os três são Deus, mas um só Deus, e não três deuses!

CONCLUSÃO

Assim, conclui-se que há distinção entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo em virtude das relações recíprocas, mas subsistem na unidade e no amor, pois cada pessoa é Deus inteiramente.

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