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A GRAÇA DIVINA EM JESUS CRISTO


A messiânidade do filho encarnado mostra até onde pode ir a generosidade divina, isto é, até a ponto de dar o seu próprio Filho ( Rm 8:32). A fonte desse gesto soberano revela ternura, fidelidade e misericórdia pelo qual Deus se define no Novo Testamento, de graça “charis”. O augúrio da graça de Deus introduz quase todas as cartas apostólicas e mostra que, para os cristãos, ele é o Dom de Deus por excelência. Jesus resume toda a ação de Deus e tudo aquilo que pode augurar a nossos irmãos. Na pessoa de Cristo veio-nos a graça e a verdade (Jo1:17), e vimos a sua gloria (Jo 1:14), e com isso temos conhecido a Deus através do seu único Filho (Jo 1:18).

Assim como temos conhecido que “Deus é amor ” ( 1 Jo 4:8) ao ver Jesus Cristo conhecemos que a sua ação é graça (Tt 2.1:3-4). Para a igreja Jesus é o Dom supremo do Pai (Mt 21:37), entregue por nós (Mt 26:28) como afirma Espeja: “Jesus de Nazaré não é só manifestação singular de Deus na História. “É também a realização da humanidade, não se trata porém de duas grandezas separadas, mas estão bem unidas e complementares num diálogo “admirável” intercâmbio de salvação no encontro livre e responsável do ser humano, com o verdadeiro Deus consiste a espiritualidade; e sua peculiaridade “cristã” se caracteriza pelo encontro realizado em Jesus Cristo”.

Colin Brown entende de maneira amplamente justificada a tradução bondade, bem-querer, favor, benevolência. Segundo Bauer, no NT graça é um conceito totalmente “soteriológico”. O plano de Deus feito antes de todos os tempos se tornou manifesto na pessoa de Cristo ( 2 Tm 1:9). Podemos dizer em última analise, “que quando se fala de graça de Deus se fala em Cristo” (2 Tm 2:1), “na graça que há em Cristo Jesus”.(Rm 5:15) “muito mais a graça de Deus e o Dom pela graça que é de um homem , Jesus Cristo abundou para muitos”. A graça veio através dele, “a graça e a verdade, vieram por meio de Jesus Cristo” (1 Jo1:17), que alcança os seres humanos.

Esta inclinação gratuita se efetua conforme a condição livre do ser humano; as parábolas do semeador, das dez virgens prudentes, e dos talentos manifestam claramente que a salvação ou reinado de Deus só advém quando as pessoas se comprometem e agem para participar do projeto divino. Mas Jesus de Nazaré não apenas traz a boa-nova; chega o reinado de Deus. Em sua conduta histórica se caracteriza e se faz verdade a essa vinda. É o Deus que se faz presente abrindo o futuro, onde aparece que não há saída. E é também a humanidade que por fim, se realiza conforme sua profunda intencionalidade, segundo projeto do Criador. O próprio Deus se manifestou “na carne” que sua plena humanização .É o encontro a que chamamos de espiritualidade “cristã”. A graça de Deus em Jesus Cristo não trata de algo unicamente metafísico, transcendente ou espiritual. Ela assume dimensões concretas na pessoa de Cristo, fazendo com que esse agir de Deus em Cristo, seja evidenciado de uma maneira visível. Esta vontade salvívica de Deus não é uma conceito abstrato. A graça de Deus em Cristo age na história concreta dos seres humanos.

Por fim, a categoria cristólogica ou de encarnação; graça não é algo somente interior. Ela fez história no Filho, Jesus Cristo. Portanto a carne, a história humana, a vida dos homens são espaço em que acontece a salvação, e é o homem – carne e espírito – que é chamado, porque a graça acontece na história concreta dos seres humanos, tal como Cristo o anunciou e tornou-se presente em sua vida histórica. É Cristo que batiza e perdoa e consagra. A graça é, por conseguinte, Dom para o homem que tem em mira a ressurreição da carne e o dinamismo, já que a vida e a história pertencem o movimento, o próprio Deus se acha implicado em Cristo e continua agora implicando.

FIQUEM NA PAZ DE DEUS!
SEMINARISTA SEVERINO DA SILVA.

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