DOMINGO DE RAMOS E DA
PAIXÃO DO SENHOR
COMEMORAÇÃO DA ENTRADA DO SENHOR EM JERUSALÉM
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BÊNÇÃO E PROCISSÃO DOS RAMOS
ü Comentário inicial
C – Iniciamos hoje a semana santa, recordando a entrada de Cristo em
Jerusalém para celebrar a sua páscoa. Como o povo da antiga aliança, que
durante a festa das tendas levava ramos nas mãos, significando a esperança messiânica, renovamos hoje nossa
adesão ao Cristo, Senhor da história. Escutando e participando da liturgia da
paixão do Senhor, deixamos que
o mistério pascal da paixão, morte e ressurreição de Jesus se realize em
nossa vida. Cantemos com alegria.
ü Canto inicial
ü Sinal da
Cruz
ü Acolhida presidencial
ü Exortação
P – Irmãos e irmãs durante as
cinco semanas da quaresma, preparamos os nossos corações pela oração, pela
penitência e pela caridade. Hoje, aqui
nos reunimos e vamos iniciar, em comunhão com as comunidades cristãs do mundo
inteiro, a celebração da páscoa do Senhor. Para realizar o mistério de sua
morte e ressurreição, Cristo entrou em Jerusalém sua cidade. Celebrando com fé
e piedade a memória desta entrada, sigamos os passos de nosso Salvador para
que, associados pela graça à sua cruz, participemos também de sua ressurreição
e de sua vida.
ü Bênção
dos Ramos
P – Oremos.
Deus eterno e todo-poderoso, abençoai X estes ramos, para que, seguindo
com alegria o Cristo, nosso Rei, cheguemos por ele à eterna Jerusalém. Por
Cristo, nosso Senhor. Amém.
O
sacerdote, sem nada dizer, asperge os ramos com água benta.
ü Evangelho: Marcos 11,1-10
C – Prestemos atenção no final do evangelho que ouviremos. Ali se
dirá: “Bendito seja o Reino que vem”. Jesus entra na cidade para ali instalar
um novo Reino e nós, além de aclamar Jesus com nossos ramos, somos aqueles que
nos comprometemos instalar dentro da nossa cidade o Reino que Jesus traz
consigo.
ü Convite à procissão
P – Meus irmãos e irmãs, a exemplo do povo que aclamou Jesus,
comecemos com alegria a nossa procissão.
ü Procissão
ü Aclamações durante a procissão de ramos
D1 – Uma das maiores conquistas da
humanidade foi a possibilidade de se viver muitos anos. Hoje, com os cuidados
médicos, remédios e o avanço da medicina, temos condições de uma vida mais
longa e alcançar a velhice de modo saudável. Vamos louvar a Deus por isso.
T - Cantando: “Hosana, hey, hosana, há...”
D2 – Agradeçamos a Deus pelo bem que
ele nos concede pelo empenho de tantos cientistas. Mas também queremos nos
comprometer fazendo o possível para que os idosos vivam felizes em nossas
famílias e em nossa comunidade. Quem estiver de acordo com este compromisso,
levante seu ramo e aclame o Senhor dizendo: “Hosana ao Filho de Davi”.
T – “Hosana ao Filho de Davi!”
ü Chegada da procissão
ü Convite
para a oração do dia
P – Rezemos em silêncio para que a Paixão de Jesus nos ensine a ser
fiéis e obedientes ao Pai. (pausa silenciosa)
ü Oração
do dia
·
LITURGIA DA PALAVRA
ü 1a
Leitura: Isaías 50, 4-7
C – Escutando o terceiro canto do servo sofredor, procuremos
contemplar a figura de Jesus que se entrega por nós.
ü Salmo
Responsorial 22(21)
C – Com esta súplica de uma
pessoa num momento de intenso sofrimento e abandono, retomada por Jesus no
momento angustiante de sua cruz, entreguemos
ao Pai a nossa vida e a vida de tantos irmãos que passam pelo vale da morte.
ü Leitura da Paixão do Senhor:
Marcos 14,1–15,47
C – A missão de Cristo chega
ao seu cume. Enfim ele é conhecido como Filho de Deus, como o Salvador da
humanidade, ponto central do evangelho de Marcos. De pé aclamemos o
Evangelho.
