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SÁBADO SANTO VÍGILIA PASCAL

como é o sábado santo?

O sábado santo é a passagem misteriosa da morte para a ressurreição; é o "descanso" do Senhor. As primeiras comunidades cristãs honravam a sepultura de Jesus, passando o sábado santo no descanso e na espera, na oração silenciosa e num rigoroso jejum. Nenhum alimento devia ser ingerido, a fim de não quebrar o jejum que antecedia a comunhão na noite de Páscoa.
Hoje, o jejum não é tão rigoroso, nem o silêncio tão absoluto, mas é um dia de serena e alegre espera. Nesse dia, a comunidade cristã abstém-se completamente da eucarística, pois não há missa nem comunhão. O fato de não haver missa expressa o significado verdadeiro do sábado santo. Vive-se hoje a sensação de grande vazio, que não é tanto o vazio da ausência, mas o vazio da espera; uma espera que logo será premiada com a presença do Senhor ressuscitado, embora ainda velado, pois só o veremos quando nos encontrarmos face a face com ele.
O sábado santo, com o jejum e com a oração silenciosa, expressa também nossa inquebrantável esperança na ressurreição final e na segunda vinda do Senhor.
A terra, grávida de Cristo, está para dar à luz o Senhor ressuscitado, como primícias da nova criação.


Como viver o sábado santo?

Sentido da vigília pascal

Quem participou, nos dias anteriores, da paixão e morte do Senhor poderá, facilmente, penetrar no espírito desse grande dia em que se pressente a ressurreição.
Jesus foi como o grão de trigo depositado no sepulcro. Porém, o gérmen da vida nova da ressurreição, está para eclodir na maior das vitórias.
Enquanto nos preparamos para a solene e alegre vigília desta noite pascal, alimentamos nossa esperança, lembrando-nos dos fatos e momentos em que o amor de Deus se tornou mais presente em nossa vida pessoal, na vida de nossa família, na comunidade. A lembrança do que Deus fez por nós reanima a certeza de que com ele venceremos definitivamente toda divisão, toda expressão de morte que ainda houver entre nós.
Nas famílias em que se costuma fazer oração comunitária, nos grupos ou movimentos apostólicos e na comunidade, poder-se-ia organizar um encontro comunitário para descobrir as sementes de vida e de esperança que existem em nossa realidade e dar graças ao Senhor, pois sua vitória já é uma realidade.
A vigília pascal dessa noite é o momento-ápice e ponto central de toda a Semana Santa. Participar dessa cerimónia significa encontrar o sentido pleno de tudo o que vivemos; é ressuscitar com Cristo, participar de seu triunfo sobre a morte e o mal, renascendo para uma vida nova. Por meio da luz do Ressuscitado que receberemos essa noite, conseguiremos iluminar nossas famílias, o ambiente de trabalho e tantas coisas obscuras que existem na sociedade atual.
Muitos cristãos costumam, nesse dia, reunir-se para rezar o santo rosário e preparar-se, em companhia de Maria, para a vigília pascal.

A celebração da vigília pascal é o centro da Semana Santa. Toda a Quaresma e os dias santos prepararam-nos para o momento culminante: o da ressurreição.
Cristo, vencedor da morte, faz-se presente em meio à comunidade e comunica-nos sua vida nova de ressuscitado e, assim, ressuscitamos com ele.
A celebração dessa noite é de grande riqueza, profundidade e beleza; a comunidade cristã não pode entregar-se ao sono numa noite como essa.
A celebração compreende quatro partes: a celebração da luz, a vigília propriamente dita (liturgia da Palavra), a liturgia batismal e a liturgia eucarística.

1. A celebração da luz - Bênção do fogo e do círio
Ao benzer o círio, o celebrante pronuncia estas palavras: "Cristo, ontem e hoje, princípio e fim, alfa e ômega (respectivamente, a primeira e a última letra do alfabeto grego), a ele o tempo e a eternidade, a glória e o poder, pelos séculos sem fim". Em seguida, aplica no círio cinco grãos de incenso, em forma de cruz, lembrando as chagas de Jesus nas mãos, nos pés e no lado; depois, dá-se início à procissão com o círio pascal como símbolo de Cristo ressuscitado, luz do mundo.
Não poderia haver símbolo mais adequado para indicar que Cristo saiu vitorioso do sepulcro.
Ao iniciar a celebração, a igreja fica às escuras, como símbolo da humanidade envolta nas trevas do egoísmo, da morte e do pecado. Cristo ressuscitado, luz do mundo, quebra a escuridão è enche de luz a todos aqueles que dele se aproximam com fé viva. É o triunfo da luz sobre as trevas do mal.
Essa primeira parte termina com a ação de graças ou a proclamação da Páscoa, que exprime o caráter cósmico da vitória de Cristo: os anjos, a terra, os homens e mulheres do mundo inteiro, a Igreja, todos estão convidados a tomar parte no júbilo da ressurreição.

2.        Vigília, oração e liturgia com a Palavra
As leituras bíblicas da vigília são uma meditação comunitária sobre o projeto amoroso de Deus, que aparece exposto nos textos bíblicos mais significativos, desde a criação do mundo, todas as promessas e a aliança até sua realização plena na morte e ressurreição de Cristo, mediador da Nova Aliança. Após cada leitura, as pessoas se ajoelham e rezam em silêncio sobre aquilo que a Bíblia acaba de propor, e o celebrante termina com a oração.

3.        A liturgia batismal
A luz de Cristo, alegremente anunciada no início da vigília, inundará a partir de agora a vida dos catecúmenos que se prepararam para a recepção do batismo. O sinal sacramental do batismo é a agua, criatura transparente, passível de penetração da luz.
O celebrante, enquanto mergulha o círio pascal na água, benze-a e consagra-a, pedindo a Deus que envie o Espírito Santo sobre ela, para torná-la fecunda e, assim, dessa água poderem nascer os filhos de Deus.
No final, há uma breve alusão ao batismo, graças ao qual os catecúmenos participarão da morte e da ressurreição de Cristo, como filhos de Deus e membros da comunidade cristã.
A assembleia é convidada a renovar as promessas do batismo para reavivar o compromisso e começar uma vida nova.

4.        Liturgia eucarística
A eucaristia é o ponto alto da noite pascal. O encontro pessoal com o Ressuscitado, na comunhão, torna-nos partícipes do triunfo sobre a morte e sobre o mal. Cristo triunfou definitivamente, e os que compartilhamos de sua morte vitoriosa já somos novas criaturas. A páscoa de Cristo é nossa páscoa, a páscoa da Igreja (cf. Rm 6,9).


FONTE: Como viver a semana santa – o sentido de cada dia – Equipe paulina – São Paulo – Editora Ave Maria – 1999.



FIQUEM NA PAZ DE DEUS!
SEMINARISTA SEVERINO DA SILVA.

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