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PASTORAL DE COMUNICAÇÃO: O EVANGELHO NA CULTURAL MULTIMEDIAL

PASTORAL DE COMUNICAÇÃO: O EVANGELHO NA CULTURA MULTIMEDIAL


Depois de ter refletido sobre os conceitos de comunicação e pastoral, podemos agora, levando em conta esses conteúdos, avançar na compreensão da expressão Pastoral de Comunicação.
Ligada ao contexto histórico-cultural e à realidade eclesial, essa pastoral foi se transformando ao longo da história de acordo com a evolução dos dois conceitos que a compõem. Há uma tentação de considerá-la apenas como o modo específico de usar os meios de comunicação para evangelizar, mas isso seria ver de modo muito redutivo mesmo sendo um aspecto importante.
De fato, a pastoral de comunicação;
·        Não é uma pastoral isolada do plano pastoral.
·        Não é uma pastoral a mais entre as outras.
·        Não é um departamento mais ou menos organizado e atuante.

Essa não é uma pastoral a mais entre as outras, mas é sim a pastoral que articula as demais.
Para penetrarmos o cerne da Pastoral de Comunicação, é indispensável considerá-la a partir de suas vertentes constitutivas: a experiência de Deus, o diálogo entre fé e cultura e a prática pastoral.

1.     A experiência de Deus: é necessário conhecer Jesus, o Comunicador Perfeito, à medida que seguimos seus passos. O seguimento de Jesus é o lugar teológico da comunicação com a Trindade. A pastoral brota de uma experiência de Deus Trindade; do Pai que nos chama a colaborar na obra da salvação; do Filho, cuja presença e práxis atualizamos; do Espírito sob cujo impulso agimos. Quando vivemos a experiência de aderir a Jesus temos a coragem de romper com o passado de modo particular, com a comunicação que oprime e escraviza, e viver a comunicação que supera a distância entre o céu e a terra, entre o tempo e a eternidade. Significa também ler a realidade na ótica da fé, e optar por uma comunicação que leva à comunhão com o próximo e com Deus.

2.     O diálogo entre fé e cultura: esse diálogo está ameaçado pela “ruptura entre cultura e Evangelho. Para realizar esse diálogo a Igreja deve ter conhecimento e a inter-relação entre os vários campos do saber humano: Saber teológico (a Teologia ajuda a perceber as ‘sementes do Verbo” presentes em cada cultura e na história humana, a descobrir os novos modos de as pessoas se comunicarem com Deus); Saber das ciências humanas e sociais (elas nos ajudam a desvendar os meandros da mente e do coração humano); Saber Tecnológico: é necessário ter conhecimento básico do funcionamento e dos mecanismos das tecnologias que estão ao nosso alcance e com os quais convivemos no dia a dia. O diálogo entre fé e cultura, envolvendo o trinômio Evangelho-Igreja-Cultura, deve ter duas características básicas: Continuidade (envolvendo ações não esporádicas, mas processuais) e amplitude (atingindo todos os setores culturais).

3.     Prática Pastoral: A pastoral de comunicação deve ser traduzida em atitudes, palavras e ações, pautadas em Jesus Comunicador, que edificam a comunidade, anunciam a Boa-Nova, e tornam visível o mistério da comunhão Trindade. Ele precisa ser planejada, a partir da realidade concreta de cada Diocese, Paróquia ou comunidade. O planejamento é um processo dialógico, participativo e sistemático por meio do qual são estabelecidas as ações e os agentes responsáveis e são determinados os prazos para a realização, tendo em vista a eficácia evangelizadora e a consecução das metas estabelecidas.

Pastoral de Comunicação: Caminho preferencial para a evangelização.

            Centrada em Jesus comunicador e fundamentada na Trindade a Pastoral de Comunicação permeia a vida e a missão da Igreja. É o caminho preferencial da evangelização que impregna todo o processo de transmissão e de vivência da fé. A evangelização é comunicação, e sem a comunicação é impossível evangelizar.
            Podemos, assim, traçar o caminho da Pastoral da Comunicação. Ela parte das etapas do caminho do discípulo missionário: encontro com Jesus, conversão, discipulado, comunhão e missão, as quais se concretiza a partir de uma comunicação intensa e comprometedora consigo mesmas, com o próximo e com Deus, no seguimento de Jesus e na força do Espírito.
             As etapas do discipulado missionário articulam-se e se concretizam nas exigências da evangelização: serviço, diálogo, anúncio, comunhão, que são também exigências de comunicação pautada no seguimento de Jesus Comunicador.
             As etapas do discípulo articuladas com as exigências se expressam nos ministérios da Palavra, da Liturgia, da Caridade, ministérios de comunicação por excelência.
            Essas etapas e exigências se operacionalizam nos âmbitos da ação evangelizadora: pessoa, agente de comunicação que se faz dom, na comunidade e na sociedade, como lugares de comunicação. 

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