ü Aclamação
ao evangelho
ü Leitura
da Paixão do Senhor
ü Homilia
ü Profissão
de fé
ü Oração
dos fiéis
P
– Supliquemos ao Pai para que a
paixão de Cristo nos recorde sou maior prova de amor por nós. E a exemplo dele
sejamos também doadores de vida para a humanidade.
- Rezemos por todos nós que louvamos Jesus Cristo neste Domingo de
Ramos. Que o rito da procissão transforme-se em atitude de vida e compromisso
com o evangelho na cidade onde moramos.
Bendito seja aquele que vem!
- Rezemos pelos que trabalham em favor da justiça e da dignidade
da vida dos mais indefesos, de modo especial dos idosos. Que não tenham medo
das agressões e ridicularizações que são alvos.
Bendito seja aquele que vem!
- Rezemos pelos que sofrem e vivem a experiência do desânimo e da
desesperança. Que a graça divina lhes seja próxima e possam sentir a bondade da
acolhida divina em suas vidas.
Bendito seja aquele que vem!
- Rezemos pela Igreja, pelo Papa, bispos e padres, pastores da
Igreja na condução do rebanho de Cristo. Que seu exemplo de vida seja uma
pregação viva, a exemplo da oblação de Cristo na cruz.
Bendito seja aquele que vem!
- Rezemos pela paz e pela concórdia no mundo interiro. Que os
méritos da Paixão de Cristo alcance a paz, a concórdia e a justiça em favor dos
menos favorecidos.
Bendito seja aquele que vem!
- Rezemos pela nossa comunidade e por toda a Igreja que inicia
hoje a Semana Santa. Que as celebrações pascais desta Semana Santa sejam plenas
de frutos espirituais e façam crescer sempre mais o amor cristão no mundo.
Bendito seja aquele que vem!
P – Pai misericordioso não nos fecheis o
vosso coração paterno. Ajudai-nos a ouvir sempre o grito do vosso povo sofredor
e a com partilhar com eles a paixão e a
ressurreição. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
·
LITURGIA SACRAMENTAL
ü Canto das Oferendas
ü Oração sobre as oferendas
ü Monição
para a oração eucarística
C – Ouvimos, na Palavra deste domingo Jesus entrando na cidade para
se oferecer pela nossa salvação. Agora, sob os sinais do pão e do vinho, ele
continua a oferecer-se por nós e pela nossa salvação. Por este grande amor, façamos
um grande e respeitoso silêncio e agradeçamos a graça de poder participar deste
mistério.
ü Prefácio
– A paixão do Senhor
ü Santo
ü Oração
eucarística II
ü Monição para a Oração do Senhor
P – Em comunhão com toda a Igreja, elevemos uma vez mais nossa voz
aos céus, para que o sangue que Cristo derramou na cruz por nós se transforme
em fonte de vida. Pai nosso...
ü Pai
nosso
ü Abraço
da paz
ü Monição antes da fração do pão
P – O rito que vamos realizar neste momento chama-se fração do pão. O
gesto significa a entrega total de Jesus Cristo ao Pai, em nosso favor, no
momento da cruz. Significa a partilha de vida, que acontece no momento da
comunhão. Ele é o Cordeiro Pascal que nos salva e nos liberta. Aclamemos com
nosso canto a Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que entrega sua vida por nós e
pela nossa salvação.
T
– Cordeiro de
Deus, que tirais o pecado do mundo....
ü Convite para a comunhão
P
– Feliz é
quem participa desta Eucaristia porque é convidado a comungar a vida e o
projeto de Deus com Jesus Cristo. Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo.
ü Canto de comunhão
ü Agradecimento
ü Oração
depois da comunhão
·
RITOS FINAIS
ü Aviso
ü Bênção final – Paixão do Senhor
ü Despedida
Sejam fiéis ao projeto do Pai,
como foi Cristo.
Ide em paz, e o Senhor vos acompanhe.
ü Canto final
QUE VALORIZAR NESTA CELEBRAÇÃO
ü Espaço celebrativo
Os encarregados de compor
o espaço celebrativo de sua equipe de celebração deverão ter em conta o número
de pessoas que, nestas ocasiões, sempre é maior. Por isso, tenha-se o cuidado
para que a ornamentação seja simples e não impeça a funcionalidade do espaço.
