ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
v Canto
v Abertura
T: Amém
D: Graças e louvores sejam dados a todo o momento.
T: Ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento.
L1: Jesus é a Palavra que existia desde o princípio, Palavra criadora e geradora de vida. Esta Vida era a luz dos homens: «luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina» (Jo 1, 9; cf. Jo 1, 4). E a Palavra fez-Se homem, precisamente para que O pudéssemos contemplar e participar da sua plenitude. Jesus comunica-nos a vida por meio da sua carne e do seu sangue, como no-lo ensina com insistência no seu discurso de Cafarnaum.
Na aurora de um novo milênio e depois de termos celebrado com alegria e gratidão o Grande Jubileu da Encarnação de Cristo Jesus, o Senhor, «o mesmo, ontem, hoje e pelos séculos» (cf. Hb 13, 8), a Igreja por Ele fundada continua a experimentar a sua renovada presença através da sua Palavra – luz que ilumina o seu caminhar –, da Liturgia e do irmão, especialmente o pobre, rosto humano do Cristo sofredor; mas sobretudo na Eucaristia: sacrifício, memorial, banquete e presença.
T: Que e santo Sacramento, que é o próprio Cristo Jesus...
L2: De fato, na Eucaristia, Cristo presente corporalmente oferece, como alimento para a vida nova, o mesmo corpo que assumiu no seio de Maria Virgem, há 2000 anos, carne vivificada e vivificante pelo Espírito, que dá a vida aos homens.
Confiados nesta presença prometida pelo próprio Senhor Ressuscitado: «Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos» (Mt 28, 20), recebemos motivação e impulso para avançar no caminho, através da voz do sucessor de Pedro, como eco das palavras que o Apóstolo escutou de seu Mestre: «Faz-te ao largo!»(Lc 5, 4).A Igreja adentra-se no mar de um novo milênio e sabe que poderá chegar a porto seguro porque não vai só nem confiada nas suas próprias forças, mas porque o seu Senhor está com ela, dando-lhe o seu Espírito e alimentando-a com os seus sacramentos, de modo particular com a Eucaristia.
T: Que e santo Sacramento, que é o próprio Cristo Jesus...
D: Cristo está presente no Mistério Eucarístico graças à Encarnação do Filho de Deus. Ele tornou-se visível, veio habitar entre nós. Graças a isso, os Apóstolos puderam contemplar, no rosto humano de Jesus, o rosto do Pai, sobretudo ao serem testemunhas dos seus múltiplos sinais e milagres. Contemplaram também o rosto dolorido de Cristo, exposto na Cruz, Mistério no mistério, diante do qual o ser humano terá de se prostrar em adoração. E, sobretudo, contemplaram o rosto do ressuscitado que lhes devolveu toda a paz e alegrias perdidas. Tudo isto o experimenta a Igreja na contemplação do mistério Eucarístico. Porque é nele que nos encontramos diariamente com Jesus, Deus e homem verdadeiro; nele se repetem, de forma incruenta, a sua paixão e morte; nele, finalmente, encontramo-nos com Jesus ressuscitado, pão de vida eterna, penhor da nossa ressurreição.
T: A partir da Última Ceia, a Igreja acredita na presença real do Corpo e do Sangue de Cristo, com a sua alma e divindade, nas espécies do pão e do vinho: «No centro da celebração da Eucaristia temos o pão e o vinho, que pelas palavras de Cristo e pela invocação do Espírito Santo se tornam Corpo e Sangue do mesmo Cristo» (CIC 1333). É verdade que, como ensina a Igreja, Cristo torna-se presente nela de muitas maneiras, sobretudo, sob as espécies eucarísticas do pão e do vinho.
L1: O rosto que os Apóstolos contemplaram depois da ressurreição era o mesmo daquele Jesus com quem tinham vivido três anos, e que agora dava provas da verdade assombrosa da sua nova vida, mostrando-lhes as mãos e o lado. Certamente, não foi fácil acreditar. Os discípulos de Emaús acreditaram só depois de um laborioso itinerário espiritual. O apóstolo Tomé acreditou só depois de ter sido convidado a tocar o Ressuscitado. Na realidade, ver e tocar não bastam, só por si, para crer: unicamente a fé pode transpor o mistério. São Pedro foi capaz de afirmar a fé em Jesus Eucarístico porque não procedeu de maneira humana, mas recebeu de Deus essa graça. Portanto, «não é, pois, através dos sentidos como o percebemos e estamos perto d’Ele. Sob as espécies de pão e vinho, é a fé e o amor o que nos leva a reconhecer o Senhor.
v Oração e meditação
D: «É a tua face que eu procuro Senhor» (Sl 27, 8): e o que «Este antigo anseio do salmista não podia ter recebido resposta melhor e mais surpreendente que a contemplação do rosto de Cristo. Nele, Deus nos abençoou verdadeiramente, fazendo “brilhar sobre nós a luz do seu rosto” (Sl 67, 2). Sendo ao mesmo tempo Deus e homem, Cristo revela-nos também o rosto autêntico do homem, “revela o homem a si mesmo”. Este anseio do salmista está presente no coração de todo o ser humano, mas especialmente em quem, pela fé, já foi tocado por Deus. Este anseio de contemplar o rosto de Deus não é vão, porque Cristo não se foi embora, mas realiza a sua promessa: «E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos» (Mt 28, 20).
