A Igreja-comunidade é um lugar especial em nosso bairro. Ela pode ser simples, mas tem uma história de luta, de testemunho de muitos cristãos que levaram sua fé a sério. Como a igreja do bairro foi se transformando pouco a pouco em seu tamanho e aparência externa de edifício com torres, pinturas e bancos, assim a fé e o testemunho dos cristãos da comunidade também foram crescendo como o fermento na massa.
É muito interessante a gente se dar conta de que a Igreja somos nós. A Igreja é casa que acolhe, onde encontramos um lugar de oração e encontro com Deus. Ela é muito mais do que aparece externamente. Ali a graça de Deus se manifesta em plenitude. O que enxergamos com nossos olhos indica a grandeza do que nos é comunicado em nosso coração. Não estamos ali unicamente por obrigação ou dever; muito mais que isso. A comunidade reunida já é sacramento da presença do Senhor que se manifesta: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles” (Mateus 18, 20).
A comunidade é o lugar que nos reunimos como família de Deus na casa do Pai. É verdade que humanamente nossa Igreja tem muitas deficiências. Vivemos na terra, somos pessoas cheias de acertos e erros. Igualmente, a estrutura paroquial pouco favorece a organização do povo na cidade.
“A Igreja, reunindo em seu próprio seio os pecadores, ao mesmo tempo santa e sempre necessitada de purificar-se, busca sem cessar a penitência e a renovação. Todos os membros da Igreja, inclusive seus ministros, devem reconhecer-se pecadores. Em todos eles o joio do pecado continua ainda mesclado ao trigo do Evangelho até o fim dos tempos. A Igreja reúne, portanto, pecadores alcançados pela salvação de Cristo, mas ainda em via de santificação.
O que deve ficar bem claro para os batizados é que nos reunimos em comunidade por vocação. Deus nos chama e nos convoca para uma assembléia de aliança. Qualquer outro motivo fora desse não fica bem, até se inconscientemente quisermos nos servir da comunidade para nos projetar socialmente. Apesar de precisarmos crescer como comunidade que acolhe e valoriza seus membros, não vamos até ali, necessariamente, em razão desta ou daquela pessoa. Anterior a todos os elementos externos, mantém-se o chamado primeiro do Senhor que nos convoca para sua casa.
Todos os que trabalham na comunidade o fazem por uma consciência de fé, voluntariamente, sem recompensas financeiras. Sentem o chamado do Senhor e evangelizam porque é grande a alegria de viver segundo o Evangelho (por exemplo, os/as catequistas que se dedicam ao anúncio explícito da Palavra). Neles, encontramos muita generosidade e entrega, pois dedicam seu tempo e saber para o crescimento da comunidade. Igualmente, os ministros, os legionários, os vicentinos etc.
Fonte: Batismo de crianças – livro dos pais e padrinhos – núcleo de catequese Paulinas – Nucap – Editora Paulinas – 2ª edição – São Paulo – Brasil (Coleção água e espírito).
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