De acordo com
nosso contexto celebrativo e, de modo especial, com nossa caminhada quaresmal,
a celebração centrada na Aliança e na parceria neste projeto, uma boa idéia
seria expor dois sinais da aliança que Deus realizou com o povo da Antiga
Aliança: o arco íris e as tábuas da lei. Entre estes sinais, está a cruz de
Cristo, devidamente ornada e centralizada, indicando que ali está o sinal da
nova e eterna aliança entre Deus e a humanidade.
Ramos e
folhagens, postos em vários locais da igreja, darão o toque da aclamação que
caracteriza a primeira parte das celebrações deste domingo. Não sugerimos
flores, para manter o domingo da sobriedade que a Liturgia da Palavra
caracteriza a missa e, igualmente, para que estas sejam usadas na 5a
feira santa e, de modo mais abundante, no Sábado Santo e no Domingo de Páscoa.
ü Equipe de acolhida
A equipe de acolhida terá
trabalho dobrado neste domingo, principalmente nas celebrações com procissões.
É preciso que a equipe de acolhida esteja a par de como se procederá na
procissão e da chegada da mesma, para reservar lugares para os idosos e doentes
e, para orientar onde os celebrantes deverão se colocar.
ü Procissão de ramos
As normas litúrgicas
convidam a comunidade a realizar uma procissão de ramos na missa de maior
afluência do povo. Que seja uma verdadeira procissão, um cortejo que demonstre
uma caminhada do local da bênção até onde será celebrada a eucaristia. Este é,
aliás, o sentido desta procissão: Jesus que entra na cidade e lá, durante a
eucaristia, renova o compromisso de aliança
com o povo e para o bem do povo. Por isso, enquanto se passa pela
“cidade” (ruas da comunidade) é interessante olhar onde o projeto de Deus ainda
é cruz e precisa tornar-se ressurreição.
Neste
ano de 2003, os bispos nos orientaram a refletir sobre o idoso. Dores e cruzes
se fazem presentes em nossas comunidades. Contudo, uma vez que se trata de um
rito alegre e acolhedor, nossa sugestão é valorizar o que existe de bom na
sociedade em favor do idoso e, por isso, render graças a Deus. É preciso ter o
cuidado para não sermos cristãos só de críticas e apontadores de defeitos, mas
cristãos que reconhecem os sinais do Reino entre nós e, por isso, “hosanamos” o
Senhor.
Anotações
práticas
A procissão poderá ser organizada
com duas paradas, nas quais apresenta-se
um compromisso de vida em favor dos idosos. Isto poderá ser feito com
uma canção, uma breve encenação ou um esclarecimento da parte do padre Os
celebrantes são convidados a aclamar aquele sinal do reino com algum gesto,
como por exemplo, acenando as palmas e uma canção, que tenha a ver com a
proposta, enquanto a procissão segue em frente.
ü Chegada da procissão
Na chegada da procissão, de
acordo com uma antiga tradição litúrgica, as portas do local onde será
celebrada a eucaristia, estão fechadas. O padre coloca-se diante da porta
principal e canta o Sl 23, só as
estrofes 5 e 6. Com o refrão próprio para o domingo de ramos. Depois, abrem-se as portas e a procissão
entra na igreja, onde é recebida pelos músicos com um canto de louvor e
alegria, saudando Jesus Cristo.
ü Liturgia da Palavra
Anotações
práticas
Note-se que não se faz,
propriamente falando, a proclamação do evangelho, mas a leitura da Paixão. É este o motivo pelo qual, não se faz a saudação ao povo do “O Senhor
esteja convosco” e nem o anúncio da proclamação do evangelho. Também não se
incensa o evangeliário e, nem mesmo, se beija o evangeliário após a leitura da
Paixão.
Por motivos “comunicativos”, é
conveniente que a Leitura da Paixão seja dividida entre várias pessoas,
reservando-se a parte de Jesus Cristo a quem preside.
(proposta de homilia)
Anotações
práticas
A proposta de homilia é breve,
pois estamos considerando a celebração como um todo e, na totalidade dos ritos
propostas já existem muitas mensagens e, até mesmo pequenas reflexões, como as
que irão acontecer durante a procissão.