T: Somos a Igreja do pão, do pão partilhado e do abraço e da paz.
L1: A Igreja, povo peregrino, encontra na Eucaristia o alimento de vida que a sustenta no seu caminhar, pois sabe que peregrina rumo à pátria definitiva. Ela «celebra o memorial do Senhor ressuscitado, na esperança do domingo que não tem ocaso, quando toda a humanidade entrar no vosso descanso».
T: Somos a Igreja do pão, do pão partilhado e do abraço e da paz.
L2: A Eucaristia é um sacrifício: o sacrifício da Redenção e, ao mesmo tempo, o sacrifício da Nova Aliança. Na Última Ceia, Jesus instituiu o sacrifício eucarístico do seu Corpo e do seu Sangue, com que ia perpetuar, através dos séculos, o seu sacrifício na cruz e entregar à sua Igreja o memorial da sua morte e ressurreição. Jesus, na Eucaristia, é a vítima que o Pai nos oferece para ser imolada; vítima que se entrega para nos purificar e reconciliar com Ele.
T: Somos a Igreja do pão, do pão partilhado e do abraço e da paz.
D: O sacrifício de Cristo e o da Eucaristia são um único sacrifício: a vítima é a mesma; só diferem no modo de oferecê-la. O sacrifício de Cristo é também o sacrifício dos membros do seu corpo, de maneira que «a vida dos fiéis, o seu louvor, o seu sofrimento, a sua oração, o seu trabalho unem-se aos de Cristo e à sua total oblação, adquirindo assim um novo valor». Do mesmo modo, «A Eucaristia é o memorial da Páscoa de Cristo, a atualização e oferecimento sacramental do seu único sacrifício, na Liturgia da Igreja que é o seu Corpo». O sacrifício, que ofereceu de uma vez para sempre na cruz, atualiza-se pela celebração.
T: Somos a Igreja do pão, do pão partilhado e do abraço e da paz.
L1: A Igreja tem na Eucaristia o alimento que a sustenta e transforma interiormente. A este respeito, afirma São Leão Magno: «outra coisa não faz a participação no corpo e sangue de Cristo, do que transformar-nos naquilo que recebemos». Somos assimilados por Cristo, somos transformados em homens novos, unidos intimamente a Ele, que é a cabeça do Corpo Místico.
L2: A vida nova que Cristo nos dá na Eucaristia converte-se para nós em «remédio de imortalidade, antídoto contra a morte e alimento para vivermos sempre em Jesus Cristo» (Santo Inácio de Antioquia, Aos Efésios 20,2). Nós que vivemos de Cristo, Ele quer que tenhamos vida em abundância, devemos proclamar o caráter sagrado da vida humana, desde a sua concepção até ao seu ocaso natural, e neutralizar as influências nocivas da cultura da morte.
v Hino
v Oração e silêncio
D: A Eucaristia é sacramento de unidade na Igreja, como afirma São Paulo: «Embora muitos, somos um só corpo, porque todos participamos desse único pão» (1 Cor 10, 17). O próprio Cristo, na oração que elevou ao Pai pelos seus discípulos, depois de ter instituído a Eucaristia, exprime o seu desejo de que todos sejam um e permaneçam Nele, como Ele permanece no Pai (cf. Jo 17, 20-23). Cristo deixou a Eucaristia à sua Igreja «como símbolo da sua unidade e caridade, com a qual quis que todos os cristãos estivessem unidos e ligados entre si»
T: Somos a Igreja do pão, do pão partilhado e do abraço e da paz.
L1: A Igreja faz a Eucaristia e a Eucaristia faz a Igreja. Por isso, a Eucaristia é o centro da vida da Igreja, e a ela se ordenam todos os restantes sacramentos, os ministérios eclesiais e as obras de apostolado. A sagrada Eucaristia é a fonte e a coroa da pregação evangélica. Na Eucaristia está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é: o próprio Cristo, nossa Páscoa e Pão vivo que dá aos homens a vida mediante a sua carne vivificadora pelo Espírito Santo.
T: Somos a Igreja do pão, do pão partilhado e do abraço e da paz.
L2: Maria diz hoje para nós: «Quero que saibas que eu sou a sempre Virgem Maria, Mãe do verdadeiro Deus por quem se vive», e ainda: «Não estou eu aqui, que sou a tua Mãe?». A Virgem Maria apresentava-se assim como Mãe de Jesus e dos homens. Nossa Senhora é ainda hoje o sinal da proximidade de Cristo, convidando-nos a entrar em comunhão com Ele para termos acesso ao Pai. Contando com o auxílio materno de Maria, a Igreja deseja conduzir os homens ao encontro com Cristo, que é o ponto de partida e de chegada da autêntica conversão e de uma renovada comunhão e solidariedade.
T: Somos a Igreja do pão, do pão partilhado e do abraço e da paz.
