A celebração do mistério central da nossa fé,
A MISSA
É na celebração da missa que se perpetua a presença do Senhor, cumprindo desta forma o que ele diz nas escrituras: “E eis que eu estarei convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!” (Mt 28,20). É sob o véu do pão consagrado que o Senhor Jesus continua estar conosco; sendo alimento de força e coragem na nossa caminhada, presença real em cada celebração, quando se consagra o pão e o vinho.
A missa é o sacrifício da cruz que se perpetua. É o memorial da morte e ressurreição do Senhor que nos ordena, “Fazei isto em memória de mim” (Lc 22,19). É o sagrado banquete onde celebramos o mistério central da nossa fé. A verdade central é celebrada em cada missa. “a Eucaristia é por excelência ‘mistério da fé’, ‘É o resumo e a súmula da nossa fé’. A fé da Igreja é essencialmente fé eucarística e alimentar-se de modo particular, á mesa da Eucaristia” ( SACRAMENTUM CARITATIS P. 11), pois é o próprio Jesus que dá a nós, o seu corpo e o seu sangue; não é qualquer coisa ou simplesmente representação de algo, mas é o próprio Jesus, verdadeiramente, que por amor se doa na eucaristia. Através deste sacramento que é ato de amor, é nova e eterna aliança, que liberta definitivamente o homem do mal, o Deus trindade envolve a humanidade ou seja toca, manifesta-se.
E é a nossa participação na santa missa que nos evolve no mistério central de nossa fé, além de aperfeiçoa em nos a graça dada nos sacramentos que recebemos. Pela Eucaristia somos nutridos e fortificados para viver em nos o que cada sacramento significa, sendo fiel ao nosso chamado feito pelo Senhor.
Este grande mistério de nossa fé é celebrado, nas formas litúrgicas que a Igreja inspirada pelo Espírito Santo, desenvolveu há tempos. O que nos celebramos é o que acreditamos, há um sentido na organização da liturgia e na sua linguagem própria, que tem o objetivo de transmitir o essencial e fundamental de nossa fé: o mistério pascal. É preciso participar ativamente deste momento, e participar ativamente não se reduz simplesmente a realizar uma atividade litúrgica, mas é mergulhar no mistério e ter maior consciência dele e da nossa função dentro da celebração, e da relação da missa com a vida cotidiana, oferecendo-a em união com o sacrifício de Cristo pela salvação do mundo inteiro. Por isso, há uma grande preocupação em uma ortodoxia no cumprimento das regras litúrgicas, que não tem só o objetivo de corrigir os erros, ou de limitar a criatividade e a inculturação, mas que busca preservar o essencial da fé que deve ser comunicado pela liturgia e celebrado na fé. Não devemos nos restringir a só cumprir bem as leis litúrgicas, devemos com a ajuda do presidente da celebração experimentar o que significam o rito e as coisas sagradas presentes na celebração. A missa é, pois, a ação comunitária diversificada em funções, onde recebemos o próprio Jesus, verdadeiro Deus presente na Eucaristia, e os ritos devem nos ajudar a participar ativamente e consciente. E em seguida devemos viver este rito no dia a dia, pois o Encontro com o Senhor Jesus na Eucaristia deve ser proclamado a todos, o amor que celebramos não pode ser reservado a nos mesmos, devemos dar testemunho com a nossa vida, através de nossas palavras e modo de ser, é outro agora que aparece, como diz o apóstolo: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20). Portanto os cristãos devem ofertar junto a páscoa do Senhor suas vidas; sendo mártires que manifestam o amor de Deus, levando Cristo que não é uma idéia, mas é uma pessoa: Deus e Homem, único Salvador e caminho para Deus. A Eucaristia nos impulsiona a ser “pão repartido” na humanidade em busca de um mundo, mas justo e fraterno, unindo-se a Jesus. E este alimento da verdade nos leva a denunciar as situações indignas em que o homem se encontra, causadas pela injustiça, exploração; dando-nos coragem para construção da civilização do amor, na medida em que traduzimos na vida o que celebramos na santa MISSA.
A este grandíssimo sacramento, devemos nos curvar com fé e adoração, devendo a este a reverência devida através dos sinais que expressam uma fé madura e consciente e não um pieguismo intimista e subjetivista em relação a Jesus, buscando mais um divertimento religioso ou um sentimentalismo religioso, do que celebrar a fé em Jesus de Nazaré. Pois quem busca apenas um divertimento religioso diante de Jesus tenta limitar este mistério ilimitado a seu ponto de vista, e não vê Jesus apartir das Escrituras e da fé transmitida pela Igreja, a qual Jesus deu a ordem pra dar continuidade a celebração deste mistério na quinta feira Santa.
Grande mistério, que por nos católicos apostólicos, acreditado e centro de nossa fé, celebrado com toda a honra, que não dá espaço para que nas nossas celebrações não celebremos o que não acreditamos ou não faz parte da nossa fé. Não se deve celebrar um rito particular, mas o culto público da Igreja. A fé da Igreja confiada por Jesus aos seus apóstolos: mistério da Fé!
Referência:
Bíblia de Jerusalém - Nova edição revista e ampliada;
A LITURGIA ROMAMA E A INCULTURAÇÃO – Congregação para o culto Divino;
INTRUÇÃO SOBRE O CULTO DO MISTÉRIO EUCARISTICO – Sagrada congregação dos Ritos;
INTRUÇÃO REDEMPTIONIS SACRAMENTUM – Congregação para o culto divino e a disciplina dos sacramentos;
Exortação Apostólica Pós-sinodal SACRAMENTUM CARITATIS – Do Sumo PONTÍFICE Bento XVI.
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