Existem inúmeras titulações que buscam exprimir o momento histórico-social-cultural da sociedade vigente. Entre elas, destaco, a sociedade do conhecimento. Muitos defendem que vivemos esse período porque a economia passou de agrária a industrial, e agora de industrial para serviços. Realmente, o Produto Interno Bruto dos países desenvolvido e dos países emergentes, como o Brasil, o setor de serviço compõe, na maioria destes, mais da metade do valor desse índice. Como também, a empregabilidade no serviço corresponde a maior, tanto a nível percentual quanto de crescimento em comparação ao período anterior, em detrimento da indústria e da agropecuária.
Percebe-se também, que o fator de produção terra, valorizado na idade média (e por isso a Igreja Católica era considera Rica e poderosa), não é na atualidade o diferencial concreto para a geração de riqueza, e nem o capital (recursos financeiros e tecnológicos) é o que garante a estabilidade econômica de um país (basta perceber a dificuldade das potencias mundiais de saírem da crise econômica ocorrida há mais de um semestre).
Para os atuais renomados intelectuais na área da ciência social aplicada, indiscutivelmente, o homem é o recurso de produção e o único capaz de contribuir para o crescimento e desenvolvimento econômico e socioambiental na atualidade, diferentemente de outras épocas não tão longínquas. Homem esse que não é mais o trabalhador pietista, que oferece ao Senhor o suor do seu trabalho e as primícias de sua colheita, da idade média; nem a mão de obra explorada pelos seus próprios conterrâneos, para não dizer escravizadas, no age da revolução industrial da época da dita luz da razão, que pregava a liberdade, igualdade e solidariedade; enquanto a burguesia tratava o homem como mero executor de uma mesma tarefa pela qual, na visão destes, ele não podia perder tempo pensando.
Bem distintamente, o trabalhador de hoje é visto como homem complexo e, sobretudo produtor de conhecimento. Conhecimento compreendido de todos os ângulos, já que todas as coisas são dignas de estudo e análise. Embora, como vimos a massa dos trabalhadores, e consequente a massa da sociedade e, provavelmente, o líder familiar de hoje sejam especialistas com mais tempo e meios de qualificação, provavelmente, que em qualquer outras épocas da história das civilizações.
Constatamos nesse mesmo universo uma ignorância religiosa facilmente visualizada pelo crescimento demasiado da adesão de fé, quase (para não ser tão radical) que tribal. Em que Deus servo o homem fazendo a vontade do último ao invés dele fazer a do Alfa, o homem prova Deus e o seu testemunho é narrar que Deus executou o seu desejo egoístico de realização pessoal, financeira e profissional, o Sagrado deixa de ser tratado com devoção e passa à meio de estabelecimento de poder midiático, político e econômico, características típicas de uma elite que quer monopolizar, para não dizer, alienar os demais, que são a maioria, a fim fazerem-na colaborar na geração de riquezas cujo rendimento se concentra, quase em sua totalidade, em no máximo de dezenas famílias.
FIQUEM NA PAZ DE DEUS!
SEMINARISTA SEVERINO DA SILVA.
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