D: A presença de Maria no Cenáculo é o ponto de referência de toda a comunidade eclesial que se prepara para receber a graça do Espírito Santo, em ordem à evangelização. Podemos afirmar, como realidade permanente, a experiência mariana das comunidades cristãs. É um fato que se verifica na celebração eucarística das comunidades primitivas, e atualmente nas grandes expressões de piedade mariana popular.
T: Somos a Igreja do pão, do pão partilhado e do abraço e da paz.
L1: Santo Efrém, nos seus cantos poéticos, sublinha a relação profunda que existe entre a Virgem Maria e a Eucaristia: «Maria dá-nos a Eucaristia, em oposição ao pão que nos deu Eva. Além disso, Maria é o sacrário em que habitou o Verbo encarnado, símbolo da habitação do Verbo na Eucaristia. O mesmo corpo de Jesus, nascido de Maria, nasceu para tornar-se Eucaristia.
T: Somos a Igreja do pão, do pão partilhado e do abraço e da paz.
L2: Maria é «Estrela da evangelização» O Papa Paulo VI: porque participou, na qualidade de Mãe, nos começos da Igreja, com a sua oração em união com os Apóstolos, alcançando a graça do Espírito Santo; porque é, por sua maternidade, modelo e figura da Igreja; porque, com a sua atitude de fé e a sua intercessão maternal, faz crescer a fé da Igreja. Ela acompanha a ação evangelizadora da Igreja que, através da Palavra e dos sacramentos, suscita a fé, leva à conversão do pecado e confere a vida de filhos de Deus. A sua ação, portanto, é verdadeiramente maternal.
v HINO
ORAÇÃO A JESUS CRISTO EUCARÍSTICO
D: Deus, nosso Pai, nós acreditamos que és o Criador de todas as coisas e que veio para junto de nós no rosto do teu Filho, concebido de Maria Virgem, por obra do Espírito Santo, feito um de nós e penhor de vida eterna.
L1: Acreditamos Pai providente, que, pela força do teu Espírito, o pão e o vinho se transformam no Corpo e Sangue do teu Filho, flor de farinha que alivia a fome do caminho.
L2: Acreditamos Senhor Jesus, que a tua Encarnação se prolonga na semente do teu Corpo Eucaristia, para dares de comer aos famintos de luz e de verdade, de amor e de perdão, de graça e de salvação.
T: Acreditamos que, na Eucaristia, Te prolongas na história, para alentar a fraqueza do peregrino e o sonho de quem anseia dar fruto em seu trabalho. Sabemos que em Belém, «casa do Pão», o Pai Eterno preparou, no ventre da Virgem Maria, o pão que Ele oferece aos que têm fome de infinito.
D: Acreditamos Jesus Eucaristia, que estás real e verdadeiramente presente no pão e no vinho consagrado, prolongando a tua presença salvadora e oferecendo às tuas ovelhas pastagens abundantes e águas puras.
L1: Acreditamos que os olhos se enganam ao ver o pão e a nossa língua ao provar o vinho, porque aí Tu estás na plenitude do teu ser, oferecido em sacrifício e dando vida ao mundo sempre saudoso do paraíso.
L2: Naquela noite, no Cenáculo, ao tomares, Senhor, o pão e o vinho nas tuas mãos, estavas a oferecê-los a todos, pelos séculos sem fim.
T: Contigo, Cordeiro da Aliança, se elevam em cada altar, em que Te ofereces ao Pai, os frutos da terra e do trabalho do homem, a vida do crente, a dúvida de quem procura, o sorriso das crianças, os projetos dos jovens, a dor dos que sofrem e a oferenda de quem dá e se dá aos seus irmãos.
D: Acreditamos Senhor Jesus, que a tua bondade preparou uma mesa para o grande e o pequeno, em que todos nos tornamos irmãos até darmos a vida uns pelos outros como Tu a deste por nós.
L1: Acreditamos Jesus, que sobre o altar do teu sacrifício, se enche de força a nossa carne fraca que não responde sempre aos desejos do espírito, mas que tu transformarás à imagem do teu corpo.
L2: Acreditamos que, na mesa preparada para todos, sempre haverá lugar para quem procura um espaço para o excluído da sociedade, porque nela superas os sinais de morte, inaugurando novos céus e uma nova terra.
T: Acreditamos Jesus, que não deixaste só os teus irmãos: permaneces discreto no sacrário da consciência e no pão e no vinho da tua mesa, como luz e força do cansado peregrino.
D: Acreditamos, finalmente, que no começo do Terceiro Milênio, te convertes em companheiro de caminho. «Faz-te ao largo!», é este o lema, nesta hora da tua Igreja, para construirmos, cheios de esperança, uma nova etapa da nossa história.
T: Nós Te damos graças, Jesus Eucaristia, por nos impelires a uma nova evangelização alentada por Ti. Que a tua Mãe acompanhe os que aceitam viver e anunciar a tua Palavra, e que a sua intercessão torne fecunda a tua semente. Amém.
v Bênção do Santíssimo Sacramento
FIQUEM NA PAZ DE DEUS!
SEMINARISTA SEVERINO DA SILVA.
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