ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES
“A vocação ao serviço da
Igreja-comunhão”
PRESIDENTE - Sinal da Cruz
Hoje é uma bela ocasião para nos colocar diante da importância das
vocações na vida e na missão da Igreja e para intensificarmos nossas orações
para seu crescimento em número e em qualidade. Por ocasião desse evento gostaria de
chamar atenção de todo o Povo de Deus para um tema cada vez mais urgente: a
vocação ao serviço da Igreja-comunhão.
COMENTARISTA - A primeira comunidade cristã
foi originariamente construída quando alguns pescadores da Galiléia, após seu
encontro com Jesus, foram tocados pelo seu olhar e pela sua voz, aceitando, em
seguida, o seu urgente convite: “Sigam-me, e eu farei vocês se tornarem
pescadores de homens” (Mc 1,17; cf. Mt 4,19). Na verdade, Deus sempre tem
escolhido certas pessoas para trabalhar com Ele, de um modo mais direto, para
executar seu plano de salvação. O Antigo Testamento mostra como no início Deus
chamou Abraão para tornar-se “uma grande nação” (Gn 12,2); depois, chamou
Moisés para levar os filhos de Israel fora do Egito (cf. Ex 3,10). Deus
escolheu outras pessoas, especialmente os profetas, para defender e manter viva
a aliança com seu povo. No Novo Testamento Jesus, o Messias prometido, convidou
cada um dos apóstolos para ficar ao seu lado (cf. Mc 3,14) e envolver-se na sua
missão. Por ocasião da Última Ceia, quando lhes confiou a missão de perpetuar a
lembrança de sua morte e ressurreição até a sua vinda gloriosa no fim dos
tempos, dirigiu-se ao Pai e orou a conhecida oração: “E eu tornei o teu nome
conhecido para eles. E continuarei a torná-lo conhecido, para que o amor com
que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles” (Jo 17,26). A missão da
Igreja, portanto, baseia-se na comunhão íntima e fiel com Deus.
Seduziste-me
“Depois de comerem, Jesus
perguntou a Simão Pedro Simão Filho de João, Você me ama mais do que estes
outros?” (Jô 21,15). Façamos nosso
este testemunho e compromisso de vida do apóstolo Paulo. Entreguemo-nos ‘a
força do amor de Deus missão que ele nos confiou.
Seduziste-me,
Senhor,
E,
eu me deixei seduzir;
Numa
luta desigual,
Dominaste-me,
Senhor,
E
foi tua a Vitória.
- Vantagens e honras são perda
para min,
Diante do conhecimento deste bem
supremo
Que é Cristo, meu Senhor.
- Para conhecê-lo fui longe, me
perdi.
Agora que o encontrei,
Não quero mais deixa-lo.
- Quero conhece-lo ainda mais
E a força da sua ressurreição.
Sei que conhece-lo é sofrer com
ele,
Mas a vida é mais forte.
Silêncio
COMENTARISTA - A Eucaristia é a fonte da
unidade eclesial pela qual Jesus rezou antes de sua Paixão: “Pai... para que
todos sejam um [...] a fim de que o mundo acredite que tu me enviaste” (Jo
17,21). Essa intensa comunhão favorece o surgimento de generosas vocações para
o serviço da Igreja: o coração daquele que crê, cheio de amor divino, fica
incentivado para dedicar-se totalmente pela causa do Reino. Para que as
vocações sejam incentivadas é importante organizar um trabalho pastoral direcionado
precisamente ao mistério da Igreja-comunhão. De fato, quem vive na comunidade
eclesial caracterizada pela harmonia, pela co-responsabilidade acolhedora,
facilmente aprende a discernir o chamado do Senhor. O cuidado das vocações,
portanto, necessita de uma constante “educação” para ouvir a voz de Deus, como
Eli fez quando ajudou o pequeno Samuel a compreender o que Deus estava lhe
pedindo fazer e a executar imediatamente a ordem dada (cf. 1Sm 3,9). É óbvio
que o dócil e atencioso escutar pode acontecer apenas num clima de íntima
comunhão com Deus. Realiza-se isso principalmente na oração. De acordo com a
ordem explícita do Senhor imploramos o dom das vocações, em primeiro lugar,
pela oração incansável e em comunidade, ao “Senhor da messe”. O convite está no
plural: “Por isso, peçam ao dono da colheita que mande trabalhadores para a
colheita” (Mt 9,38). O convite do Senhor corresponde exatamente com o estilo do
“Pai Nosso” (Mt 6,9), a oração que nos ensinou e que constitui como “a síntese
de todo o Evangelho”, na opinião da expressão conhecida de Tertuliano (cf. De
Oratione, 1,6: CCL I, 258). Uma outra expressão de Jesus é, nesse
contexto, extremamente iluminadora: “Se dois de vocês na terra estiverem de
acordo sobre qualquer coisa que queiram pedir, isso lhes será concedido por meu
Pai que está no céu” (Mt 18,19). O Bom Pastor nos convida, portanto, a rezar ao
Pai celestial, unidos e perseverantes, para que mande vocações a serviço da
Igreja-comunidade.
Silêncio
PRESIDENTE - Finalmente, voltemo-nos a
Maria, que deu apoio à primeira comunidade onde “todos tinham os mesmos
sentimentos e eram assíduos na oração” (At 1,14), para que Ela ajude a Igreja a
ser um ícone da Santíssima Trindade no mundo de hoje, um sinal eloqüente do
amor divino para todas as pessoas. Que a Virgem Maria, a qual respondeu
imediatamente ao chamado do Pai, dizendo “Eis a escrava do Senhor” (Lc 1,38),
interceda para que no seio do povo cristão não faltem servos do amor divino, ou
seja, sacerdotes que, em comunhão com seus bispos, anunciem fielmente o
Evangelho e celebrem os sacramentos, cuidem do Povo de Deus e estejam
preparados para anunciar o Evangelho a todas as pessoas. Que Ela ajude para que
em nossos dias cresça o número de pessoas consagradas, que vão contra a
correnteza, vivendo os conselhos evangélicos da pobreza, castidade e
obediência, dando profeticamente testemunho de Cristo e de sua mensagem
libertadora de salvação.
Maginificat: Cântico de Maria
Com Maria, serva do Senhor e figura da Igreja, cantemos as
maravilhas que o Senhor fez por nós por meio de Jesus Cristo, e façamos nosso o
projeto de Deus.
O Senhor fez em mim maravilhas,
Santo é seu nome (2x).
A minh’alma
engrandece o Senhor
E se alegrou
o meu espírito em Deus, meu Salvador,
Pois, ele
viu a pequenez de sua serva,
Desde agora
as gerações hão de chama-me de bendita
O Poderoso
fez em mim maravilhas,
E santo é o
seu nome!
Seu amor, de
geração em geração,
Chega a
todos que o respeitam.
Demonstrou o
poder de seu braço,
Dispersou os
orgulhosos.
Derrubou os
poderoso d deus tronos,
E os
humildes exaltou.
De bens
saciou os famintos
E despediu,
sem nada os ricos.
Acolheu a
Israel, seu servidor,
Fiel ao seu
amor,
Como havia
prometido aos nossos pais,
Em favor de
Abraão e de seu filhos para sempre.
Glória ao
Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,
Como era no
princípio, agora e sempre. Amém.
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