como é a quinta-feira santa?
Nesse dia celebramos a doação de Jesus por nós, bem como o sangue que derramou para nos dar a vida. A instituição da eucaristia (última ceia), celebrada à noite, corresponde a nossa ação de graças pelas maravilhosas dádivas que, antes de morrer, Jesus nos deixa: "A eucaristia, o sacerdócio e o mandamento do amor". No curso da celebração, repete-se o gesto de Jesus lavando os pés dos discípulos, a fim de mostrar-lhes como a humildade e o serviço são as expressões mais concretas do verdadeiro amor. Ao terminar o gesto de serviço, próprio de um escravo, Jesus diz: "Amai-vos como eu vos tenho amado", deixando-nos assim o mandamento do amor.
A comunhão sacramental tem um sentido muito particular, pois nesse dia é celebrada a instituição da eucaristia.
Ao terminar a celebração, faz-se uma procissão rápida para levar o Santíssimo a um lugar preparado com antecedência. Permanecerá exposto nesse local durante a noite inteira e a manhã da sexta-feira santa, para a adoração dos fiéis. As visitas feitas ao altar do Santíssimo são a expressão de nossa fé e de nossa gratidão ao Senhor por sua presença no meio de nós.
Nas catedrais das grandes cidades, celebra-se também, na manhã de quinta-feira, uma missa, chamada de bênção dos santos óleos ou missa do crisma. Dessa santa missa, oficiada pelo bispo da diocese, participam os sacerdotes de todas as paróquias com uma delegação de fiéis para expressar, de modo todo particular, a união da comunidade eclesial. O senhor Bispo consagra hoje "os santos óleos", que serão utilizados em todas as paróquias para a administração de alguns sacramentos.
Como viver esse dia?
A quinta-feira santa é um dia cheio de calor humano, em que acolhemos as grandes dádivas que o Senhor nos deixou como herança. Um dia inteiro para refazer os vínculos que nos unem como irmãos na fé.
Enquanto agradecemos os grandes dons do Senhor - eucaristia, sacerdócio e mandamento do amor-, perdoamo-nos uns aos outros, vivendo uma jornada de reconciliação e de unidade. Reconciliamo-nos, antes de tudo, com as pessoas com quem vivemos diariamente e às quais devemos maior compreensão, respeito, confiança e ajuda.
Não é necessário fazer coisas extraordinárias ou difíceis; basta abrir o coração e realizar os pequenos sacrifícios de amor e fraternidade que alegram tanto a alma e são como bálsamo que cura as feridas.
Sejamos generosos, hoje, e meticulosos no carinho e na gratidão. Nosso povo, tão sofrido e torturado pela violência, pelo egoísmo e pela ambição, precisa de lufadas de amor sincero e de amenidade no trato. Vamos concorrer para isso.
Que se consolidem hoje nossos vínculos de comunhão com o Senhor e entre nós; que nossa comunidade renasça na participação e na solidariedade; que em nossas famílias seja construída a unidade. Que a fraternidade e o compartilhar dos benefícios que vivemos como família, grupo e comunidade se extravasem por meio de atos concretos de solidariedade e de dedicação ao próximo - seja visitando uma pessoa solitária, enferma, encarcerada, seja prestando algum auxílio aos mais necessitados.
Em nossa oração pessoal, diante do altar da reposição ou do altar do Santíssimo, louvemos e agradeçamos ao Senhor pelo precioso dom da eucaristia, pelas pessoas que nos prestam algum serviço, pelos sacerdotes que nos batizaram, que nos absolveram
de nossos pecados, em nome do Senhor, etc. Roguemos pelos sacerdotes de nossa paróquia que doam sua vida pela comunidade e por todos nós.
A visita ao altar do Santíssimo é uma expressão de fé no sacramento da eucaristia; por isso é feito em espírito de oração, numa atitude de respeito, amor e gratidão ao Senhor, e não simplesmente por hábito ou por mera curiosidade.
Conviria nessa ocasião manifestar, de um ou de outro modo, nossa gratidão ao pároco ou ao coordenador espiritual do grupo ou da comunidade.
Os grupos ou movimentos paroquiais podem programar um encontro comunitário para reciprocamente formularem um agradecimento pelos serviços diários por uns e outros prestados.
FONTE: Como viver a semana santa – o sentido de cada dia – Equipe paulina – São Paulo – Editora Ave Maria – 1999.
FIQUEM NA PAZ DE DEUS!
SEMINARISTA SEVERINO DA SILVA.
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