1 – Duas faces da mesma fé
Estamos vivendo uma experiência profunda nesta celebração. Dada a
situação mundial, com guerras e ameaças de conflitos que afetam a vida de cada
um de nós, é fácil perceber duas faces da mesma fé na Liturgia deste domingo. A
fé em Cristo é única, mas hoje ela se mostra em duas situações distintas: a
manifestação da fé pela louvação e, a manifestação da fé na dureza do
sofrimento, a ponto de deixar nossa esperança por um fio, como cantamos no
salmo responsorial, diante da sensação do abandono de Deus. Iniciamos a
celebração com uma demonstração de fé alegre, digamos assim: cantar, louvar,
aclamar Jesus como rei e Senhor. Isso é bom, bonito e importante porque
participamos da glorificação que Jesus recebeu do Pai, como dizia a 2a
leitura. Mas existe a outra parte que, neste momento histórico nos leva a
considerar-se urgente. O drama de Deus para salvar a humanidade torna-se nosso.
Somos convidados, uma vez mais, a nos tornar parceiros de Deus para que o mundo
viva os valores do Reino. Quando nos fazemos parceiros de Deus, como refletimos
durante a Quaresma, somos convidados, muitas vezes, a mostrar a cara para
defender nossa posição de cristãos... é quando corremos o risco de ter que
oferecer nosso rosto para bofetadas e abri os ouvidos para ouvir desaforos,
como dizia a 1a leitura. E isso, sejamos sinceros, assusta.
2 – Um empenho arriscado demais para muitos
Quando analisamos o compromisso de vida que vem da celebração da
Páscoa de Jesus Cristo, de modo especial do drama de Deus para salvar a humanidade,
podemos diferenciar três atitudes de cristãos. Há os indiferentes, que nunca
assumem nada com Jesus Cristo, apesar de terem sido batizados. Há os que
demonstram a fé com canções e gritos de hosanas, mas param por ai; e, há os que
assumem o projeto de Deus a exemplo de Jesus. Estes, sabemos por experiência,
são poucos, porque é difícil assumir uma postura cristã de fidelidade à fé,
especialmente quando essa contrasta modelos de vida descompromissados da
sociedade. A celebração nos faz compreender esta realidade do compromisso da
fé: há os que entram na festa, mas não se comprometem com o projeto do Reino. A
grande parte não se torna parceiro de aliança com Deus e por isso, não faz seu
o projeto do Reino. A triste realidade é que a grande maioria dos cristãos
gosta de olhar para Cristo, mas não quer assumir com Cristo um projeto de vida
para o bem dos irmãos. Muitos cantam “hosanas” e acenam com ramos, mas poucos
se empenham em favor do projeto de Deus, como fez Jesus Cristo. É uma realidade
que precisamos mudar, olhando para a cruz de Cristo e para a cruz de milhares
de irmãos e irmãs sofredores.
3 – Duas cruzes são colocadas diante de nós
Sim, nós cristãos estamos diante de duas cruzes: a cruz de Cristo
e a cruz da humanidade. A cruz da humanidade crucifica milhares e milhares de
pessoas de uma forma ou de outra com sofrimentos que não precisariam existir.
Na prática, é sempre a mesma cruz de Cristo, porque, o que se faz ao menor dos
seus irmãos é a Cristo que se faz. Aqueles tantos irmãos e irmãs que as
injustiças pregam na cruz em nossos dias são a manifestação viva de servos
sofredores, que falava a 1a leitura, multiplicados entre nós. Isso é
um escândalo. Foi escandaloso para os discípulos ouvir Jesus anunciando sua
morte de cruz; foi escandaloso para os amigos de Jesus vê-lo pregado na cruz.
Assim deverá ser escandaloso para um cristão ver tantos homens e mulheres, de
todas as idades sendo crucificados por injustiças e pela falta de sensibilidade
humana. Hoje, a Liturgia nos ensina que além do louvor a Cristo é preciso
assumir com ele o compromisso de fidelidade ao Reino e esta passa,
impreterivelmente, pela cruz e pela incompreensão. Você tem coragem de assumir
o projeto de Deus como modo de pensar e de agir, ou você é daqueles cristãos
que só cantam hosanas e louvores a Jesus? Amém!
FIQUEM NA PAZ DE DEUS!
SEMINARISTA SEVERINO DA SILVA.
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