Muitos cristãos encontram sentido de sua fé participando das pastorais da comunidade paroquial ou praticando o voluntariado em alguma ONG. Há atividades mais tradicionais e não menos necessárias, como os vicentinos e o grupo da Legião de Maria, que prestam serviços aos doentes e pobres. Há também grupos com maior participação social e política, como as pastorais sociais (da mulher marginalizada, do menor, da criança etc.) e os conselhos de direitos, associações de moradores etc. Atendem à necessidade de muitos cristãos que passam por graves dificuldades. Elas colaboram para conscientizar a comunidade de fé e a sociedade sobre a situação de injustiça e de pecado a que diariamente são submetidos nossos irmãos.
Mesmo não sendo fácil de se organizar numa sociedade urbana com horários e necessidades tão diferentes, a Igreja propõe a associação de famílias para rezar juntas, formar grupos de reflexão e partilha da Palavra confrontada com a vida, com o objetivo do intercâmbio mútuo de presença e ajuda entre as famílias. Esses grupos acabam promovendo uma abertura para outras famílias, para a Igreja e para a sociedade.
Todos somos convidados a assumir uma postura madura, consciente e responsável diante da fé. Não podemos ignorar que nossa colaboração é básica e fundamental para irmos ao encontro da comunidade que sonhamos. A Boa-Nova nos leva ao testemunho e ao anúncio de tudo o que Deus realizou por nós. Pedro e João nos alertam de que “é certo que não podemos calar o que vimos e ouvimos” (Atos 4, 20). Ser Igreja hoje significa que temos fé e procuramos viver em conformidade a ela. Nesse caso, a Igreja não é somente o padre ou a hierarquia, e menos ainda seus templos de pedra. Por isso, os batizados deverão atuar com valentia na edificação da comunidade e na caridade social: “Vós, como pedras vivas, formai um edifício espiritual, um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo” (1 Pedro 2, 5).
Deus fez brilhar a glória de sua divindade no meio de seu povo. Mais do que nos escandalizarmos com nossos pecados como de fé, fiquemos atentos ao mistério de graça, de reconciliação e de amor que o Pai derrama por seu Espírito, que ultrapassa grandemente os limites de toda comunidade.
Fonte: Batismo de crianças – livro dos pais e padrinhos – núcleo de catequese Paulinas – Nucap – Editora Paulinas – 2ª edição – São Paulo – Brasil (Coleção água e espírito).
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